Palácio Valmor / Instituto Alemão

IPA.00002493
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios
 
Arquitectura residencial, setecentista. Palácio de planta rectangular e corpo único, evoluindo em dois pisos.
Número IPA Antigo: PT031106240069
 
Registo visualizado 932 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo planta retangular

Descrição

Planta longitudinal, de que resulta um volume paralelepipédico simples, com cobertura em telhado a quatro águas. Edifício constituído por 5 corpos, delimitado por pilastras e organizado em três pisos. O piso térreo - de reboco pintado de branco simulando placagem de cantaria - é rasgado por sete portas em arco abatido e quinze janelas de peito. No andar nobre observam-se vinte e duas janelas de sacada com grades de ferro fundido. O último piso, separado dos restantes por friso, é vazado por óculos com emolduramento em reboco figurando pequenas guirlandas. O edifício termina-se por uma cornija encimada por balaustrada ritmada por plintos coroados de urnas e por estátuas de figuras femininas no enfiamento das pilastras.

Acessos

Campo dos Mártires da Pátria, n.º 36 a 39

Protecção

Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967)

Enquadramento

Urbano, harmónico, flanqueado.

Descrição Complementar

Do interior pouco há a assinalar, tendo em conta as adaptações a novas funções sofridas pelo edifício, merecendo apenas menção um compartimento do piso nobre (antigo Salão de Baile), com espelhos de molduras douradas e ainda uma pedra de armas dos Valmor, no enfiamento de uma escadaria. Na Sala da Biblioteca, mobiliário de madeira de andiroba.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Cultural e recreativa: instituto cultural

Propriedade

Privada: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Knud Hilpert (séc. 20); Luís Benavente (1951); Raul Lino (séc. 20); CONSTRUTOR: João Cândido Silva Júnior (1951-1952).

Cronologia

Séc. 17 - edificação do palácio; séc. 20, início - o palácio é ainda utilizado como habitação, nele residindo a viscondessa de Valmor, Dona Josefina Clarisse de Oliveira; 1914 / 1963 - encontra-se aí instalada a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; 1951 - Consolidação e melhoramento de um edifício anexo à Faculdade de Direito, para servir de Sala de Leitura de alunos e de depósito de espécies bibliográficas; a Comissão para a Aquisição de Mobiliário procedeu ao fornecimento de mobiliário de madeira de andiroba, sendo a adjudicação feita a João Cândido Silva Júnior; mobiliário destina-se ao depósito de livros, vestíbulo, sala do bibliotecário, catálogo, expediente e sala de leitura; 1952 - recepção definitiva da empreitada; 1961, 05 dezembro - o imóvel é classificado com a categoria de Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto n.º 44 075, DG n.º 281; 1962, 05 julho - anulação da classificação anterior, pelo Decreto n.º 44 452, DG n.º 152; 1964 - passa a funcionar como instalações da Embaixada da República Federal Alemã, sendo então elaborado o anteprojecto de transformação do edifício de modo a adaptá-lo às suas novas funções. conforme projecto do arquitecto Knud Hilpert, com o acompanhamento de Raul Lino; transferência de alguns painéis de azulejos para o Museu de Lamego.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes; estrutura mista.

Materiais

Alvenaria mista, betão armado, cantaria de calcário, reboco pintado, mármore, estuque pintado.

Bibliografia

ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Vol. 4, Lisboa, 1939

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/CAM-0307/06; CML: Arquivo de Obras (Proc. n.º 21.436)

Intervenção Realizada

1907 - reparações interiores e exteriores; 1926 - obras de manutenção geral, reparação do algeroz; 1931 - obras de manutenção geral; 1939 - obras de manutenção geral; 1951 - obras de manutenção geral; 1968 / 1969 / 1970 / 1971 - obras de reconstrução interior do edifício; 1979 - obras de manutenção geral; 1993 - substituição de reboco e pintura exterior

Observações

*1 - DOF:...na parte em que existem painéis de azulejo do séc. 17

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1993

Actualização

Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2011
 
 
 
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