Quinta da Ribeira
| IPA.00035865 |
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Carcavelos e Parede |
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Residência nobre de construção setecentista. Apresenta uma planta em U, com um corpo central alongado e os corpos laterais são assimétricos. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgadas com um ritmo regular de vão retilíneos com molduras simples de cantaria, sendo a principal, virada a sul, centralizada pela entrada no andar nobre, a eixo, precedida por uma dupla escadaria, e encimada por frontão triangular, onde se inscreve um baixo relevo com pedra de armas dos proprietários. Coberturas telhadas maioritariamente a duas águas. A sua planta interior é regular, elaborada a partir de um grande vestíbulo, de onde partem os corredores de distribuição, tendo os quartos ocupado a área a norte, que abre para o jardim de fresco, e a área social, as salas viradas a sul, decoradas com silhares de azulejo setecentista e com tetos decorados com estuques oito e novecentistas. Os corpos laterais correspondem hoje a uma cozinha com pátio fechado e a uma zona de quartos, são ambos servidos escadas interiores de acesso ao piso inferior. Apresenta um capela dedicada a São José, decorada com estuques representando os instrumentos do carpinteiro.Para além da casa principal, a propriedade mantém um caráter rural, subsistindo ainda um conjunto de construções datáveis do século 18, tais como um antigo lagar que continua a produzir o vinho da marca Carcavelos, a adega e um moinho de vento com dois pisos. A propriedade rural da quinta é atravessada pela estrada da Corredoura, que a separa da casa, assim, como forma de restabelecer a ligação cortada, foi construído um arco sobre a estrada que ainda hoje se mantém, e que em tempos terá servido como aqueduto. A partir da década de 1980 foi construído a poente da casa senhorial, um conjunto alargado de edifícios destinado à instalação do Seminário Patriarcal de São José. | |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Quinta Casa nobre Tipo planta em U
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Descrição
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Planta poligonal, resultante da articulação de vários volumes, de dois e um pisos, formando um U, com um corpo central alongado e os corpos laterais são assimétricos. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgadas com um ritmo regular de vão retilíneos com molduras simples de cantaria. Coberturas telhadas maioritariamente a duas águas. Fachada principal, virada a sul, centralizada pela entrada no andar nobre, a eixo, precedida por uma dupla escadaria, e encimada por frontão triangular, onde se inscreve um baixo relevo com pedra de armas dos proprietários. As fachadas laterais correspondem aos corpos assimétricos, de um só piso, rasgados por pequenos vãos. INTERIOR: acede-se ao interior através de um grande vestíbulo, de onde partem os corredores de distribuição, tendo os quartos ocupado a área a norte, que abre para o jardim de fresco, e a área social, as salas viradas a sul, decoradas com silhares de azulejo setecentista e com tetos decorados com estuques oito e novecentistas. Os corpos laterais correspondem hoje a uma cozinha com pátio fechado e a uma zona de quartos, são ambos servidos escadas interiores de acesso ao piso inferior. A capela original, dedicada a São José, corresponde a um compartimento interior de pequenas dimensões, apresentando-se também decorado com estuques pintados.Para além da casa principal, a propriedade mantém um caráter rural, subsistindo ainda um conjunto de construções datáveis do século 18, tais como um antigo lagar que continua a produzir o vinho da marca Carcavelos, a adega e um moinho de vento com dois pisos. A propriedade rural da quinta é atravessada pela estrada da Corredoura, que a separa da casa, assim, como forma de restabelecer a ligação cortada, foi construído um arco sobre a estrada que ainda hoje se mantém, e que em tempos terá servido como aqueduto. A partir da década de 1980 foi construído a poente da casa senhorial, um conjunto alargado de edifícios destinado à instalação do Seminário Patriarcal de São José. |
Acessos
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Estrada das Corredouras, Caparide. WGS (graus decimais): lat.: 38,712194; long.: -9,367908 |
Protecção
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Em vias de classificação. |
Enquadramento
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Periurbano. Situa-se na margem direita da ribeira de Caparide, a noroeste da povoação homónima, num território que se encontra delimitado a norte pelas quintas da Samarra e dos Pesos e, a oeste, pela estrada das Corredouras que atravessa a propriedade. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: quinta |
Utilização Actual
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Residencial: solar |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18. |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 18 - edificação da Quinta da Ribeira, propriedade da família Pereira Coutinho; a quinta de produção vinícola, rapidamente se torna das mais prósperas da região; c. 1770 - data aproximada dos azulejos que decoram as salas do andar nobre; sés. 19 - 20 - decoração a estuque dos tetos das salas do andar nobre; 1908 - uma extensa área entre Cascais e Oeiras, onde esta quinta se inclui, é integrada no primeiro lote das regiões de produção vinícola demarcadas de Portugal; 1984 - o Patriarcado de Lisboa adquire a Quinta da Ribeira aos herdeiros de D. Martinho para nela fundar um Seminário; a casa continua, porém, a ser habitada e a quinta explorada, correspondendo esta venda a uma vontade expressa da herdeira, Dona Maria das Dores D'Orey Pereira Coutinho; 2002, 04 março - a Câmara Municipal de Cascais determina o interesse na abertura do procedimento de classificação como de Interesse Municipal do sítio do Vale de Caparide, que inclui o conjunto das Quintas da Cerca de São Bento, da Ribeira, da Samarra, dos Pesos e dos Chaínhos; 2003, 05 agosto - a autarquia pede parecer sobre esta classificação; 2004, 12 fevereiro - o Edital n.º 191/2004 da CMC, publicado no Boletim Municipal de 20 maio 2004 divulga o despacho de abertura do procedimento de classificação como de IM. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Bibliografia
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STOOP, Anne de - Quintas e palácios nos arredores de Lisboa. Lisboa: Civilização, 1986; CALDAS, João Vieira - A casa Rural dos Arredores de Lisboa no Século XVIII. Porto, 1999; MONTEIRO, Carlos Branquinho - Ribeiras dos Concelhos de Oeiras e Cascais. Oeiras, 1989. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Tereno 2017 |
Actualização
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