Convento dos Cardais / Convento de Nossa Senhora da Conceição / Capela de Nossa Senhora da Conceição dos Cardais

IPA.00004017
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Arquitectura religiosa, barroca. Mosteiro feminino da Ordem das Carmelitas Descalças com igreja de planta longitudinal, de uma só nave e capela-mor, marcando-se a passagem por arco triunfal. Concebida à semelhança de uma caixa, esvaziada externamente de sentido ornamental, enquanto o interior contrasta pela riqueza e variedade decorativa. A austeridade do alçado lateral é suavizado pelas portas com frontão triangular (a de São José, que dá acesso à igreja) e frontão quebrado (a de Nossa Senhora da Conceição, que dá acesso à portaria do convento). A igreja do Convento dos Cardais, a par da igreja do Convento da Madre de Deus e da igreja de Marvila, são os principais exemplos do chamado "estilo nacional". Contraste entre as linhas simples da arquitectura e o fortíssimo impacto cénico da decoração interior, que associa a talha dourada, o azulejo de composição figurativa - narrativa, e a pintura. Importante conjunto de azulejos ilustrando a vida de Santa Teresa de Ávila.
Número IPA Antigo: PT031106220055
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro feminino  Ordem das Irmãs Descalças de Nossa Senhora do Monte do Carmo - Carmelitas Descalças

Descrição

CONVENTO: composto por igreja, 2 claustros, refeitório e demais dependências. CLAUSTRO: maior, de planta quadrangular, encontra-se a O. da igreja e é composto por 1 piso de 5 tramos por cada lanço e abóbadas de arestas; a passagem para o jardim é feita por 3 arcos de volta perfeita em cantaria apoiados em pilares de secção quadrangular; paredes envolventes com silhares de azulejos de padrão azul e branco e no centro um pequeno tanque de pedra redondo com repuxo; claustro está pavimentado com sepulturas. Claustro mais pequeno a NO. da igreja, mais simples, composto apenas por 4 arcos em alvenaria por cada secção. REFEITÓRIO: de planta rectangular decorado com silhares de azulejos de albarradas ou padrão de camélia azuis e brancos. IGREJA: de planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos, de que resulta a articulação de 2 volumes paralelepipédicos cobertos por telhados a 2 águas. Este alçado maior, correspondente ao eixo longitudinal, é animado por janelas rectangulares e um óculo de iluminação da capela-mor, sendo igualmente visíveis 2 portais coroados por frontão, pináculos e volutas ladeando um pequeno nicho central com imagem (num, de São José e no outro, de Nossa Senhora da Conceição). O interior de nave única articula-se com a capela-mor, ambas rectangulares e cobertas por abóbadas de berço. A animação desta solução planimétrica simples é feita pela decoração azulejar - painéis de azulejos azuis e brancos de composição figurativa, de proveniência holandesa, assinados por Jan Van Ort de Amsterdão, a que se sucede, em altura, talha dourada (emoldurando telas), também visível no retábulo do altar-mor. Este último compõe-se de colunas, nas ombreiras, e arquivoltas, em arco de volta perfeita, criando um camarim fechado por uma tela figurando a "Imaculada Conceição com São João da Cruz e outros Santos Carmelitas" (execução de André Gonçalves segundo desenho de Vieira Lusitano). Tanto o altar propriamente dito como as paredes laterais da capela são revestidos por embutidos de mármore. No presbitério encontram-se 2 altares de talha formalmente afins ao retábulo do altar-mor. Contíguos à igreja existem 2 espaços paralitúrgicos, o coro baixo e comungatório (com acesso pelo lado do Evangelho do presbitério e onde se encontra a sepultura da fundadora do convento, D. Luisa de Távora com as respectivas armas) e a sacristia (cujo acesso se faz pela parte inferior do retábulo do altar-mor). Igualmente contíguo à igreja, mas ao nível de um segundo registo, encontra-se o coro-alto, que exibe um imponente malheiro de ferro e silhares de azulejos azuis e brancos figurando passos da vida de Santa Teresa de Ávila.

Acessos

Rua Eduardo Coelho, nº 1; Rua do Século; Travessa da Horta; Travessa da Conceição

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 32 973, DG, 1ª série, n.º 175 de 18 agosto 1943 (Capela) / ZEP, Portaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112 de 11 junho 2010 *1 / Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811)

Enquadramento

Edifício de localização destacada ocupando quase na totalidade o quarteirão onde está inserido, desenhado pela Rua do Século, Travessa da Conceição, Travessa da Horta e Rua Eduardo Coelho. Implantado em terreno em declive acentuado para S. na Rua do Século. As frentes urbanas envolventes são constituídas a S. pelo Palácio Ratton (v .PT031106220267), a SO. pela Academia das Ciências de Lisboa (v. PT031106220324), e as restantes por prédios de habitação e de serviços; mais a N., encontra-se ainda o Jardim do Príncipe Real (v. PT031106220439).

Descrição Complementar

AZULEJO: Espólio de grande interesse reunindo azulejos seiscentistas e azulejos joaninos. Azulejaria seiscentista: CASA DA RODA, junto à portaria: azulejos de ponta de diamante (origem sevilhana); Dependências junto à actual COZINHA: azulejos de padrão, amarelo e azul, 1ª metade do séc. 17; parede do lavabo totalmente revestida de azulejos de padrão azul, branco e amarelo, 2 x 2 azulejos. Estes azulejos vêm provavelmente do antigo recolhimento. COPA (faz a ligação entre a cozinha e o refeitório) - silhar de azulejos de padrão tipo camélia, 2 x 2 azulejos, policromia: azul, amarelo, verde, manganés (fase final da policromia seiscentista); cercadura de motivos vegetalistas em verde e amarelo, com contornos manganés. REFEITÓRIO: Silhar de composição ornamental seriada, motivos de albarradas - Cestos de flores e frutos - azul e branco, com cercadura joanina; conjunto de cerca de 1720-30. ÁTRIO DO CLAUSTRO: Silhar de albarradas - cestos de flores e frutos pousados em peanha; cerca de 1740; azul e branco; a fiada inferior, formando rodapé, é em azulejo esponjado manganés e amarelo. CLAUSTRO: Integrados nos muretes do claustro, no centro dos losango, quatro azulejos iguais (um em cada losango), do séc. 19, em azul e branco com a inscrição "Aqui vai o cano da pia". Integrado no vão de um oratório que já não existe, cruz de azulejos de início do século 18; monocromia: azul e branco. A cruz assenta em peanha com três cabeças de anjo, cuja base é constituída por volutas de folhagem no centro das quais se destaca cartela com a legenta "5TA VIA SACRA". PAREDES do claustro: silhar de azulejos de padrão de 4 x 4 azulejo; monocromia, azul em fundo branco. NAVE: paredes revestidas até metade da altura (27 azulejos de altura com a fiada amarela do rodapé, colocada recentemente) de azulejos organizados em dois registos sobrepostos, ambos de composição figurativa, em monocromia azul em fundo branco, cujos episódios são separados por barras de duas fiadas de azulejo, com motivos vegetalistas, carrancas grotescas ao centro e cabeças femininas nos cantos, desenhados a azul em fundo amarelo. No rodapé da parede do lado da epístola, lê-se a assinatura do autor: J. van Oort/Amst. fecit. Alguns destes azulejos foram refeitos após o terramoto de 1755. Registo inferior: friso contínuo representando figuras infantis a brincar com um cão, com cestos de fruta e com os instrumentos da paixão de Cristo. 10 azulejos de altura (barras de 2 azulejos incluidas); Registo superior: Episódios da vida e visões de Santa Teresa de Ávila, dispostos em sete painéis e três medalhões sobre as portas. Todos eles reproduzem gravuras de Adrian Collaert e Cornelis Galle provenientes do album "Vita B. Virginis Teresiae a Iesu" impresso em Antuérpia em 1613 (*2). Alguns painéis reunem dois episódios sem relação entre eles. Parede do fundo: 1. Santa Teresa e o irmão, crianças, são encontrados pelo tio quando fugiam de casa. 2. Santa Teresa, já freira, no convento de Medina del Campo, recebe a hóstia do padre João da Cruz. Parede do lado do Evangelho: 1. A Virgem e São José dão um colar e um manto a Santa Teresa, episódio envolto em nuvens e anjos músicos. 2. Num enquadramento de nuvens, Santa Teresa ajoelhada perante o padre João da Cruz, sentado numa dadeira; ambos recebem o Espírito Santo de Cristo e Deus Pai, representados igualmente envoltos em nuvens. 3. Viagem de Santa Teresa a Salamanca para solicitar ao rei apoio para reformar a Ordem. Santa Teresa é representada sentada num burro. A pé, acompanha-a a irmã, Ana de São Bartolomeu, vestida com o hábito das carmelitas descalças, segurando na mão o terço; são seguidos por um nobre e por um religioso. Ao fundo, vê-se o convento de São José, o primeiro da ordem, a ser construído. Parede do lado da Epístola: dois painéis. 1. Refeição de Cristo e Santa Teresa (visão). 2. Morte de Santa Teresa em Alba de Tormes, rodeada por religiosos franciscanos e freiras carmelitas; recebe uma coroa de flores da Virgem e é abençoada por São José. No lado esquerdo do painel nota-se um "remendo" realizado após o terramoto de 1755. Os três medalhões situados por cima da porta representam: 1. Medalhão situado por cima da porta do fundo: Santa Teresa escritora, recebe a inspiração do Espírito Santo. 2. Parede do lado da epístola: Santa Teresa ajoelhada perante uma cruz tem a visão do Ecce Homo que lhe mostra as chagas no braço direito. 3. Casamento místico de Santa Teresa. SACRISTIA: paredes totalmente revestidas de azulejo azul e branco organizado em dois registos sobrepostos. O registo inferior recupera azulejos de padrão de camélia (4 x4 azulejos), de finais do séc. 17. A ligação entre os dois registos é feita por barra de enrolamentos de folhagem que serve igualmente de friso superior e inferior. Nos cantos da barra, carrancas femininas. O registo superior, de 11 azulejos de altura, altera composição ornamental seriada de albarradas, constituídas por vasos de flores ligados por finos festões de folhagem, tendo na parte superior uma sequência de sanefas com borlas. Integrados neste revestimento de albarradas destacam-se cinco painéis de composição figurativa, simulando nichos abertos na parede, nos quais se destaca a imagem de um santo ou santa, representados como uma escultura em cima de peanha. Na parede à frente do lavabo: São José com o menino; na parede norte: Santa Teresa de Ávila com a pena e o livro na mão; São João da Cruz que segura a cruz na mão esquerda; de um lado e de outro da porta da capela-mor: Santa Ana; São Joaquim. São painéis de cerca de 1730, de grande impacto cenográfico. CORO BAIXO: Paredes revestidas de azulejos alternando motivos de albarradas - jarra de flores - enquadrada por volutas com figuras infantis, e motivos arquitectónicos de volutas com capitel e entablamento. A fiada inferior, organizada em dois registos é composta por barra de três azulejos de altura, em azul esponjado, sobreposta por barra de dois azulejos de altura, com motivos ornamentais. Na parte superior do enxalço da porta que dá para o claustro, composição ornamental constituida por cartela barroca com motivos de volutas e dois festões de flores, simulando grinaldas suspensas. ANTECORO: Painel de composição figurativa representando Nossa Senhora da Conceição (proveniente de local desconhecido, provavelmente durante as obras pós-terramoto); monocromia, azul em fundo branco; cerca de 1730; cercadura de motivos ornamentais pombalinos, manganés em fundo branco (14 x 16 azulejos); segundo José Meco, o painel é estilisticamente atribuível a Teotónio do Santos. CORO ALTO: Silhar de composição figurativa ilustrando episódios da vida de Santa Teresa de Ávila; monocromia, azul em fundo branco. Os painéis estão dispostos sem ordem cronológica ou temática. Partindo da grade no sentido dos ponteiros do relógio os painéis representam: Encontro de Santa Teresa e São João da Cruz, assistidos pela Santíssima Trindade; Refeição de Cristo e Santa Teresa; Aparição de Cristo a Santa Teresa; Viagem de Santa Teresa a Salamanca; Comunhão no convento de Medina del Campo; Nossa Senhora do Carmo e o Menino entregam o escapulário a São Simão Stock; Santa Teresa é coroada por Jesus; Santa Teresa e o irmão são encontrados pelo tio quando fogem de casa; Santa Teresa com o coração trespassado por uma lança em chama (Transverberação); Santa Teresa recebe um colar de flores e um manto, das mãos da Virgem e de São José; Morte de Santa Teresa.

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro feminino

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Assistencial: associação de beneficência / Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: João Antunes (1693). ENTALHADOR: José Rodrigues Ramalho (atr., 1688, 1693). PEDREIROS: João Esteves (1693); João Teixeira (1693). PINTOR de AZULEJO: António Pereira Ravasco (séc. 18). PINTORES: André Gonçalves (séc. 18); Bento Coelho da Silveira (séc. 17); Francisco Vieira Lusitano (séc. 18).

Cronologia

1671 - D. Luisa de Távora, viúva do morgado de Oliveira e comendadeira de Santiago no mosteiro de Santos-o-Novo, onde se encontrava, e desejando um edifício mais recatado e propício aos exercícios espirituais, decide edificar um convento nuns edifícios que tinha, e onde se encontrava um recolhimento de mulheres, com uma igreja de invocação de Nossa Senhora da Conceição; a fundadora institui uma renda anual de 600$000 para o novo convento e doa uns terrenos que possuia no sítio dos Cardais; 1677 - começam as obras de aproveitamento e construção dos prédios, nas quais D. Luísa de Távora gastou parte considerável da sua fortuna; as obras ainda não se encontravam concluídas, mas as primeiras religiosas estabelecem-se no convento; eram oriundas dos conventos carmelitas de Aveiro, de Santo Alberto de Lisboa e de Santa Teresa de Jesus de Carnide; neste mesmo ano saiu um despacho e alvará régio que autorizava que o "recolhimento da Conceição fosse convento das religiosas prefessas Carmelitas Descalças"; séc. 17, final - pintura de telas por Bento Coelho da Silveira (1630-1708); 1688 - execução do retábulo da igreja, talvez por José Rodrigues Ramalho; 1693 - morte de D. Luisa de Távora, estando as obras do convento incompletas, ficando seu sobrinho, D. José de Meneses, com incumbência de acabá-las; 09 fevereiro - desenho de embutidos para o embasamento da capela-mor por José Rodrigues Ramalho (FERREIRA, vol. II, p. 528) e João Antunes, realizados por Manuel Antunes, João Teixeira e João Esteves (COUTINHO: 327); séc. 18 - pintura de telas por André Gonçalves (Anunciação e Adoração dos Pastores); pintura de uma Coroação da Virgem para o coro-alto; pintura de uma Nossa Senhora da Conceição por Francisco Vieira de Matos, vulgo Vieira Lusitano (1699-1783); pintura de azulejo por António Pereira Ravasco; 1703 - as obras do convento encontram-se concluídas; 1720, cerca - pintura de uma Anunciação, uma Adoração dos Pastores, uma Coroação da Virgem e uma Imaculada para a boca da tribuna por André Gonçalves; 1755, 1 novembro - terramoto abalou o edifício, tendo as religiosas que se abrigar temporariamente numas barracas dentro da cerca enquanto as obras de reconstrução não estivessem terminadas; 1758, 26 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco das Mercês, Joaquim Ribeiro de Carvalho, é referido o convento, de que é padroeiro D. José de Meneses de Távora, governador da Torre Velha, estando as religiosas sujeitas aos Religiosos do Convento dos Remédios; encontram-se em barracas, a viver na cerca, devido à ruína que o edifício teve com o terramoto; 1876 - morte da última religiosa; o Estado toma conta do convento, com todos os seus bens móveis; pedido da fundadora da Associação de Nossa Senhora dos Aflitos para que lhe fosse concedido o convento para nele instalarem o asilo das cegas; 1877 - foi aí instalada a Associação de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos; 1878 - o asilo para cegas é inaugurado depois de obras consideráveis na sua reedificação e na colocação de canalização de água e gás; a direcção do asilo é entregue às Irmãs Terceiras Dominicanas; 1893, 22 julho - publicação no Diário do Governo da cedência definitiva do antigo edifício conventual ao asilo de cegas; 1969, fevereiro - estragos provocados pelo sismo; séc. 20 - somente parte do convento é ocupado por deficientes, estando o restante transformado em espaço-museu; 1940, 26 setembro - publicação de Decreto nº 30 762, no DG, 1.ª série, n.º 225, determinando a classificação da Capela como Imóvel de Interesse Público; 01 novembro - publicação do Decreto nº 30 838, DG, 1.ª série, n.º 254, suspendendo o decreto n.º 30 762, de 26 de setembro do mesmo ano, relativamente à classificação de imóveis de propriedade particular; 1992 - restauro da pintura da boca da tribuna; 2005, 29 setembro - proposta de fixação de Zona Especial de Proteção pela DRCLVTejo; 2009 - Despacho de homologação da Zona Especial de Proteção pela Ministra da Cultura; 2011, 20 maio - Declaração de retificação ao teor do diploma de fixação de Zona Especial de Proteção, n.º 874/2011, DR, 2.ª Série, n.º 98.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Alvenaria, cantaria de calcário, reboco pintado, mármores, azulejos.

Bibliografia

AAVV, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; ALMEIDA, D. Fernando de, (coord.), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo II, Lisboa, 1975; CAEIRO, Baltazar Matos, Os Conventos de Lisboa, Lisboa, 1989; COELHO, Teresa Campos, Um concurso para o provimento do lugar de Arquitecto das Ordem Militares - a propósito de um curriculum do Padre Francisco Tinoco da Silva, in Monumentos, n.º 7, Lisboa, DGEMN, 1997, pp. 102-107; COUTINHO, Maria João Fontes Pereira, A produção portuguesa de obras de embutidos de pedraria policroma (1670-1720). Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2010, 3 vols.; FERREIRA, Sílvia Maria Cabrita Nogueira Amaral da Silva, A Talha Barroca de Lisboa (1670-1720). Os Artistas e as Obras, Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2009, 3 vols.; História dos Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa, Vol. II, Lisboa, 1972; MACHADO, José Alberto Gomes, André Gonçalves - pintura do Barroco português, Lisboa, Editorial Estampa, 1995; MANGUCCI, António Celso, As gravuras de Nicolas Lancret e os azulejos da Quinta da Trindade, no Seixal, in al madan, II série, n.º 13, Almada, Julho 2005; MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, 1985; Monumentos, n.º 21, Lisboa, DGEMN, 2004; MOURA, Carlos, História da Arte em Portugal, Vol. 8, Lisboa, 1986; O Convento dos Cardaes. Veios da memória, Quetzal Editores, Lisboa 2003; PEREIRA, José Fernandes, "Resistências e aceitação do espaço barroco: a arquitectura religiosa e civil" in História da Arte em Portugal, Vol. 8, Lisboa, 1986, pp. 9-65; PEREIRA, José Fernandes, Arquitectura Barroca em Portugal, Lisboa, 1986; Monumentos, n.º 6 e n.º 12, Lisboa, DGEMN, 1997 e 2000; PEREIRA, Luis Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, 1927; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003; SILVA, J. H. Pais da, Páginas de História da Arte, Vol. I, Lisboa, 1986.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSARH, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DRELisboa/DIE/DRC

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/GSRP

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, DGEMN/DRMLisboa; CML: Arquivo de Obras, pº nº 28.684

Intervenção Realizada

DGEMN: 1943 - remodelação da instalação eléctrica; 1944 - obras de reparação no telhado; 1961 - reparação geral do pavimento e da abóbada da capela-mor, reparações nas molduras de talha das telas; 1969 - consolidação de coberturas, reconstrução da estrutura do telhado, obras de reparação da estrutura do altar-mor e ainda trabalhos diversos de conservação; 1975 - diversos trabalhos de conservação; 1984 / 1985 - obras de remodelação e beneficiação, construção civil e instalação eléctrica do posto de transformação; 1986 - remodelação do 3º e último pisos; 1987 - recuperação do tecto da igreja; 1990 - restauro de painéis de azulejo; 1991 - obras de reconstrução do pavimento, substituição do reboco e pintura em paredes e tectos; 1993 / 1994 - substituição de reboco e pintura no alçado nascente, substituição de caixilharias e lavagem de cantaria dos portais; 1996 / 1997 / 1998 - obras de reabilitação e restauro nos claustros grande e pequeno, escadório, sala da Paixão, comungatório, capela de São José, sala do Tesouro, sacristias e outras dependências, intervenção custeada pelo Banco de Portugal; restauro da talha dourada do altar-mor, portadas do coro-alto, altar e nichos da sala do tesouro; obras para adaptação a novas funções; 1999 / 2000 / 2001 - beneficiação da portaria com assentamento de lajes de pedra antigas em substituição de cantarias novas existentes; melhoria da drenagem pluvial na entrada pelo horto atratvés de rebaixamento do pavimento, execução de sistema de drenagem a calcetamento; beneficiação da sala Mariana com reparação de rebocos e estuques, reparação de caixilharias e pinturas; trabalhos nas ruínas situadas no topo Poente da cerca do Convento através da consolidação de alvenarias, escavação de terras de aterro no interior do edifício até ao nível original e sondagens por poços e por ensaios SPT; 2004 - beneficiação da cobertura da igreja; desinfestação das madeiras da igreja.

Observações

*1 - Zona Especial de Proteção Conjunta do Bairro Alto e Imóveis Classificados na sua Área Envolvente.

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1993 / Paula Correia 2004

Actualização

 
 
 
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