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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo espaldar
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Descrição
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Espaldar de planta rectangular e corpo em cantaria de granito, definido por duas pilastras almofadadas, de sulcos muito pronunciados, suportando duplo friso e cornija; esta, é encimada por tabela rectangular, disposta na horizontal, definida por dois plintos laterais, almofadados e encimados por urnas, e terminada em cornija interrompida e formando volutas, decoradas por motivos fitomórficos, integrando ao centro brasão com as armas reais, inserida em cartela recortada, envolvida por elementos fitomórficos e encimada por coroa fechada e rematada por elemento com bolas. O espaldar possui ao centro, inferiormente, bica torneira e, superiormente, cartela formando lóbulos, ornada de flores-de-liz, com inscrição. Às pilastras do espaldar adossa-se pano rematado superiormente em aletas e enquadrado por dois plintos paralelepipédicos, decorados com losango e flores de-liz, assentes em quarteirões e coroados por bolas sobre elementos adelgaçados. Frontalmente, entre os quarteirões, dispõe-se tanque rectangular, formado por lajes dispostas na vertical, de bordo liso, tendo ao centro, sob a bica torneira, duas réguas metálicas para suporte do vasilhame. |
Acessos
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Largo do Principal. VWGS84 (graus decimais): lat.: 41,805332; long.: -6,752677 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, adossado à fachada principal da Igreja de São Vicente (v. PT010402420086) e disposto paralelamente a um dos Passos da Via Sacra, no centro histórico de Bragança. Implanta-se adaptado ao declive, num largo, pavimentado a cubo granítico, definido pela confluência de arruamentos, e com passeio frontal separador. No mesmo largo ergue-se a chamada Casa do Principal (v. PT010402420030). |
Descrição Complementar
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A cartela tem a seguinte inscrição: PURPUREOS FONTES ODI UM RESERAUIT A DOMINUM NUNCIAA CRYSTALLOS HIC TIBI VERTITAMOR EXPENSIS PUBLICIS ANNO DOMINI M.D.C.C.X.L.V.I.. |
Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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VEDORES: Clemente Monteiro (1739), Jacinto Gonçalves (1739). |
Cronologia
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1592 - carta do Duque de Bragança respondendo a uma petição do Padre Provincial da Companhia de Jesus sobre o trazer-se água da fonte de Nossa Senhora do Loreto para se repartir entre o Colégio e o Mosteiro de Santa Clara; o Duque entendia que, em vez disso, a água da fonte fosse toda para a praça do Colégio, local mais acomodado, e que ali se fizesse uma fonte, de modo a que a água dela caísse de alto, e se pudesse tomar por uma bica ou mais, de maneira que os moradores da cidade pudessem-se aproveitar dela; a obra devia ser feita por conta das rendas da cidade; ao que parece, a obra nunca se realizou; 1728 - obtida previamente a concordância da nobreza e povo, o Senado deu a notícia ao Duque de Bragança sobre a necessidade de se dar andamento à obra tão urgente de se meter água nas duas praças públicas do Colégio e São Vicente; destinou-se o produto do cereal para a obra das fontes, determinando-se que seriam feitas com segurança e decência necessárias e à proporção da terra; 1739 - Carta do juiz de fora, Francisco Machado de Azevedo, a D. João V referindo que, sendo a cidade uma das mais antigas e praça de armas, padecia o defeito de não ter dentro de si "nem uma gota de água, mais que de alguns poços"; a água "de que todos se valem fica fora da cidade"; 16 Janeiro - escritura de contrato entre o Senado da Câmara o vedor de águas Clemente Monteiro e o mineiro Jacinto Gonçalves; seguindo o contrato, Clemente Monteiro e Jacinto Gonçalves ficavam obrigados a garantirem um caudal de quatro para cinco anéis de água em canal no adro e lajeado da igreja de São Vicente; o caudal devia ser constante, ou seja, "sem falta nem demençam de forma que se possa por em tanque" e a sua avaliação só deveria ter lugar no final do período seco de Verão, durante os meses de Setembro e Outubro; no caso de não descobrirem água, restituiriam ao senado todo o dinheiro que dele tivessem recebido; pagariam 200$000 no caso de "arrependimento"; o Senado era obrigado: 1) a pagar 1:000$000 em três prestações, a primeira e a segunda no princípio e no meio da obra e a terceira no fim, depois de examinada a água; 2) a garantir alojamento em casas convenientes ao vedor, mineiro e mais trabalhadores; 3) a fornecer seis carros de lenha ou carvão; 4) a entregar para sustento de sua besta 60 arrobas de palha trigo; 5) a isentar a outra parte das licenças da obra assim como dos reparos que por causa da mina aconteçam; e 6) a remover à sua custa os entulhos que ficarem nas ruas encanadas; os elevados gastos na condução da água para esta praça, devem ter levado o senado a desistir da fonte na praça do Colégio, optando por fazer obras na fonte que ficava junto a Igreja do Loreto; 1746 - data inscrita na fonte assinalando a sua construção; séc. 20 - substituição da bica; séc. 20 - substituição da bica. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito; juntas em cimento; réguas metálicas. |
Bibliografia
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ALVES, Francisco Manuel, Bragança. Memórias Arqueológicas do Distrito De Bragança, Tomo I, Santa Maria da Feira, Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus - Museu do Abade de Baçal, 2000; RODRIGUES, Luís Alexandre, Bragança no Século XVIII. Urbanismo. Arquitectura, Bragança, 1997; SOUSA, José, Fontes de Bragança, in Brigantia, vol. 1, nº 0, Bragança, Assembleia Distrital, 1981, pp. 133-134. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - A meio da Rua da Costa Pequena existia até há poucos anos túnel com cobertura abobadada, tendo rasgada no seu lajeado de cantaria um cano que conduzia a água para a fonte e tanque de São Vicente. *2 - Esta fonte é denominada por José Sousa de Fonte do Rei. |
Autor e Data
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Paula Noé 2008 |
Actualização
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