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Edifício e estrutura Estrutura Militar Frente fortificada
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Descrição
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Da antiga cerca subsistem: 1 - vestígios da metade de um baluarte em ângulo, cujos lados medem 31 e 27 metros com muros em talude de 2,30 metros de altura, no exterior nalgumas partes aparelho de cantaria argamassada e noutras taipa, no interior rebocada; 2 - vestígios da cortina ao longo de 129 metros com 2 m de altura, obstruída com casa térrea junto ao baluarte, interrompida por escada metálica junto à antiga Casa de Fresco, localmente designada por Celeiro de São Francisco (v. PT050805050005), interrompida por via de circulação e com diversos muros e construções adossadas neste século; 3 - vestígios de meio baluarte em ângulo cujos lados medem 48 e 34 metros com 0,5 m de altura com muros interrompidos na sua quase totalidade por construções adossadas e com ângulo nascente cortado por uma guarita do antigo quartel; 4 - troço de baluarte em talude, na R. de Loulé, nº 2 e 4, com 2,50 metros de altura, 8,30 metros de comprimento e 0,4 metros na base e 0,2 no topo; 5 - vestígios arqueológicos do baluarte fronteiro à Ermida de Nossa Senhora da Esperança (v.PT050805050058). |
Acessos
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Largo do Pé da Cruz, Rua Dr. Pereira de Sousa e Rua de Loulé, nº 2-4 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 |
Enquadramento
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Urbano, no centro Histórico (v. PT050805050140), no limite da cidade, na Horta do Ferragial entre o Convento de São Francisco (v. Pt050805050005) e a Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz (v. PT050805050062), tendo sido posteriormente adossados edifícios e muros de logradouros. Grande parte da cerca foi destruída e as valas circundantes estão completamente atulhadas e cobertas por vegetação. O outro troço, é urbano, adossado, no Centro Histórico, num quarteirão da Zona Ribeirinha *2. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: frente fortificada |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 17 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIRO: Rufino António de Moraes, 2º Tenente Engenheiro (séc. 19) |
Cronologia
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1659 - o Governador Militar do Algarve, Martim Correia da Silva, encarrega um Sargento-mor de construir uma cerca composta por cinco baluartes e dois meios baluartes, que servisse de defesa contra uma eventual invasão espanhola; 1662 - Martim Correia da Silva aconselha o rei D. Afonso VI a escrever aos Cónegos e mais Dignidades da Sé de Faro para lhes agradecer a contribuição voluntária de três mil cruzados destinada à construção da cerca; 1758 - os párocos das freguesias da Sé e de São Pedro de Faro respondem à Academia Real de História referindo que os baluartes de fábrica moderna apresentam muitas rasgaduras e na sua maior parte estão destruídos; 1833 - as tropas liberais consolidaram parte da antiga cerca e prolongaram-na para norte, tendo-se encarregue desta tarefa o 2º Tenente Engenheiro Rufino António de Moraes, que executou também a planta; 1994, 02 de Junho - proposta a classificação pela Câmara Municipal de Faro; 1996, 09 de Outubro - proposta a classificação pela Associação para a Defesa do Património Cultural e Natural do Concelho de Faro. |
Dados Técnicos
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Muros autoportantes |
Materiais
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Cantaria, alvenaria e taipa |
Bibliografia
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Cartas dos Governadores do Algarve (1630-1663), Lisboa, 1978; CALLIXTO, Carlos P., A Linha Fortificada que, durante a Guerra Civil, defendeu a cidade de Faro do Cerco Miguelista in Anais do Município de Faro, vol. 19, Faro, 1989; LAMEIRA, Francisco Ildefonso C., Faro - Edificações Notáveis, Faro, 1995; IDEM, A Cerca Seiscentista, Faro, 1996; PAULA, Rui M. e PAULA, Frederico, Faro Análise da Evolução Urbana, Revista Sociedade e Território, Junho de 1991; IDEM, Faro Evolução Urbana e Património, Faro, 1993. |
Documentação Gráfica
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CMF |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1980 - 1981 - recuperação da zona a E.. |
Observações
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*1 - abrange ainda a freguesia da Sé; *2 - os edifícios religiosos outrora protegidos pela cerca eram o Convento de São Francisco, a Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz, o Colégio da Companhia de Jesus, a Ermida de Nossa Senhora da Esperança, a Igreja Matriz de São Pedro, o Convento de Santo António dos Capuchos, a Ermida de Santa Maria Madalena e a Igreja da Misericórdia. |
Autor e Data
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Francisco Lameira 1996 |
Actualização
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