Estação Ferroviária de Carrazedo

IPA.00036054
Portugal, Vila Real, Vila Real, União das freguesias de Nogueira e Ermida
 
Estação ferroviária da Linha do Corgo, construído no séc. 20, conservando ainda o edifício de passageiros (EP), as instalações sanitárias públicas, o cais coberto, o depósito aéreo de água e a toma de água. O edifício de passageiros tem planta retangular e as fachadas evoluindo em dois pisos, com os cunhais em silharia fendida e remate em cornija betão, a principal e a posterior rasgadas por três eixos de vãos, retilíneos, correspondendo a portais no piso térreo, sendo o central, de acesso à área pública, mais largo e linguagem mais moderna, com dupla moldura, sendo a interior biselada, e no segundo piso a janelas de peitoril com vaseiras frontais que, na frontaria, formam jogo rítmico com dois vãos estreitos ladeando o do meio. O espaço interior dividia-se em zona de serviços, no piso térreo e em habitação do pessoal de estação no superior. A ligação ferroviária era feita em via estreita.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Conjunto composto por edifício de passageiros (EP), cais coberto, disposto a nascente deste, e instalações sanitárias públicas, a poente, apresentando ainda alguns vestígios complementares, tais como a plataforma de embarque, o depósito aéreo de água, a toma de água e o cais alteado para cargas/descargas. O EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS tem planta retangular, com cobertura em telhado de quatro águas, integrando no ângulo nordeste uma chaminé, e rematadas em beirada simples. Fachadas evoluindo em dois pisos, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por soco de cantaria, com cunhais em silharia fendida e remate em cornija de betão. A fachada principal surge virada a sul, rasgada, no piso térreo, por três portais, de verga reta, o central mais largo e com moldura dupla, a interior biselada, e, no piso superior, por cinco janelas de peitoril, retilíneas, as centrais num ritmo mais apertado, com a janela do meio entre duas outras bastante mais estreitas, tendo frontalmente três vaseiras retangulares, de betão, assentes em mísulas de cantaria. Fachadas laterais semelhantes, terminadas em empena reta abrindo-se, em cada um dos pisos, janela retangular jacente e apresentando toponímias em relevo, pintadas de preto. A fachada posterior, virada à linha é rasgada por três eixos de vãos, correspondendo no térreo a portais, o central igualmente mais largo e de moldura dupla, a interior biselada, e, no segundo piso, a janelas de peitoril retangulares, com vaseiras de betão sobre mísulas de cantaria; sobre o portal central existe toponímica relevada, pintada de preto. Algumas das portas do piso térreo encontram-se entaipadas. No INTERIOR, o espaço estava dividido entre áreas de serviço no primeiro piso e habitação de pessoal no segundo. O CAIS COBERTO apresenta planta retangular com cobertura em telhado de duas águas, rematadas em longa aba corrida de madeira. Possui as fachadas rebocadas e pintadas de branco, com cunhais de massa pintados de bege, de um piso, a principal e a posterior rasgadas por portal de verga reta, com moldura de massa, entre duas janelas jacentes, de arco abatido, com moldura superior e inferior de cantaria. Na fachada lateral esquerda, terminada em empena, abre-se portal em arco abatido, moldurado a cantaria. Junto à fachada lateral esquerda, ergue-se pequeno corpo das antigas INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, de planta retangular e cobertura homogénea em telhado de duas águas, rematadas em longa aba corrida de madeira. Possui as fachadas rebocadas e pintadas de branco, com soco de betão, a principal e posterior terminadas em empena e rasgadas por duas portas geminadas, de arco abatido com molduras em cantaria, atualmente entaipadas. Nas fachadas laterais abre-se, superiormente, amplo vão retangular, de arejamento, com grelhagem de madeira.

Acessos

Ermida, Lugar de Carrazedo, Largo da Estação; M 598; Linha do Corgo - Ponto quilométrico 14,269 (PK). WGS84 (graus decimais): lat.: 41,237744, long.: -- -7,739064

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, numa plataforma da encosta, da região duriense, afastado das povoações mais próximas, envolvido por terrenos de cultura.

Descrição Complementar

Nas fachadas laterais e sobre o portal central da fachada posterior, existe a toponímica da estação relevada: "CARRAZEDO".

Utilização Inicial

Transportes: estação ferroviária

Utilização Actual

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1906, 12 maio - inauguração do troço ferroviário de 25,071 km entre Pêso da Régua e Vila Real, onde se integra a Estação de Carrazedo pertencente à linha do Vale do Corgo, desenvolvida entre Régua e Chaves, no vale profundo do rio Corgo, afluente do rio Douro e seguindo a sua margem direita, com via estreita (bitola métrica) e uma extensão total de 96 quilómetros; 2009, 12 maio - encerramento do troço da linha férrea para realização de obras; 2010, julho - encerramento definitivo da linha do Corgo, pela Rede Ferroviária Nacional.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; soco e cunhais em cantaria ou em cimento; cornija de betão; molduras dos vãos em cantaria de granito aparente ou massa; caixilharia de madeira; vidros simples; portas de madeira; grelhagem e mísulas de madeira pintada; cobertura de telha.

Bibliografia

TORRES, Carlos Manitto - «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 fevereiro 1958, n.º 70, p. 93; TORRES, Carlos Manitto - «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 Março 1958, n.º 71, p. 134; «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 Outubro 1956, n.º 69, p. 529.

Documentação Gráfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt); Câmara Municipal de Lisboa: Hemeroteca Digital

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Armando Oliveira 2018 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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