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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa de função Casa do governador
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Descrição
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| De planta composta em U, o edifício apresenta volumetria escalonada e articulada, sendo a cobertura efectuada por telhados a 2 e 4 águas. Reconhecem-se porém 2 núcleos, desenvolvendo-se o do lado O. (primitiva área residencial) em 3 pisos, constituído por 3 volumes interpenetrantes diferenciados pela autonomia das coberturas, e o do lado E. (integrando a capela e as dependências de serviço) em 2 pisos em torno do pátio rectangular. A animação dos alçados efectua-se pela abertura de janelas de peito e portas ao nível do piso térreo, e de janelas de sacada com guardas (varas verticais de ferro forjado), no piso nobre, rematando-se o conjunto edificado por beirado simples. No alçado N, ritmado pela abertura regular de vãos, a presença da capela é assinalada por um pano sineiro rematado por frontão triangular, que se eleva acima do beirado. No alçado S., coincidindo com o ponto de articulação dos 2 núcleos identificados, destaca-se a presença de um portal lateralmente delimitado por pilastras ostentando enrolamentos vegetalistas junto das bases e encimadas por fogaréus apresentando motivos ornamentais (concheados). |
Acessos
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| Rua Bartolomeu Dias, n.º 1 - 3; Travessa da Saúde, n.º 65; Rua da Praia do Bom Sucesso, n.º 50 - 62 |
Protecção
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| Incluído na Zona Especial de Proteção da Torre de Belém (v. IPA.00004065) |
Enquadramento
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| Urbano (ocupando a totalidade do quarteirão), destacado, isolado parcialmente por pátio delimitado por muro gradeado |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Residencial: casa do governador |
Utilização Actual
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| Comercial e turística: hotel |
Propriedade
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| Pública: estatal |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 / 18 / 21 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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| 1519 - aforamento de um terreno, pelos religiosos de Santa Maria de Belém, a Gaspar de Paiva, primeiro capitão da torre de São Vicente de Belém, o qual procede à edificação de uma casa para sua residência. Esta propriedade seria mais tarde, estranhamente, vendida a Francisco da Costa e, posteriormente, a Diogo Póvoas, os quais não parecem ter pertencido à guarnição da fortaleza; 1677 - ocupava a residência D. Luís Manuel de Távora, 4º conde da Atalaia (1646 - 1706), governador da torre de Belém; 1832 - instala-se neste edifício parte das tropas dos regimentos realistas de Vila Viçosa; 1834 - nomeação do duque da Terceira, António José de Sousa Manuel e Menezes Severim de Noronha (1792 - 1860) como governador da torre de Belém, vindo a residir no edifício; 1851 - inauguração do chafariz de Pedrouços, no largo aberto em terrenos da horta da propriedade, a O. da casa; 1862 - o rei D. Luís toma este local como residência; 1890 - falece no palácio, de que entretanto se tornara proprietário, D. João Manuel de Menezes, 2º marquês de Viana (n. 1810), permanecendo como residentes a sua viúva, D. Maria do Carmo da Cunha Quintela e suas filhas, Maria do Carmo (m. 1908) e Ana (m. 1910); 1893 - a ala E. do edifício é afectada à família Perry Vidal; séc. 20, 1º quartel - a casa era propriedade da condessa e marquesa de Rio Maior, D. Maria Isabel de Lemos e Roxas Carvalho e Menezes De La Rue Saint-Léger (1841 - 1920), que a lega em testamento a D. José Luís de Saldanha Oliveira e Sousa (Rio Maior), do qual passará para a posse do seu filho, o Dr. José Luís da Câmara de Saldanha; 1941 - inauguração da Escola Profissional de Pesca, a qual permanece no edifício até à década de 70; 1991, 07 fevereiro - Despacho de abertura do processo de classificação pelo presidente do IPPC; 2005, Dezembro - profundas obras de remodelação do imóvel; 2006 - durante as obras foi descoberta uma unidade de fabrico de garum, tendo sido localizados 16 tanques de pedra; 2008 - conclusão das obras, que transformaram o edifício em hotel; 2010, 30 dezembro - proposta de revogação do Despacho de abertura do processo de classificação pela DRCLVTejo; 2009, 23 outubro - o processo de classificação caduca nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, publicado nesta data. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes |
Materiais
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| Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, ferro forjado |
Bibliografia
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| ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Livro 9, Lisboa, s.d.; SANCHES, José Dias, Belém e Arredores Através dos Tempos, Lisboa, 1940; SANCHES, José Dias, Belém do Passado e do Presente, Lisboa, 1970; FREITAS, Eduardo de, CALADO; Maria, FERREIRA, Vítor Matias, Lisboa. Freguesia de Belém, Lisboa, 1993 |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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| CML: Arquivo de Obras, Proc. nº 30.741; IGESPAR: IPPAR, Proc. nº 93/3 (28) |
Intervenção Realizada
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| 1922 - construção de pavimento intermédio na loja con o nº 58 da R. da Praia do Bom Sucesso; 1932 - obras gerais de beneficiação; 1937 - alteração da porta da loja nº 63 da Tv. da Saúde; 1939 - transformação de janela em porta e alteração da compartimentação interna, pinturas e reparações na loja da R. da Praia do Bom Sucesso, nº 58; 1941 - reparação do algeroz do alçado do Lg. da Princesa; 1949 - obras grais de beneficiação; 1955 / 1957 - abertura de montra e alterações internas na loja da Tv. Saúde, nº 63; 1957 - instalação de bomba de gasolina para a Escola Profissional de Pesca; 1963 - reparações e pinturas na loja da Tv. Saúde, nº 63, obras gerais de beneficiação; 1967 - obras clandestinas de ampliação de WC na oficina sita no r/c do Lg. da Princesa, nº 1; 2006 / 2007 / 2008 - remodelação do imóvel com construção de dois pisos no sub-solo, consolidação da estrutura, construção de paredes e pavimentos de betão e de madeira, em zonas mais sensíveis. |
Observações
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Autor e Data
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| Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 |
Actualização
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