Anta do Monte Ruivo

IPA.00003873
Portugal, Portalegre, Elvas, Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso
 
Anta com corredor mais baixo que a câmara, longo e estreito e com átrio. Mamoa bem conservada delimitada por um anel de contenção.
Número IPA Antigo: PT041207010030
 
Registo visualizado 349 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Funerário  Anta    

Descrição

Anta com corredor e átrio, de câmara poligonal regular, com 7 esteios. O corredor e o átrio têm sete esteios no lado direito e oito no lado esquerdo. Uma laje-porta encerrava o corredor, antecedido por um pequeno átrio. A mamoa está bem conservada e é delimitada por um anel de contenção. A escavação arqueológica permitiu identificar a mamoa como uma carapaça pétrea assente sobre uma camada de terra. Esta carapaça era parcialmente apoiada por um anel de contenção que era constituído por uma linha de lajes de médias dimensões, concêntrica à câmara da anta. As pedras deste anel estão dispostos de forma oblíqua para melhor conter as terras e pedras da mamoa.

Acessos

Na EN373 Juromenha - Elvas, cortar à esquerda para caminho de terra que conduz ao Monte Ruivo. Passar junto de um poço e continuar pelo campo. CMP, Gauss: M- 82.12, P-4.22. (M-282125, P-204277) WGS84 (graus decimais) lat.: 38.784782; long.: -7.211926.

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997

Enquadramento

Rural, paisagem de montado, com culturas de cereais. Isolado, no topo de um ligeiro cabeço com uma cota de 218m. A c. de 650m a nascente do Monte Ruivo.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: anta

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Neolítico-calcolítico - cultura megalítica.

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Período cronológico - 5º a 3º milénio a. C.; 1999 - 2005, este monumento integrou o circuito do Guadiana, no âmbito dos circuitos arqueológicos Antas de Elvas, implementados pelo IPPAR.

Dados Técnicos

Este monumento foi objeto de escavação e de trabalhos de conservação e restauro, em 1999. Com a escavação foi possível identificar e pôr à mostra o corredor antecedido por um pequeno átrio. Escavou-se ainda grande parte da mamoa. Os trabalhos de conservação e restauro constaram para além da limpeza de todo o amontoado de pedras que se sobrepunham ao monumento, a colagem do 1º esteio da câmara, junto ao início do corredor do lado direito. Depois da escavação da mamoa, esta foi refeita com a técnica tradicional de adobes que cobriram a carapaça pétrea.

Materiais

Xisto

Bibliografia

Albergaria, João, Lago, Miguel - “Cromeleque do Torrão (Elvas): Identificação”, Vipasca, 4, Aljustrel, 1995,pp.53-60; Cartaillac, Émile, Les Ages Préhistoriques de L'Espagne et du Portugal, Paris,1886; Roteiros de Arqueologia Portuguesa, Dias, Ana Carvalho, coord., Antas de Elvas, textos: Albergaria, João, Dias, Ana Carvalho, s.l: IPPAR, Setembro 2000, pp 14-15; Lago, Miguel, Albergaria, João, - “Cabeço do Torrão (Elvas): Contextos Megalíticos”, Actas do 2º Simpósio Transformação e Mudança: Tempo, Construção do Espaço e Paisagem, Cascais,1996; LEISNER, G. e V. - Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Suden, Berlim: Walther de Gruyter, 1943; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (1) Berlim: Walther de Gruyter, 1956; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (2) Berlim: Walther de Gruyter, 1959; LEISNER, G. e V. - Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz: Materiais para o Estudo da Cultura Megalítica em Portugal, Lisboa,1951: Instituto para a Alta Cultura [reprint: Uniarch, Estudos e Memórias 1, 1985, com uma apresentação de V.S. Gonçalves]; Vasconcelos, J. Leite de - O Archeólogo Português, XXI, 1916, p.362; Paço, A. Ferreira, O. Veiga, Viana, A. -“Antiguidades de Fontalva. Neo-Eneolítico e época romana”, Zephirus, vol. VII, 1957; Silva, J. Possidónio - “Dólmens recentemente descobertos em Portugal”, Boletim de Architectura e de Archeologia da Real Associação dos Architectos e Archeólogos Portugueses, t.3,2ª série, Lisboa; Viana, Abel - Contribuição para a arqueologia dos Arredores de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XII, Porto,1950; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de -Exploración de algunos dólmens de la region de Elvas, Crónica del 2º Congresso Arqueológico Nacional, Madrid, 1951; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de,- Mais três dólmens da região de Elvas (Portugal), Zephirus, vol. IV, Salamanca,1953; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, -, Notas para o Estudo dos Dólmens da Região de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XV, Porto,1955; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, - Mais Alguns Dólmens da Região de Elvas (Portugal), Paço Ducal de Vila Viçosa, 1957.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN/DSID/ IPPAR: coleção de desenhos SIPA DOC.00206498 (levantamentos anteriores à escavação arqueológica)

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

DGPC:PT. DGEMN/DSID-001/012-1803/5;7.16.3/14-10(1), 89/1(222), 93/1(295) e S - 07344

Intervenção Realizada

IPPC/SRAZS/CME: 1989, 30 de Novembro relocalizado por Miguel Lago; em 1990, o interior da câmara foi coberto por uma camada de saibro. Após a escavação, o corredor e átrio foram protegidos com saibro. IPPAR/DRE: 1991 - limpeza do monumento e demarcação da Zona de Proteção através de 4 marcos brancos, IPPAR/DRE: entre 1997 e 2005, foi assegurada a limpeza anual da vegetação; IPPAR/DRE: escavação arqueológica e trabalhos de conservação. Projetos de Valorização: IPPC/SRAZS: Projeto de Salvaguarda e Valorização das Antas de Elvas (1989-1993) co-financiado pelo Programa OID/NA); IPPAR/DRE: Projeto de Recuperação e Valorização das Antas de Elvas (1997-1999), co-financiado pelo Programa AVNA; IPPAR/DRE: Implementação dos Circuitos Arqueológicos das Antas de Elvas que funcionaram a partir do castelo de Elvas entre 1999 e 2005. Projeto de Investigação de Miguel Lago e João Albergaria - O Megalitismo da Região de Elvas, entre o caia e o Guadiana (1994) reformulado com o título Monumentalização e domesticação da paisagem na região de Elvas entre o 5º milénio e o 3º milénio a.C.: entre o Caia e o Guadiana, exemplos e particularismos na Herdade do Torrão (1998).

Observações

Numa foto da Vera Leisner era visível uma laje de pedra decorada com covinhas. Durantes os trabalhos arqueológicos de 1999 foi recuperada no interior do corredor que estava coberto de grande quantidade de pedras. Esta laje foi depositada na Direção Regional da Cultura de Évora.

Autor e Data

Ana Carvalho Dias, 2019

Actualização

 
 
 
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