Ponte Nova

IPA.00036004
Portugal, Ilha da Madeira (Madeira), Funchal, Funchal (Sé)
 
Ponte construída no início do séc. 19, de tipo arco, alargada no séc. 20. É possível ter sido edificada após o aluvião de 1803, sobre ou nas imediações do local onde existia outra ponte desde longa data, já que há notícias de pontes de madeira, e depois de cantaria, sobre a ribeira, desde o século 15. A atual ponte tem o tabuleiro horizontal, bastante largo e com passeios laterais, sobre um único arco, assente nas muralhas que bordejavam a ribeira.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Transportes  Ponte / Viaduto  Ponte  Tipo arco

Descrição

Ponte de tabuleiro horizontal, sobre arco, com aduelas de cantaria. Tem atualmente pavimento betuminoso, com duas faixas de rodagem, flanqueadas por passeios, em calçada à portuguesa, protegidos por guarda metálica, assente em murete e largos plintos paralelepipédicos de cantaria, dispostos nos extremos.

Acessos

Sé, Rua 5 de outubro; Rua 31 de janeiro; Rua dos Netos; Rua da Ponte Nova. WGS84 (graus décimais) lat.: 32,651825; long.: -16,909054

Protecção

Categoria: IIM - Imóvel de Interesse Municipal, Aviso n.º 9090/2018, DR, 2.ª série, n.º 127 de 04 julho 2018 *1

Enquadramento

Urbano, lançada sobre as antigas muralhas da ribeira de Santa Luzia, erguendo-se a sudeste, a cerca de 500 m, a Ponte de D. Manuel (v. IPA.00009737).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: ponte

Utilização Actual

Transportes: ponte

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ENGENHEIRO: Paulo Dias de Almeida (séc. 19, atr.).

Cronologia

Séc. 15, finais - por determinação de D. Manuel, a vila do Funchal expande-se para ocidente do primitivo burgo medieval de Santa Maria do Calhau, passando as ribeiras de João Gomes, Santa Luzia e São João ou São Francisco, sobre as quais se constrói pontes de madeira; 1481 - Câmara proíbe que qualquer pessoa passe sobre as pontes montado "em cima de besta ou com besta", quando as ribeiras não estivessem cheias de água; 1486 - construção de ponte na Rua Direita, pelo carpinteiro Estêvão Lopes, já existindo uma outra para a atual zona velha e ligando o Largo do Pelourinho à Igreja de Nossa Senhora do Calhau, sobre a ribeira de João Gomes; 1489, junho - Câmara manda construir a ponte do Cidrão (Rua da Alfândega) sobre a ribeira de Santa Luzia, então denominada de "ribeira das Casas, junto à foz e na rua que ia para Santa Catarina, pelo carpinteiro João Rodrigues; a obra devia seguir o modelo da ponte construída na mesma ribeira, um pouco mais acima, na Rua Direita, junto à cadeia; 1495, setembro - pretendendo o ouvidor do Duque calcetar as ruas da vila e levantar em pedra as pontes de madeira, os moradores enviam procuradores a D. Manuel a pedir o adiamento das obras; séc. 16 - construção de pontes em pedra sobre as ribeiras e calcetamento das ruas, passando-se a utilizar a água das ribeiras para as lavagens da cidade, feita aos sábados por postura camarária; para isso, sobe-se o leito das ribeiras, obras mais ou menos improvisadas que levavam ao ruir periódico dos troços das margens e a desastres cada vez mais importantes nas casas mais ribeirinhas; 1572 - com base no "Regimento de Fortificação" executado por Mateus Fernandes, a cidade é cercada de muralhas; os muros deveriam bordear as Ribeiras, acompanhando o seu traçado e aproveitando o leito como fosso; 1585, setembro - carta da Câmara do Funchal a D. Filipe I a queixar-se de que D. Sebastião havia cedido uma verba ao capitão Simão Gonçalves da Câmara para construção de um muro na ribeira de Santa Luzia mas, como ele havia morrido e se encontrava na ilha o desembargador João Leitão, este mandara arrecadar o dinheiro, não ordenando a feitura da obra sem ter autorização; 1595 - Mateus Fernandes abandona a ilha e em Lisboa redige uns "Apontamentos da obra que se fazer e respirar na fortificação da cydade do Funchal da Ylha da Madeira", mostrando que o plano ordenado em 1572 se encontrava feito, ou seja, as muralhas ao longo das ribeiras, bem como as duas fortalezas de São Lourenço e de São Filipe; séc. 17 / 18 - obras de manutenção na zona das muralhas das ribeiras; 1803, 09 outubro - grande aluvião destrói todas as edificações ribeirinhas; 1804, meados - início da reconstrução das muralhas das ribeiras do Funchal, sob a supervisão do Brigadeiro Reinaldo Oudinot, tendo como adjuntos o capitão Matos de Carvalho e o tenente Paulo Dias de Almeida, tendo-se também, provavelmente construído a ponte; séc. 20 - alargamento do tabuleiro da ponte; 2017, 31 maio - publicação da abertura de procedimento administrativo de classificação da Ponte de São Paulo, da Ponte Nova e da Ponte de D. Manuel, como Imóveis de Interesse Municipal, em Aviso n.º 6146/2017 (extrato), DR, 2.ª série, n.º 105/2017; obras de reabiliação da ponte, as quais foram embargadas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria regional aparente e alvenaria de pedra regional rebocada; guardas em ferro; plintos em cantaria regional; pavimento betuminoso.

Bibliografia

CARITA, Rui - Funchal Roteiro Histórico Turístico da Cidade. Câmara Municipal do Funchal, 1997.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

2017 / 2018 - obras na ponte, tendo a Câmara Municipal do Funchal embargado as mesmas e solicitado ao Governo a revisão do projeto, de modo a salvaguardar a ponte.

Observações

EM ESTUDO. *1 - A ponte é classificada conjuntamente com a Ponte de São Paulo (v. IPA.00036005) e a Ponte de D. Manuel (v. IPA.00009737).

Autor e Data

Paula Noé 2018

Actualização

 
 
 
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