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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Casa de planta em "U", constituída por dois pisos, volume homogéneo, bastante degradada e devoluta. O piso térreo tinha dependências ligadas à produção agrícola e o andar destinava-se à habitação. O acesso à casa faz-se através de ampla escadaria, de dois lanços de "tiro" e grande desenvolvimento, localizada a eixo da fachada principal. Esta escada conduz à única porta existente neste alçado ao nivel do andar.É ladeada por 4 janelas de cada um dos lados. Sobre a escada, um vão e porta por onde se faz o acesso directo ao pátio no interior. Este pátio, bastante interessante, tem uma marquise, com janelas de guilhotina, ao nivel do andar e colunata no piso térreo, sendo de destacar a grande dimensão das peças de granito que integram a sua estrutura. Num dos lados, uma escada coberta por um alpendre de madeira, permitia o acesso directo desta marquise e do corpo da cozinha ao pátio, que é murado, ligando assim as duas extremidades do "U". No enfiamento desta escada, em posição lateral relativamente ao pátio, um vão de porta rematado por uma cruz e dois pináculos, pelo qual se tem acesso á propriedade agrícola. No alinhamento da fachada principal e encostado à fachada lateral foi construido um sequeiro |
Acessos
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Rua do Pombal |
Protecção
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Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto nº 45/93, DR, 1ª Série-B, nº 280, de 30 de novembro de 1993 |
Enquadramento
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Rural, isolado, à margem de caminho municipal, no centro da povoação |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Comercial e turística: casa de turismo rural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 17 - data provável de construção; 1695 - o padre João Cardoso manda construir fontanário; séc. 19, segunda metade - Camilo Castelo Branco aloja-se na casa. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Paredes exteriores em alvenaria de granito, pavimentos do andar em soalho de madeira e cobertura em estrutura de madeira revestida a telha. |
Bibliografia
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Camilo e Vieira de Castro enriquecem a história da Casa do Ermo, in Diário do Minho, 13 Julho 2006, p. 26; http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71003/, 30 Abril 2012. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Séc. 20 - obras de adaptação a turismo rural. |
Observações
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A casa do Ermo ficou célebre pela presença assídua de Camilo Castelo Branco, que chegou mesmo a referir-se ao imóvel na sua obra "Memórias do Cárcere". José Cardoso Vieira de Castro conheceu o escritor de quem se tornou amigo. Este refugiou-se, já em 1860, na casa do Ermo, em consequência da sua ligação a Ana Plácido. José Cardoso Vieira de Castro tornou-se, então, personagem dos seus livros, a ele se referindo, por exemplo, ao relatar a sua chegada à casa do Ermo: "Fui de Santo António das Taipas para as cercanias de Fafe, quinta do Ermo, onde me esperava com os braços abertos e o coração no sorriso, José Cardoso Vieira de Castro, Falseei a verdade. Vieira de Castro esperava-me a dormir, naquela madrugada dele, que era meio-dia no meu relógio." (Memórias do Cárcere). |
Autor e Data
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Isabel Sereno / João Santos 1994 |
Actualização
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Sónia Basto 2012 |
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