Igreja Paroquial do Tabuado / Igreja do Salvador

IPA.00004938
Portugal, Porto, Marco de Canaveses, Tabuado
 
Igreja paroquial de estrutura românica, alterada no século 17, visível pela construção da capela lateral que veio esconder a porta travessa e a porta de acesso à sacristia. É de planta retangular composta por nave, capela-mor, capela lateral e sacristia adossadas, com coberturas de madeira, tendo a nave pavimento em taburnos, escassamente iluminada por frestas. Perpendicular à fachada principal, campanário seiscentista, de estrutura forte e maciça, com remate em empena e duas sineiras, tendo acesso por escadas na face posterior. Fachada principal rematada em empena, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal principal escavado com três arquivoltas, em arco quebrado, assente em impostas decoradas com cabeças de bovídeos, semelhantes às igrejas de Bravães e de Vila Boa de Quires, e capitéis idênticos aos de Paço de Sousa, e por rosácea. Fachadas rematadas por cornijas suportadas por cachorradas e percorridas por friso, a lateral direita rasgada por porta travessa em arco apontado, com duas arquivoltas assentes em quatro colunelos com capitéis de ornamentação vegetalista. A marcar o arco triunfal, dois contrafortes exteriores. Tinha coro-alto e batistério profundo, removidos durante as obras do séc. 20, mantendo-se uma pequena pia batismal no lado do Evangelho. Possui capela particular adossada, com lápide a documentar a sua fundação no séc. 17, com retábulo de talha maneirista, restaurado em data mais recente, o que lhe alterou o remate. Arco triunfal com quatro colunelos tendo capitéis profusamente decorados com aves, figuras humanas e envolvido por friso fitomórfico. Na parede testeira da capela-mor, pintura mural, cuja feitura terá ocorrido na segunda metade do século 15.
Número IPA Antigo: PT011307240010
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta poligonal composta por nave única e capela-mor mais estreita, às quais se adossam capela e sacristia, bem como um campanário, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas e quatro (sacristia) águas, rematadas em beiradas simples. Fachadas em cantaria de granito aparente, percorridas por socos do mesmo material, rematadas em cornijas, suportadas por cachorradas nas fachadas laterais do templo; são percorridas por friso e, no corpo da nave, surgem dois contrafortes, que sustentam o arco triunfal. Fachada principal virada a sudoeste rematada em empena com cruz no vértice, rasgada por portal escavado, em arco ligeiramente apontado, envolvido por faixa exterior axadrezada, com três arquivoltas, decoradas com bolas, que assentam em seis colunelos de bases simples, decoradas com folhagens, e capitéis com decoração vegetalista e zoomórfica; o tímpano é liso e assenta em impostas salientes, decoradas inferiormente com cabeças de bovídeos. Sobre o portal, rasga-se uma rosácea de sete óculos pequenos, com moldura torada, decorada com rosetas e motivos vegetalistas. Dos ábacos dos colunelos, parte um friso que se prolonga por toda a fachada. Adossado e perpendicular ao cunhal esquerdo, ergue-se o campanário de dois registos, o inferior cego e o superior em empena com cruz no vértice, rasgado por duas sineiras em arco quebrado. Fachada lateral esquerda rasgada por duas frestas estreitas, de volta perfeita, com vitrais coloridos, sendo marcada pelo corpo da capela, rematado em empena e com duas janelas em capialço nas fachadas laterais. Adossada à capela-mor, a sacristia, com janela retangular, surgindo uma segunda e uma porta de verga reta na virada a nordeste. A fachada lateral direita tem, também, no corpo da nave, duas frestas semelhantes às do lado oposto e porta travessa em arco apontado, com duas arquivoltas, que assentam em quatro colunelos de bases simples e capitéis de ornamentação vegetalista. No corpo da capela-mor, surge fresta enquadrada por duas arquivoltas. A fachada posterior remata em empena com cruz latina no vértice, rasgada por janela escavado com arco dobrado, ligeiramente quebrado, e ostentando vitrais. INTERIOR com as paredes em cantaria de granito aparente, as da nave percorridas por cornija de moldura tríplice, tendo cobertura de madeira reforçada por tirantes metálicos e pavimento em taburnos. No lado do Evangelho, a marcar o batistério elevado por plataforma quadrada, de lajes graníticas, ergue-se a pia batismal, em cantaria de granito, composta por coluna e taça hemisférica, tudo ornado por estrias. A ladear o portal axial, a pia de água benta, de taça poligonal, com pé aspiralado e base poligonal. Na parede do lado do Evangelho, abre-se arco quebrado com tímpano liso sobre impostas, de acesso à capela lateral, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, com paredes pintadas e rebocadas de branco, cobertura em falsa abóbada de berço de madeira e pavimento em lajeado granítico, revestido a alcatifa verde; na parede testeira, retábulo de talha dourada. Arco triunfal em arco apontado, de duas arquivoltas envolvidas por uma orla decorada com motivos geométricos e torçais, que assentam sobre quatro colunas, ostentando capitéis historiados, com os ábacos ornamentados com desenhos geométricos e encadeado, as bases altas decoradas com torçais e nervuras; encontra-se encimado por óculo e ladeado por mísulas de talha com imaginária. A capela-mor, sobrelevada por um degrau, tem cobertura de madeira e pavimento em lajeado granítico *1. Sobre supedâneo de madeira, surge a mesa de altar, também de madeira e paralelepipédica. Na parede testeira, as pinturas murais representando o Salvador do Mundo entronizado, ladeado por São João Baptista e São Tiago e envolvidos por decoração geométrica. No lado do Evangelho, porta em arco de volta perfeita de acesso à sacristia, com paredes em cantaria de granito aparente, cobertura em madeira e pavimento em tijoleira. Possui arcaz de madeira e dois armários de madeira embutidos, um dos quais contem o quadro elétrico.

Acessos

Tabuado, Rua da Igreja. WGS84 (graus decimais): lat.: 41,185923; long.: -8,119844

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 33/587, DG, 1ª série, n.º 63 de 27 março 1944

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado junto à Estrada Nacional, a uma cota inferior, distando cinco quilómetros da cidade de Marco de Canaveses. Encontra-se em zona de pendor inclinado a que se adapta, com acesso por uma via pavimentada a calçada e corredor central em lajeado de granito, flanqueado por muretes, e que liga a um pequeno adro pavimentado a terra batida, sendo em lajes de cantaria na zona imediata ao templo. Tem adossado à fachada oriental, uma construção incaracterística de sanitários. No lado norte, surge o Cemitério e, no lado oposto, a casa paroquial. Na envolvente, existem casas de dois pisos e campos de cultivo.

Descrição Complementar

O RETÁBULO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA é de talha pintada de cinza e dourada, de corpo reto e um eixo, definida por quatro colunas de fuste decorado com acantos e querubins, e de capitéis coríntios, com o terço inferior marcado e grupadas em plintos paralelepipédicos decorados com motivos vegetalistas. Ao centro, mísula enquadrada por apainelado retilíneo envolvido por moldura e filete dourados, apresentando o fundo pintado, a imitar borcados. A estrutura remata em friso decorado com acantos e querubins e cornija reta, sobrepujada por pequeno frontão curvo, enquadrado por volutas. Altar em forma de urna, encimado por sacrário embutido, envolvido por motivos vegetalistas. Na mesma CAPELA, surge a inscrição: "CAPELA DE IHS (Jesus) / Q(ue) MANDOV FAZER SEBA / STIAM COREA PEREIRA / E DONA MARIA DE BAR / OS SVA MOLHER. PADRO / EIROS DESTA IGREJA … / M / ORGADO DE NEVOIS / ANNO DE 1627". Os CAPITÉIS DO ARCO TRIUNFAL apresentam, no do lado do Evangelho, aves afrontadas, com os pescoços entrelaçados, e uma figura humana sentada, que parece estar nua, com as mãos erguidas e amarradas a um grosso cadeado, de ferro, que lhe passa transversalmente em dois sentidos, à altura da nuca, e frente aos joelhos; do lado da Epistola, um pelicano frontal e dois quadrúpedes erguidos, de cabeças reviradas. Na PAREDE TESTEIRA da CAPELA-MOR, as pinturas murais com três figuras enquadradas sob um arco abatido, tendo ao centro, o Salvador, envolto num largo manto, com os braços fletidos para cima, sentado num trono ricamente decorado, ostentando várias feridas, no lado direito do peito e nas palmas das mãos e pés (estigmas), estes últimos pousados sob um globo encimado por uma cruz; à sua direita, de pé, surge São João Baptista, envolto numa túnica de pele, apontando para a figura central com a mão direita e segurando na mão esquerda um livro em que pousa um pequeno cordeiro; à sua esquerda, igualmente de pé, surge São Tiago, com a cabeça coberta por chapéu de aba larga, segurando um livro na mão direita e o bordão de peregrino na mão esquerda. O fundo está pintado a vermelho, possuindo várias flores de lis e outras flores esquemáticas, surgindo lateralmente uma decoração de losangos policromados a vermelho, branco e negro.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto - Arciprestado de Marco de Canaveses)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 13 / 15 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 12 - D. Afonso Henriques fez doação e coutamento de São Salvador de Tabuado a favor de Gosendo Alvariz *2; 1320 - no Catálogo das Igrejas, surge taxada em 105 libras; 1346 - carta de sentença de D. Afonso IV, onde se enumeram os privilégios que usufruía o abade Rui Gomes; séc. 15, segunda metade - provável feitura da pintura mural; 1475 - D. João de Azevedo reduz a paróquia a abadia secular, por bula de Sixto IV; o abade mantém os privilégios do antigo couto; 1552 - Gonçalo de Barros da Fonseca mandou fazer tombo dos bens da igreja; 1592 - inventário das alfaias do abade, dos fregueses, da Confraria do Santíssimo e da Confraria da Senhora do Rosário; 1618-1627 - aquisição de dois cálices novos e paramentaria; 1627 - os padroeiros Correia Montenegro, Sebastião Correia Pereira e D. Maria de Barros instituem a capela de Jesus; 1673 - referência de uma pintura sob o coro, representando Gonçalo de Barros, senhor do couto de Tabuado e da Torre de Novões, a cavalo; 1758, 20 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Alberto de Almeida Azevedo Vasconcelos, é referido que a paróquia é dedicada ao Salvador do Mundo, com quatro altares, o mor, onde está o Santíssimo, com a sua confraria, e as imagens do orago, do Menino Deus e de Santa Luzia; os colaterais são dedicados a Nossa Senhora do Rosário e a Santa Ana e São Sebastião; tem uma capela lateral, dedicada ao Senhor da Agonia e Senhor do Pé da Cruz, administrada pelos herdeiros do padroeiro da igreja, António Gonçalo Correia de Sousa Montenegro; o pároco é abade, apresentado pelos herdeiros do padroeiro e tem de rendimento 400$000; 1788 - ainda nesta data, os abades de Tabuado intitulavam-se ouvidores e senhores donatários do couto, com jurisdição cível e orfanológica; 1865 - a Confraria do Santíssimo manda pintar a talha dos retábulos colaterais, que era dourada; 1877 - venda de grande parte dos passais em hasta pública; 1911 - no inventário levado a cabo pela Fazenda Pública, é referido o retábulo-mor, com tribuna e trono, tendo as imagens do Salvador, Santa Luzia e Sagrada Família; no altar de Nossa Senhora do Rosário, de madeira, as imagens de Nossa Senhora das Dores, o Menino em redoma, e um quadro do Coração de Jesus; no altar de Nossa Senhora das Dores, de madeira, a imagem do Crucificado de madeira, um São Sebastião e uma Senhora da Conceição; no altar de Nossa Senhora da Piedade, a imagem do orago; 1937 - restauro da talha dos altares colaterais; 1941 - a DGEMN organiza processo de classificação da igreja; 1945 - 1951 - o Pároco Joaquim Pereira da Cunha envias vários ofícios solicitando obras urgentes na igreja; 1950, Outubro - visita de técnicos da DREMN, descoberta de uma pedra sob o arco cruzeiro com inscrição e que dizem ser a tampa da escadaria que dá acesso à cripta abobadada que se situa por baixo da capela-mor, onde poderá encontrar-se a sepultura do padroeiro; e da pintura mural atrás do retábulo-mor; 1952 - ofício dos Amigos do Porto à DGEMN, referindo-se ao mau estado de conservação da igreja e da necessidade de obras urgentes; 1965 - construção de um armário em madeira de castanho para a sacristia por Domingos da Silva Correia, restaurador do Porto; 1965 - reconstrução da sacristia, com novos alicerces, montagem da antiga cornija apeada durante as obras e feitura da cobertura em madeira de castanho; assentamento de grades de ferro nas janelas da sacristia e feitura de novas portas por Francisco Pinto Loureiro; 1966, novembro - visita do Governador Civil do Porto; 1969 - fornecimento de fotogravuras da igreja para a produção do Boletim pela Oficina de Fotogravura de Marques Abreu; 1969 - levantamento topográfico dos terrenos envolventes por José Armando Castro Guedes, para a definição da Zona de Proteção; 1996 - ofício do IPPAR, a solicitar informação sobre a previsão de obras na igreja por parte da DGEMN; 1997 - visita de técnicos da DREMN à igreja, tendo sido proposta as seguintes intervenções: conservação dos madeiramentos das portas exteriores; colocação de tela no remate da cobertura da sacristia com a parede da capela-mor, e uma caleira em chapa de zinco, de forma a impedir infiltrações; limpeza dos paramentos interiores, junto à porta da sacristia; reparação do teto da sacristia; limpeza das coberturas, com substituição das telhas partidas; limpeza dos paramentos exteriores e impermeabilização da fachada posterior.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura, modinaturas, colunas, frisos, tímpanos, impostas, cachorros, cornijas, arcos, cruzes, pia batismal, pia de água benta, pavimento da capela-mor e réguas do pavimento da nave e escadas em cantaria de granito; paredes interiores da capela lateral pintadas e rebocadas; pavimento da nave, coberturas, portas, mesa de altar, arcaz, armários da sacristia e caixilharias de madeira; tirantes, grades de janela e escada exterior em ferro; pavimento da sacristia em tijoleira; sinos em bronze; retábulo e mísulas em talha dourada; vidros simples e coloridos; cobertura em telha cerâmica.

Bibliografia

«A Igreja do Tabuado» in Boletim da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, 1972, n.º 125; AGUIAR, Manuel Vieira de - Descrição histórica, corográfica e folclórica de Marco de Canaveses. Porto: Escola Tipográfica Oficina de São José, 1947; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - «Geografia da Arquitectura Românica» in História da Arte em Portugal. Lisboa: Edições Alfa, S.A, 1986. vol. III; CAPELA, José Viriato, MATOS, Henrique e BORRALHEIRO, Rogério - As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758 - Memórias, História e Património. Braga: Universidade do Minho, 2000; Igreja de São Salvador de Tabuado, Marco de Canaveses - Monografia. Marco de Canaveses: Rota do Românico, s.d.; LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho - Portugal Antigo e Moderno. Diccionário Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico de todas as cidades, vilas e freguesias de Portugal. Lisboa: 1882, vol. IX; «Património Cultural Edificado Classificado». In: Marco de Canaveses a Caminho dos 140 anos. Colóquio. Marco de Canaveses: Câmara Municipal de Marco de Canaveses, 1991, pp. 107-115.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN: DREMNorte/DM, DGEMN:DSMN/REM

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMNorte, SIPA; Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia

Documentação Administrativa

DGPC: PT DGEMN:DSID-001/013-1834, PT DGEMN:DSID-001/013-1835/2, PT DGEMN:DSARH-010/139-0036

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1937 - restauro da talha dos altares colaterais; DGEMN: 1954 - reparação do telhado da capela lateral e consolidação do teto em caixotões pelo empreiteiro Francisco Pinto Loureiro; 1955 - reconstrução do arco da capela lateral e consolidação das paredes, reparação da cobertura da sacristia, pintura das portas por Francisco Pinto Loureiro; 1962 - revisão da instalação elétrica por Zeferino J. Rosas; 1962 - reparação da cobertura e reposição do beirado da fachada lateral direita por Francisco Pinto Loureiro; 1963 - obras de reconstrução do telhado da nave, apeamento da armação do telhado da nave, construção dos frechais de betão armado em travação das paredes de apoio do novo telhado, com aplicação dos tirantes de ferro, construção da estrutura da nova armação do telhado em madeira de castanho, apeamento do retábulo-mor, de forma a expor a pintura mural da parede testeira da capela-mor; obra adjudicada a Francisco Pinto Loureiro; 1964 - obras de reconstrução dos telhados da capela-mor e sacristia; arranjo da fresta da capela-mor; refechamento de juntas; colocação de vitrais na capela-mor; obra adjudicada a Francisco Pinto Loureiro; 1965 - arranjo da fresta do lado noroeste da capela-mor, por Francisco Pinto Loureiro; 1967 - levantamento e remoção das cantarias do pavimento, construção da cofragem e armaduras de ferro para a estrutura da laje de betão armado, lajeamento da capela-mor com as cantarias aproveitáveis e novas, assentamento das cantarias dos degraus e patamar e colocação da nova mesa de altar em cantaria de granito por Francisco Pinto Loureiro; 1968 - demolição do maciço do antigo altar da capela-mor; obras de pavimentação da nave, com o levantamento do soalho de madeira e escavação de terras para abertura de caixa para o novo pavimento, construção da fundação do novo pavimento com betonilha sobre caixa de brita e sua impermeabilização para assentamento do lajeado, construção dos taburnos de madeira de sucupira para as tampas do novo pavimento, levantamento do sobrado da nave e desaterro para rebaixamento do pavimento até ao nível primitivo; obra adjudicada a Francisco Pinto Loureiro; 1969 - instalação elétrica por Zeferino J. Rosas; demolição do coro-alto em madeira e entaipamento da porta de acesso ao mesmo e do acesso ao batistério, sendo demolido o acréscimo exterior; reposição de elementos nos frisos exteriores; lajeamento da capela lateral; feitura de corredores exteriores; mudança da pia batismal e pia de água benta; arranjo do vão de ligação entre a capela-mor e a sacristia; arranjo do muro do adro; escavações de terras para nivelamento do adro; construção da porta travessa e da interior da sacristia; colocação de pavimento em tijoleira na sacristia; limpeza e refechamento de juntas; picagem de rebocos de pintura da capela-mor; fornecimento e assentamento de vitrais; isolamento térmico do nicho onde se encontra o quadro elétrico na sacristia; tratamento preventivo contra insetos xilófagos nos madeiramentos do teto; obras adjudicadas a Francisco Pinto Loureiro; 1969 / 1970 - demolição da escada de pedra de acesso ao antigo coro e entaipamento do vão da entrada; entaipamento das aberturas dos paramentos interiores das paredes da nave e que serviam de apoio às traves do pavimento do antigo coro, construção de patamar em lajeado de cantaria para batistério, junto à entrada principal e colocação da pia batismal; entaipamento do vão do antigo batistério na parede do lado do Evangelho; construção e assentamento de cornijas e frisos moldurados parcialmente destruídos e em falta nas paredes interiores, arranjo das cantarias do vão do portal de comunicação da capela-mor com a sacristia, para colocação de porta de madeira; picagem, limpeza e refechamento de juntas de cantaria na parede testeira da capela-mor, sob a pintura mural; colocação de vitrais na rosácea e frestas da nave e capela lateral; rebaixamento do portal exterior da sacristia e assentamento da porta de madeira; colocação do pavimento da sacristia em tijoleira; construção de um arcaz de madeira de castanho para a sacristia e instalação do quadro elétrico, colocação do pavimento em lajeado de granito, e execução do reboco e caiação a branco dos paramentos interiores da capela lateral, e colocação de um retábulo; remoção dos retábulos laterais da nave; pinturas gerais de elementos de ferro e peças de madeira; construção das portas de madeira para as entradas da nave e passagem da capela-mor; limpeza e refechamento de juntas das cantarias das fachadas; reconstrução dos muros de vedação a S. e E. do adro, com aproveitamento das cantarias existentes, construção de passeios de cantaria junto às fachadas e na entrada principal; escavação de terras e regularização do terreno do adro circundante; arranjo e pintura dos madeiramentos e ferragens dos sinos do campanário; 1971 - pavimentação do adro fronteiro e execução de calçada de alvenaria irregular com guias e degraus de cantaria para remates da calçada do novo pavimento e drenagem das águas pluviais, por Francisco Pinto Loureiro; 1972 - reparação de prejuízos causados pelo temporal: reparação da cobertura, compreendendo a substituição de telas partidas e em falta; reposição parcial de cumes e beirados de telha; obra adjudicada a Ferreira dos Santos & Rodrigues Lda.; 1977 - trabalhos de conservação para preservação das pinturas murais com tratamento das paredes, isolamento e revisão geral dos telhados, por Afonso Ferreira de Oliveira; 1981 - reparação dos telhados; JFTabuado: 1983 - construção de sanitários públicos; DGEMN: 1984 / 1985 - trabalhos de conservação nos telhados, impermeabilização de empenas e refechamento de juntas por Oliveira, Pereira & Valente Lda.; 1989 - ventilação e proteção dos frescos da capela-mor por Augusto de Oliveira Ferreira & C.ª Lda.; 1991 - conservação de portas, dos sinos e beneficiação da instalação elétrica por Augusto de Oliveira Ferreira & C.ª Lda.; 1989 - ventilação e proteção dos frescos do altar-mor por Augusto de Oliveira Ferreira & C.ª Lda; 1991 - conservação de portas, consolidação dos sinos e beneficiação da instalação elétrica por Augusto de Oliveira Ferreira & C.ª Lda; PROPRIETÁRIO: 1997 - arranjo da porta da sacristia; 2013 - remodelação das coberturas e conservação das paredes exteriores.

Observações

*1 - no pavimento da capela-mor existia uma pedra com a inscrição: ESTA É A PORTA DA SEPULTURA DO PADROEIRO, que durante as obras dos anos sessenta desapareceu; uma outra inscrição sob a porta da sacristia: ENCORRE EXCUMUNHÃO QUEM NESTA CAPELA SE ASSENTA EM CADEIRA DE ESPALDAR, SALVO O PADROEIRO, e que foi transferida para o Museu do Marco de Canaveses. *2 - em várias fontes (D. Rodrigo da Cunha e de D. Nicolau de Santa Maria), surge referido que o templo começou por ser Mosteiro de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, mas não existe qualquer documentação que o comprove.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2018 (no âmbito da parceria DGPC / Diocese do Porto)

Actualização

 
 
 
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