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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta retangular composta por dois corpos articulados, o da nave e alpendre e o da capela-mor. Coberturas em telhado de 2 águas na nave e capela-mor, mais alta, e de 3 águas no alpendre. Construção em aparelho de alvenaria de xisto rebocado, sendo os cunhais em cantaria de granito. A fachada principal tem adossado um alpendre de planta quadrangular, suportado por parede no lado S. e por um pilar no lado N. O portal, em arco quebrado, está colocado axialmente. Sobre ele existe uma cruz pátea e de cada um dos lados uma pequena janela. Nave com 3 contrafortes a N. Sobre a empena da nave, sineira encimada por cruz. O interior encontra-se completamente rebocado de branco, destacando-se o arco triunfal, de volta inteira, decorado com motivos em pérola e florões colocados nas arquivoltas. O arco encontra-se também pintado de branco estando os motivos em pérola pintados de azul e os florões de vermelho e amarelo. Ladeiam-nos dois altares de talha. Na capela-mor, pequena fresta na parede lateral S. e altar-mor em talha. Os tectos da nave e da capela-mor são em abóbada abatida. Os pavimentos são em laje de granito existindo diversas inscrições tumulares fragmentadas. |
Acessos
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Acesso a partir de Moncorvo, pela EN 220, em direcção a Vila Nova de Foz Côa, a 2 Km desvio à esquerda por caminho de terra batida |
Protecção
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Em estudo |
Enquadramento
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Rural, outeiro, isolado. Situada numa plataforma sobranceira ao vale da ribeira do Chibos e com uma vasta panorâmica sobre a vila de Torre de Moncorvo e o vale da Vilariça. A capela situa-se sobre um afloramento rochoso, no ponto mais elevado de um vasto terreiro que foi aplanado e rebaixado. |
Descrição Complementar
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Sob o arco triunfal existe um gradeamento em ferro, limitando o acesso à capela-mor. PINTURA MURAL: restos de pinturas murais nas duas paredes laterais da capela-mor e no arco triunfal, ainda parcialmente encobertos por camada de cal. |
Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 14 / 15 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 14 - 15 - Construção inicial; Época medieval, final - provável feitura da imagem da Virgem com o Menino; séc. 16 - pinturas murais; séc. 18, 1ª metade - altar do lado da Epístola; 2ª metade - altar do lado do Evengelho e o mor; 1989 - descoberta pinturas murais sob camada de cal. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes em alvenaria de xisto rebocada; cunhais, pavimentos e molduras de portas e janelas em granito; cobertura em telha; gradeamento em ferro no arco triunfal, porta em madeira, altares em talha. |
Bibliografia
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CAMPOS MONTEIRO, Abílio, Ares da Minha Serra, Porto, 1933. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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J.F.T.M.: 1989 - recuperação dos rebocos, tendo-se posto a descoberto restos de pintura mural nas duas paredes laterais da capela-mor e no arco triunfal; reparação das coberturas; pintura recente da imagem de Nossa Senhora da Esperança e da Virgem com o Menino, o que a danificou significativamente. |
Observações
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*1 - Nesta ermida realizava-se uma importante romaria anual, por altura da Pascoela, conforme é relatado por Campos Monteiro na obra, Ares da minha serra Esta tradição perdeu-se em meados do século. *2 - As pinturas, ocultas sob espessa camada de cal, representavam motivos religiosos, sendo nomeadamente perceptível a figura de um frade, provavelmente franciscano. As pinturas foram novamente cobertas por cal ou tinta, não sendo actualmente visíveis. *3 - No pavimento da capela e do alpendre são visíveis diversas lajes com inscrições tumulares que pelas suas características deverão datar dos sécs. 17 / 18. No entanto não deveriam ser originárias deste local, onde seria pouco provável a existência de tantas tumulações, mas deverão provir de alguma igreja ou capela da vila de Moncorvo (talvez da igreja de São Francisco), tendo sido para aqui trasladadas na sequência de obras de beneficiação. |
Autor e Data
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Paulo Amaral e Miguel Rodrigues 1997 |
Actualização
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