Chafariz do Largo de Camões

IPA.00002219
Portugal, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Arca e Ponte de Lima
 
Chafariz construído no final do séc. 16, início do 17, do tipo central, maneirista com elementos decorativos referenciados ao manuelino, como são o recurso constante ao grotesco figurativo na coluna central: carrancas, folhas de acanto e fogaréus e esfera armilar. Segue o esquema e decoração dos grandes chafarizes do Mestre João Lopes, o "Velho", concebidos para amplas praças, tendo os pedreiros sido dirigidos pelos seus filhos.
Número IPA Antigo: PT011607350078
 
Registo visualizado 473 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo centralizado

Descrição

Fonte central de coluna decorada por folhas de acanto, apoiada num plinto quadrangular, apresentando cada face um rosto feminino em alto relevo. A encimar, duas taças centrais, circulares sobrepostas, de perfil curvo e tendo distribuidas radialmente no mesmo alinhamento seis bicas sugerindo carrancas em alto relevo. O remate superior, tipo pinha, semelhante a um fogaréu, é decorado com as mesmas carrancas, de tamanhos diversos. No topo deste uma esfera armilar metálica. O tanque circular e de bordo liso está apoiado num soco também circular de quatro degraus. O degrau em contacto com o pavimento da praça é de perfil simples e recto.

Acessos

Ponte de Lima, Largo de Camões. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,768484; long.: -8,584216

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção da Ponte sobre o Rio Lima (v. IPA.00000424)

Enquadramento

Urbano, isolado e destacado, no centro da placa pavimentada do Lg. de Camões *1, de planta em U, voltado para o Rio Lima a poente. Nas proximidades, a cerca de 40 m para nordeste, localiza-se o acesso nascente (margem esquerda) da ponte sobre o Rio Lima (v. IPA.00000424). Junto ao chafariz, a cerca de 10 m para S. encontra-se assente uma lápide retangular, em granito, na qual estão inscritas as penas a aplicar a quem sujasse as águas da fonte *2.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Cultural e recreativa: fonte ornamental

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Baltazar de Castro (1929). MESTRE: João Lopes, o Moço (séc. 16, conjetural).

Cronologia

1578 - decide-se construir o chafariz, com o rendimento de uma finta (imposto) sobre alguns bens de consumo, nomeadamente o tão precioso sal; séc. 16 - 17 - construção do chafariz, na proximidade da torre e porta da Ponte *3; 1603 - conclusão do chafariz, talvez com intervenção do mestre João Lopes, o Moço; 1929, 16 novembro - nomeação do arquiteto Baltazar de Castro para integrar a Comissão para dar o parecer sobre as obras a efetuar na Praça de Camões (Portaria de 13 novembro, DG n.º 268, 2.ª série); desmontagem, transferência e reconstrução do chafariz no atual local.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em granito.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de - Tesouros Artísticos de Portugal. Lisboa: 1988; GOY, Ana - «A influência dos Modelos de João Lopes o Velho em terras Galegas nos Albores do Barroco». In Cadernos Vianenses. Viana do Castelo: 1995, vol. 19, p. 137 - 154.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - Anteriormente este largo era designado por praça. *2 - A lápide estaria originalmente no local onde o chafariz foi construído inicialmente e refere que da primeira vez em que uma pessoas fosse apanhada a sujar a água era punida com três dias de cadeia, e da segunda a pena seria em dobro. *3 - Este chafariz quando a cidade era muralhada localizava-se no local onde é hoje o Largo Dr. António de Magalhães, em frente e para nascente do antigo Asilo da Infância Desvalida D. Maria Pia (v. IPA.00021106), junto à Torre e Porta do Souto, demolida em 1815, que se localizava na extremidade sudoeste da atual Rua do Souto, e à Capela de São Benedito, demolida já no século 20.

Autor e Data

Paulo Dórdio e Isabel Sereno 1996

Actualização

João Almeida (Contribuinte externo) 2019
 
 
 
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