Capela de Nossa Senhora da Esperança

IPA.00000538
Portugal, Bragança, Torre de Moncorvo, Torre de Moncorvo
 
Ermida rural em gótico tardio, de planta longitudinal com nave precedida por alpendre e capela-mor. Tem nave contrafortada, pinturas murais datáveis do séc. 16 e altares de talha rococó.
Número IPA Antigo: PT010409160023
 
Registo visualizado 95 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Planta retangular composta por dois corpos articulados, o da nave e alpendre e o da capela-mor. Coberturas em telhado de 2 águas na nave e capela-mor, mais alta, e de 3 águas no alpendre. Construção em aparelho de alvenaria de xisto rebocado, sendo os cunhais em cantaria de granito. A fachada principal tem adossado um alpendre de planta quadrangular, suportado por parede no lado S. e por um pilar no lado N. O portal, em arco quebrado, está colocado axialmente. Sobre ele existe uma cruz pátea e de cada um dos lados uma pequena janela. Nave com 3 contrafortes a N. Sobre a empena da nave, sineira encimada por cruz. O interior encontra-se completamente rebocado de branco, destacando-se o arco triunfal, de volta inteira, decorado com motivos em pérola e florões colocados nas arquivoltas. O arco encontra-se também pintado de branco estando os motivos em pérola pintados de azul e os florões de vermelho e amarelo. Ladeiam-nos dois altares de talha. Na capela-mor, pequena fresta na parede lateral S. e altar-mor em talha. Os tectos da nave e da capela-mor são em abóbada abatida. Os pavimentos são em laje de granito existindo diversas inscrições tumulares fragmentadas.

Acessos

Acesso a partir de Moncorvo, pela EN 220, em direcção a Vila Nova de Foz Côa, a 2 Km desvio à esquerda por caminho de terra batida

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Rural, outeiro, isolado. Situada numa plataforma sobranceira ao vale da ribeira do Chibos e com uma vasta panorâmica sobre a vila de Torre de Moncorvo e o vale da Vilariça. A capela situa-se sobre um afloramento rochoso, no ponto mais elevado de um vasto terreiro que foi aplanado e rebaixado.

Descrição Complementar

Sob o arco triunfal existe um gradeamento em ferro, limitando o acesso à capela-mor. PINTURA MURAL: restos de pinturas murais nas duas paredes laterais da capela-mor e no arco triunfal, ainda parcialmente encobertos por camada de cal.

Utilização Inicial

Religiosa: capela

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 14 / 15 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 14 - 15 - Construção inicial; Época medieval, final - provável feitura da imagem da Virgem com o Menino; séc. 16 - pinturas murais; séc. 18, 1ª metade - altar do lado da Epístola; 2ª metade - altar do lado do Evengelho e o mor; 1989 - descoberta pinturas murais sob camada de cal.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Paredes em alvenaria de xisto rebocada; cunhais, pavimentos e molduras de portas e janelas em granito; cobertura em telha; gradeamento em ferro no arco triunfal, porta em madeira, altares em talha.

Bibliografia

CAMPOS MONTEIRO, Abílio, Ares da Minha Serra, Porto, 1933.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

J.F.T.M.: 1989 - recuperação dos rebocos, tendo-se posto a descoberto restos de pintura mural nas duas paredes laterais da capela-mor e no arco triunfal; reparação das coberturas; pintura recente da imagem de Nossa Senhora da Esperança e da Virgem com o Menino, o que a danificou significativamente.

Observações

*1 - Nesta ermida realizava-se uma importante romaria anual, por altura da Pascoela, conforme é relatado por Campos Monteiro na obra, Ares da minha serra Esta tradição perdeu-se em meados do século. *2 - As pinturas, ocultas sob espessa camada de cal, representavam motivos religiosos, sendo nomeadamente perceptível a figura de um frade, provavelmente franciscano. As pinturas foram novamente cobertas por cal ou tinta, não sendo actualmente visíveis. *3 - No pavimento da capela e do alpendre são visíveis diversas lajes com inscrições tumulares que pelas suas características deverão datar dos sécs. 17 / 18. No entanto não deveriam ser originárias deste local, onde seria pouco provável a existência de tantas tumulações, mas deverão provir de alguma igreja ou capela da vila de Moncorvo (talvez da igreja de São Francisco), tendo sido para aqui trasladadas na sequência de obras de beneficiação.

Autor e Data

Paulo Amaral e Miguel Rodrigues 1997

Actualização

 
 
 
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