Pelourinho de Vila do Conde
| IPA.00000481 |
Portugal, Porto, Vila do Conde, Vila do Conde |
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Pelourinho quinhentista de roca piramidal, com fuste torso composto por feixe de colunelos, interrompido a meio por anel. Apresenta capitel com elemento heráldico e remate paralelepipédico, com remate em coruchéu vazado. As legendas inscritas no pedestal do pelourinho são alusivas ao erguer das suas primeiras pedras, ao seu derrube, à sua ida para a Praça da Ribeira e por fim à sua atual localização na Praça Vasco da Gama (antiga Praça Nova). Possui, no capitel, o escudo português. Remate em grimpa metálica, formando um braço a sustentar uma espada, sobre pequena esfera armilar. O anel do fuste é decorado por friso cordiforme. |
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Número IPA Antigo: PT011316280007 |
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Registo visualizado 848 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição senhorial Tipo roca
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por amplo soco octogonal, servido por uma estreita escada de quatro degraus. O fuste é torcido, composto por colunelos, sendo interrompido a meio por anel, formando friso de cordame. Possui capitel simples, ostentando as armas e coroa de Portugal. Do coruchéu aberto da roca, esculpida com rasgos que a atravessam de um lado ao outro, sai uma espada em ferro erguida ao alto, empunhada por um braço que sai do espigão da grimpa. Nas faces do pedestal do pelourinho há legendas inscritas alusivas às suas diversas localizações na cidade. |
Acessos
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Vila do Conde, Praça Vasco da Gama |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado em frente aos Paços do Concelho (v. PT011316280034) e da Igreja Matriz de Vila do Conde (v. PT011316280003). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1200 - Provável fundação da povoação por D. Sancho I; séc. 13 - pertence ao Conde Mendo Pais Rofinho, da família Azevedo; 1296, 10 fevereiro - concessão de foral por D. Dinis; séc. 14 - doação da vila a D. Maria Pais Ribeira e aos filhos que dela teve; final - as freiras passam a exercer todas as justiças na vila; 1516, 10 setembro - concessão de foral por D. Manuel I; 1537 - por dúvidas sobre os direitos do Mosteiro de Vila do Conde, D. João III confiscou os bens e deu-os ao seu irmão, D. Duarte, cuja filha D. Catarina casou com D. João, Duque de Bragança, passando a esta casa; 1538, 12 agosto - a vereação constituída por Bastião Luís e António Afonso, como juízes, Bastião Machado e Bastião Gonçalves, como vereadores, e Bartolomeu Pires, como Procurador do Concelho, deliberam a edificação dos Paços do Concelho, e da praça nova; 21 Setembro - provisão de D. João III, para transferir o antigo pelourinho, da Praça Velha, junto aos antigos Paços do Concelho, para a Praça Nova; 3 Dezembro - a Câmara Municipal trata da obra de pedreiro, para a mudança do pelourinho; 1539, 29 janeiro - o povo derrubou o pelourinho que ainda estava a ser montado; 1582, 3 julho - provisão determinando a construção do pelourinho na Praça da Ribeira; 1706 - povoação com 900 vizinhos, da Casa de Bragança, da Comarca de Barcelos, com 3 vereadores e procurador eleito trienalmente pela população, a que preside o Ouvidor de Barcelos e cujas pautas são admitidas pelos ministros da Casa de Bragança; tem juiz de fora, escrivão da câmara, 4 tabeliães, distribuidor, inquiridor, contador, juiz dos órfãos com o respetivo escrivão, juiz da dízima do peixe e respetivo escrivão, todos nomeados pelos Duques; tem juiz das sisas, juiz e escrivão da alfândega, feitor, procurador dos feitos, escrivão dos Cincos, almoxarife e 3 guardas, todos nomeados pelo rei; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a povoação, com 1078 fogos, é da Casa de Bragança; tem juiz de fora, colocado pela Casa de Bragança, câmara com 3 vereadores e um procurador do concelho; 1913, 5 fevereiro - por deliberação camarária foi implantado na Praça Vasco da Gama, onde inicialmente deveria ser colocado. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Pedestal, fuste, capitel, e gaiola em cantaria de granito; remate em ferro. |
Bibliografia
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CHAVES, Luís - Os Pelourinhos, Lisboa, 1938; Guia de Portugal, IV, I; COSTA, António Carvalho da (Padre) - Corografia Portugueza, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; FERREIRA, Mons. José Augusto - Vila de Conde e seu Alfoz, 1921; MALAFAIA, E.B. de Ataíde - Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; NEVES, Joaquim Pacheco - Vila do Conde, Vila do Conde, 1991; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, vol. II, Lisboa, 1993. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DREMN - 1688/07; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 40, n.º 195, fl. 1161-1186) |
Intervenção Realizada
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1941 - um forte ciclone danificou a coroa do escudo e a esfera armilar, que suportava uma haste de ferro terminal, tendo a Câmara Municipal reposto estes elementos depois de fundidos em argamassa de cimento, salpicados de tinta a imitar o granito do pelourinho; séc. 20 - consolidação do soco. |
Observações
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Autor e Data
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Isabel Sereno 1994 / Paula Noé 1996 |
Actualização
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Ana Filipe 2014 |
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