Casa do Adro
| IPA.00036194 |
Portugal, Bragança, Alfândega da Fé, Alfândega da Fé |
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Casa unifamiliar construída no séc. 18 e reformada nas centúrias seguintes, com planta quadrangular e fachadas evoluindo em dois pisos, caraterizada pela sua simplicidade arquitetónica e despojamento decorativo, possuindo a escada de acesso ao segundo piso a partir da fachada lateral, executada em 1934, em substituição da antiga escadaria da fachada principal, demolida para ampliação da via pública. | |
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Registo visualizado 140 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Planta sensivelmente quadrangular, com cobertura em telhado de quatro águas, rematadas em beirada simples. Fachadas de dois pisos, rebocadas e pintadas, rasgadas por vãos retilíneos moldurados a madeira ou cantaria. A fachada principal surge virada a nordeste. |
Acessos
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Alfândega da Fé, Largo do Arcebispo D. José de Moura, n.º 269 a 279. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,342858, long.: -6,965542 |
Protecção
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Em vias de classificação |
Enquadramento
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Urbano, adossado. Implanta-se de gaveto na zona histórica e mais antiga da vila, delimitando a sudeste o adro da Igreja Paroquial de Alfândega da Fé (v. IPA.00018580), na confluência de duas ruas que ligam a parte alta da vila com a parte baixa da sede do concelho. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18, meados - época provável da construção da Casa do Adro; 1794 , 18 outubro - nasce em Alfândega da Fé José Joaquim de Azevedo e Moura, futuro bispo de Viseu e arcebispo de Braga, que aí residiu; 1839, 21 abril - uma data em que a família Azevedo e Moura já se havia retirado de Alfândega da Fé, trata-se em sessão da Câmara do embargo da obra nas casas de Francisco António Pinto de Moura, "sita no Adro da Igreja", possivelmente devido à sua ampliação, ao restauro ou construção de "uma escada e varanda"; 1871 - testamento de Joaquina Emília Ribeiro deixando os seus bens, nomeadamente a Casa do Adro, ao seu sobrinho Acácio Augusto da Fonseca, nascido em Alfândega da Fé a 7 de abril de 1867, e com o usufruto e como testamenteiro o filho de um sobrinho, António Manuel da Fonseca; 1885, 03 junho - a Câmara Municipal delibera arrendar uma casa no largo da Igreja, muito provavelmente a Casa do Adro, propriedade de António Manuel da Fonseca, para servir de Estação Telégrafo-postal da vila; 1898, 02 setembro - em sessão de Câmara determina-se que, "para o bom regímen, e utilidade dos moradores deste concelho" se elegesse o escrivão da Câmara Francisco José de Azevedo e Moura, para de "tomar a seu cargo a boa administração das cartas de correio fazendo lista das mesmas quando vierem e fixando-as na bolsa quando forem", com o salário de $030 por cada carta, responsabilidade que implicava a residência na Casa do Adro, e para estafeta do mesmo correio João de Deus, da vila, pelo prazo de um ano e com o salário de 6$400; 1900, 31 janeiro - a Câmara decide em sessão proceder à alteração da denominação do Largo do Adro para Largo D. José Joaquim de Azevedo e Moura; 1934, 11 outubro - a Câmara Municipal delibera que, no prosseguimento do alargamento das ruas da vila, seria necessário "destruir a varanda e o alpendre das casas que o Sr. Dr. Arnaldo da Fonseca possui na rua Camilo de Mendonça", acordando com o mesmo construir-lhe, como indemnização, uma varanda semelhante para o lado sul da casa, no curral pertencente em parte a Francisco Silva, e a este, também como indemnização, consertar-lhe a escada de acesso à sua casa e construir-lhe uma varanda ligeira junto à mesma; por esta data, já é médico municipal o Dr. Carlos Augusto de Ataíde Figueiredo Sarmento, o último ocupante da Casa do Adro; em data recente, a Casa do Adro é comprada à família Fonseca pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé; 2019, 27 setembro - na sequência do Aviso n.º NORTE-14-2019-17, para apresentação de candidaturas - "Património Cultural - Infraestrutural", e considerando-se a recuperação da Casa do Adro uma das intervenções prioritárias no âmbito do património cultural imóvel do concelho, o presidente da Câmara faz despacho a determinar a abertura do procedimento de classificação da Casa do Adro, com a categoria de Monumento e a graduação de Imóvel de Interesse Municipal, bem como a definição da respetiva Zona Geral de Proteção; 11 outubro - publicação da abertura de procedimento de classificação da Casa da Câmara como Imóvel de Interesse Municipal com a categoria de Monumento, em Anúncio n.º 177/2019, DR, 2.ª série, n.º 196/2019. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria rebocada e pintada; molduras dos vãos em madeira ou cantaria. |
Bibliografia
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LOPES, Francisco José - A Casa do Adro - notas sobre a sua história. Alfândega da Fé: texto policopiado, 2019. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Conservatória do Registo Predial de Alfândega da Fé: n.º 1734 e n.º 1735, respetivamente; Artigos Matriciais (urbanos): n.º 383 e n.º 438 da freguesia de Alfândega da Fé |
Intervenção Realizada
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CMAlfândega da Fé: 2019 / 2010 - previstas obras de reconstrução e adaptação a novos usos, com adaptação a Museu Municipal de Arte, salvaguardando os alinhamentos originais. |
Observações
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EM ESTUDO. |
Autor e Data
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Paula Noé 2019 |
Actualização
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