Edifício no Campo dos Mártires da Pátria, n.º 22 a 24

IPA.00002536
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios
 
Edifício urbano de rendimento, construído no final do séc. 19, cuja fachada principal é rasgada por vãos dispostos simétricamente. As janelas são emolduradas em cantaria e coroadas por um motivo em relevo, com uma concha central ladeada por curvas e contra curvas. Umas possuem guardas de ferro e outras varandas corridas sobre mísulas, distribuídas de forma simétrica. Esta simetria é quebrada pela disposição das varandas, conferindo à fachada uma leitura mais ritmada. Reveste-se de particular interesse os curiosos olhos de boi da fachada lateral S.. O padrão dos azulejos que revestem o edifício, de sabor Arte Nova, pode ser visto em outros edifícios da cidade de Lisboa.
Número IPA Antigo: PT031106240132
 
Registo visualizado 511 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial multifamiliar  Edifício  Edifício residencial  

Descrição

Planta rectangular. Massa simples de acentuada verticalidade com 5 pisos e águas furtadas, em telhado de 2 águas rasgado por 3 trapeiras. A fachada principal, no 1º piso, é revestida a cantaria e rasgada por 2 portas e 3 janelas emoldura das em cantaria, de verga curva e aduelas. O resto do edifício é revestido a azulejos policromados. Os restantes pisos são rasgado por 5 janelas, em cada piso, de forma simétrica e seguindo a prumada dos vãos do 1º piso. O edifício termina em cornija coroa da por balaustrada, que esconde o início da cobertura. Fachada lateral S.: apenas cerca de 1/2 fachada é descoberta, sendo revestida a azulejo de forma idêntica à da fachada principal. Ao nível do último piso rasgam-se 2 olhos de boi, únicas aberturas desta fachada. Na fachada posterior os pisos inferiores possuem terraços com resguardos em ferro fundido.

Acessos

Campo dos Mártires da Pátria, n.º 22 a 24

Protecção

Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967)

Enquadramento

Urbano. Implantação harmónica. Situa-se no lado O. do Cpº. Mártires da Pátria, adossado aos prédios contíguos, tendo cércea superior ao edifício do lado S.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: edifício residencial

Utilização Actual

Residencial: edifício residencial e comercial

Propriedade

Privada

Afectação

Época Construção

Séc. 19 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1893 - data do primeiro documento do processo de obras, era então proprietário José da Costa Carneiro; acrescento de um andar e de um terraço em cada piso, na parte posterior do edifício; 1894 - construção de uma escada exterior de madeira, encostada à empena; 1895 - construção de uma estufa; 1919 - é proprietário João Maria Gomes; é construido um lanternim de vidro policromado, que segundo testemunho da família proprietária foi destruído aquando de um sismo; 1926 - é proprietário Bernardino Gomes; 1969 - o edifício é danificado por um sismo; 1983 - o edifício, a pedido dos herdeiros de Bernardino Gomes, é integrado no regime de propriedade horizontal; 24 janeiro - o edifício é classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 8/83, DR, 1.ª série, n.º 19; 2013, 19 junho - publicação da abertura do procedimento de desclassificação do edifício, em Anúncio n.º 222/2013, DR, 2.ª série, n.º 116; 2014, 13 novembro - publicação do Projeto de Decisão relativo à desclassificação do edifício, em Anúncio n.º 265/2014, DR, 2.ª série, n.º 220; 2015, 16 março - desclassificação do edifício, pela Portaria n.º 184/2015, Dr, 2.ª série, n.º 52.

Dados Técnicos

Sistemas estruturais - paredes autoportantes.

Materiais

Alvenaria, cantaria, azulejo, ferro, vidro, madeira e telha.

Bibliografia

Processo de Obras nº 34367, Direcção dos Serviços Centrais e Culturais, 5ª Repartição (Arquivo de Obras), Câmara Municipal de Lisboa.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

1919 - o mau estado do madeiramento do telhado do ultimo piso e a clarabóia obrigaram à sua reconstrução, modificando-o em mansarda (revestida a chapa zincada ondulada); 1926 - reparações interiores no 2º piso; 1936 - obras de beneficiação geral; 1938 - limpezas e reparações interiores e exteriores; 1939 - pinturas interiores; 1941- reparações no telhado, pinturas interiores; 1947 - ampliação da porta da garagem; 1950 - obras de beneficiação geral; 1957 - obras de beneficiação geral; 1959 - construção de uma casa de banho no 2º andar; 1967 - montagem de um elevador; 1969 - reparação da chaminé e platibanda danificadas por um sismo; 1975 - reparações na cobertura, nas calhas, algeroz e zinco das trapeiras; 1990 - obras no 5º andar; obras no r/c.; obras de reparação da instalação eléctrica, canalização, pinturas, arranjo das instalações sanitárias e cozinha.

Observações

Os azulejos que revestem a fachada principal são de padrão geométrico interrompido por registos de ilustração floral à altura dos vãos das janelas. Actualmente existe uma clarabóia simples na caixa da escada.

Autor e Data

João Silva 1992

Actualização

 
 
 
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