Edifício na Rua Nova da Trindade, n.º 16 / Palácio Convento da Trindade / Livraria Barateira

IPA.00021456
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior
 
Edifício residencial multifamiliar e comercial, oitocentista. Antigo convento transformado em edifício residencial pombalino de rendimento, de dois panos e cinco registos, com o primeiro piso de lojas revestido a cantaria e os seguintes de sacadas revestidos a azulejo. De fenestração regular com molduras de cantaria recortada e restantes elementos definidores também em cantaria. A composição da fachada, com último piso de menor largura rematado por frontão, encontra-se também no nº 30 da Rua da Trindade (v. PT031106270104), construído pelo mesmo proprietário, Manuel Moreira Garcia, alguns anos depois. A fachada posterior, sem elementos nobilitantes, organiza-se com pátio ajardinado. Acesso ao interior por átrio rectangular que abre para escadaria central, em torno da qual se organizam os pisos com disposição em U. Piso nobre ao nível no segundo registo, destinado originalmente a morada do proprietário, decorado com pintura mural neo-pompeiana, com figuração mitológica, alegórica e zoomórfica.
Número IPA Antigo: PT031106270945
 
Registo visualizado 2625 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial multifamiliar  Edifício  Edifício residencial e comercial  

Descrição

Planta rectangular, com coberturas diferenciadas de duas e três águas e rasgada por uma clarabóia envidraçada de perfil rectangular. Anexando-se á direita da fachada posterior corpo rectangular só ao nível do primeiro registo, formando L, com cobertura a uma água, aos quais se adossa alpendre, também formando L, com guarda em fero forjado e resguardado por tapumes. Fachada principal, voltada a O., revestida a azulejo de padrão azul e branco, organizada em dois panos e quatro registos rematados por cornija. Sobre a cornija piso estreito rematado por frontão triangular com moldura de cantaria e revestimento a azulejo de padrão azul e branco. Embasamento, pilastras nos cunhais e primeiro registo revestidos a cantaria. Fenestração a ritmo regular, com molduras em cantaria, maioritariamente rectilínea recortada e guardas em ferro forjado. Primeiro pano rasgado por quatro vãos correspondentes entre registos, tendo no primeiro, ao centro, duas portas em arco de volta-perfeita com marcação da pedra de fecho, entre as quais se coloca medalhão com a insígnia MMG e a data de 1834, ladeado por dois leões afrontados. Nos extremos do pano duas portas, de maiores dimensões, em arco abatido, com marcação do fecho, a da esquerda com a inscrição "Livraria Barateira, lda. Fundada em 1914" na bandeira. Segundo registo, correspondente ao andar nobre, e separado por friso de cantaria, tem janelas de sacada, servidas por sacada comum de perfil abaulado nos dois vãos centrais, com guarda em ferro forjado e assente em oito mísulas que descansam nos arcos dos vãos do registo inferior. Terceiro registo, também separado por friso de cantaria, com janelas de sacada, e rematado por cornija, na qual assenta a sacada corrida do quarto registo, que abrange os dois panos e os seus cinco vãos de sacada de moldura rectilínea simples. O quinto registo tem duas janelas de sacada de volta-perfeita, inscritas em moldura rectangular e é servido por sacada corrida. O pano esquerdo, com um vão por registo, tem no primeiro piso porta de volta-perfeita, com marcação do fecho, funcionado como montra e com a inscrição "Compra e venda de livros" na bandeira. Nos dois registos seguintes, separados por frisos de cantaria, janela de peitoril de perfil rectilíneo recortado. Fachada posterior sobrelevada em relação á fachada principal, articulando-se com pátio, em conta inferior do terreno, circundado por alpendre a N. e O., tapado por gelosia a E., e por edifício vizinho a S., paralelo ao qual se define, ao nível da cota do pátio, corredor, coberto por tenda, que dá acesso ao jardim ao nível do primeiro piso da fachada posterior. Este é precedido por largo alpendre, com guarda baixa em ferro forjado com leões e acrotérios de cantaria. O jardim tem planta rectangular e desenvolvimento longitudinal de O. para E., e está quase totalmente coberto por tenda, funcionando como salão de festas. No eixo N. do jardim, e com acesso pela tenda existem vestígios do antigo convento da Trindade*1 a nível subterrâneo, prolongando-se para terrenos do prédio vizinho, fora da tenda capela de planta rectangular, com acesso por porta vazada em ferro forjado e moldura de cantaria rectilínea, encimada por escudo e forrada a azulejo, o interior é também forrado a azulejo de figura do antigo convento. A fachada posterior, rebocada e pintada de amarelo claro e embasamento em cantaria, organiza-se em quatro registos. No primeiro registo, correspondente ao segundo da fachada principal, abrem-se, da esquerda para a direita, três portas com bandeira, de moldura rectilínea em cantaria e uma janela de peito com moldura semelhante. Segundo registo com marquise à esquerda encobrindo o vão, em alvenaria e caixilharia de alumínio, seguindo-se duas janelas de peito de guilhotina e moldura de cantaria, janela de sacada com moldura em cantaria e guarda em ferro forjado e nova janela de peitoril de guilhotina. Terceiro registo, rematado por cornija e beiral, com varanda corrida em alvenaria sobre modilhões simples e guarda em ferro forjado, sustentada por ferragens descrevendo arco abatido, servindo os quatro vãos de sacada e um de peitoril, e interrompida por avanço da parede, construído posteriormente e coberto por telha de zinco. O quarto registo, em eixo sobre a cimalha, é rasgado por dois vãos de sacada de moldura rectilínea em cantaria e com guarda comum em ferro forjado. INTERIOR: Organizado em cinco pisos, com comunicação por escadaria central, com caixa de escadas de perfil rectangular, iluminada por clarabóia, com lambrim de azulejo e pintura a fresco*1, de lanços e patamares rectos, com degraus em cantaria até ao primeiro patamar e restantes em madeira, com guarda em ferro forjado e corrimão em madeira. Nos patamares subsistem as carvoarias. Entrada por vestíbulo de planta rectangular, com pavimento em mármore branco e negro formando quadrícula e paredes com painéis de azulejo, representando jarrões com flores e pássaros, culminado em arco abatido de cantaria assente em pilastras, que precede dupla arcaria de volta-perfeita, definindo o arranque da escadaria e porta de acesso ao interior do primeiro piso. À direita rasga-se porta inscrita em moldura rectilínea de cantaria, que dá acesso a amplo salão de planta em L invertido, com pavimento recente em mármore formando quadrícula, e ritmado por sequência de arcos abatidos lançados sob pilastras; é decorado por painéis de azulejo figurativo, provenientes do jardim da casa. Na face E. do salão passagem por arco de volta-perfeita, com acesso por degraus de cantaria, para corredor rectangular, coberto por tenda, em cujo lado esquerdo se encontram salas de construção recente, sob o espaço do pátio. O corredor dá acesso a nova escadaria que liga ao jardim, já numa cota superior do terreno. Ala esquerda do piso térreo parcialmente ocupada por Livraria, com acesso próprio pela fachada principal. Primeiro piso, com disposição em U, sendo a ala esquerda mais prolongada e correspondendo ao segundo registo da fachada principal e primeiro da fachada posterior, com acesso directo ao jardim, Correspondia à casa onde residia o primeiro proprietário. Apresenta uma sequência de salas, voltadas para a fachada principal, comunicantes entre si, com pintura mural neo-pompeiana e pavimento em soalho. Voltadas para o L, encontra-se nova sequência de salas e capela privada, comunicantes por corredor longitudinal. Pisos seguintes ocupados por diferentes fogos habitacionais, sem a riqueza decorativa dos pisos anteriores.

Acessos

Rua Nova da Trindade, n.º 16

Protecção

Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) / Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811), na Zona de Proteção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa (v. IPA.00003128) e na Zona de Proteção da Casa do Ferreira das Tabuletas (v. IPA.00003190)

Enquadramento

Urbano, flanqueado, inserido na frente de lotes contínua E. da Rua Nova da Trindade, em zona de declive moderado. Fachada principal abrindo para o Largo da Trindade e fronteira ao teatro da Trindade (v. PT031106270520). Fachada posterior articulada com pátio, ocupado por construção posterior com cobertura a duas águas, e jardim, delimitados por muro de alvenaria e fachadas posteriores de prédios nas Rua da Trindade, nomeadamente a Casa do Ferreira das Tabuletas (v. PT031106270104), e na Rua da Oliveira ao Carmo. Nas proximidades da Cervejaria Trindade (v. PT031106270793).

Descrição Complementar

AZULEJO: O prédio integra azulejo proveniente do antigo convento da Trindade, nomeadamente na fachada principal e na pequena capela situada na vertente N. do jardim, aí existem azulejos de padrão maneiristas e azulejos de figura do séc. 18 de diferentes painéis conjugados sem uma ordem definida. No salão do primeiro piso uma série de painéis móveis que originalmente se encontravam no jardim*, pintados pelo Ferreira das Tabuletas, representando em trompe l'oeil jarrões de flores, e as figuras alegóricas do Comércio (utilizando atributos de Hermes), das Artes e da Agricultura, sob plintos, inscritas em molduras arquitectónicas simuladas. No jardim mantém-se um amplo painel de azulejo, pintado e assinado por Ferreira das Tabuletas ("F." Pintor), representando uma loja maçónica. A composição é organizada por três colunas, simbolizando os três pilares da maçonaria - a força, a beleza e a sabedoria - uma encimada por galo (símbolo da luz), sobrepujado pela inscrição "Sem lei", e outra por coruja (símbolo da noite), sobrepujada pela inscrição "Não à ordem"; entre os dois primeiros painéis está um grande medalhão central em cuja moldura se inscreve "COM ACTIVIDADE CONSTANTE DEOS PROTEGE A SCIENCIA, A INDUSTRIA, O COMERCIO, E A AGRICULTURA". Ao centro do medalhão está a figura do mestre, com o olho da providência da mão direita, com um cão e uma raposa aos pés e a inscrição MMG; do lado esquerdo do mestre um grupo de cinco maçons prepara a esmola que vai entregar a um grupo de três pedintes situados á direita do mestre; por cima do medalhão está a estrela de cinco pontos ladeada por enrolamentos de acantos; á esquerda do medalhão representa-se a árvore da vida com as suas doze cabeças e á direita uma árvore de ramos quebrados; por baixo do medalhão está uma longa inscrição relativa á vida de Moreira Garcia e os valores por ele defendidos: "APARECI NA FONTE DA EXISTENCIA, E DA VIDA, EM MIL E OITOCENTOS, ABRIRÃO-SE-ME AS PORTAS, PARA ENTRANALIDADE DO THEATRO DA VIDA HUMANA, EM MIL OITOCENTOS E DEZANOVE ATHÉ MIL OITOCENTOS E SESSENTA E TRES, (TENDO DECORRIDO QUARENTA E QUATRO ANNOS) SEMPRE CONSTANTEMENTE TRABALHANDO, POLITICA, MORAL, RELIGIOZAMENTE, COM O FIM DE ME TORNAR ÚTIL Á SOCIEDADE. ENCONTREI NESTE PERIODO DE TEMPO, ALTOS TORPEÇOS, COM TUDO, SEMPRE COM SATISFAÇÃO, APANHEI FLORES AFINAL; DONDE OUTROS COLHERÃO ESPINHOS! ESPLOREI CONSTANTEMENTE NO SEIO DA NATUREZA, COMPREHENDI, E ESTUDEI RARAS MARAVILHAS DAMESMA! ESO A QUISE COMPREHENDER, TER BOA SEPULTURA DE TODO O GENERO HUMANO INTEIRO, E SÓ ENCONTREI NA ESPLORAÇÃO PEQUENAS RELÍQUIAS, E TUDO MAIS REDUZIDO A POEIRA! SE O VELHO, SOUBERA, E O MOÇO PENSARA PERTERITO, O PREZENTE E O FUTURO, POR OUTROS PRINCIPIOS SERIÃO REGULADOS, SEIJA EMBORA RISCADO DO LIVRO DA VIDA TODO A QUELLE QUE NASCEO SÓ PARA SI, E TODO A QUELLE QUE VIVEO INUTIL, E AQUELLE QUE NÃO SOUBE AMAR, PADECER E PERDOAR.". PINTURA MURAL: Sala (sala 1) no ângulo NO. da fachada principal, de planta rectangular, com duas janelas voltadas á fachada principal, tecto com medalhão central representando instrumentos musicais e partituras, e esfinges com cestos de flores sobre a cabeça nos ângulos, unidas por grinaldas de flores; na sanca, enquadrada por frisos de acantos, com representações de putti em molduras polilobadas, ladeadas por enrolamentos de acantos, e nos ângulos medalhões circulares com águias; nas paredes painéis com figuras femininas, sob friso onde se intercalam harpas e enrolamentos de acantos. Para S., com acesso por duas portas de perfil rectangular recortado, com bandeira, pequena sala de planta rectangular (sala 2), com pintura de paredes e tecto com marmoreados, e medalhão central ovalado com emblema de Manuel Moreira Garcia em moldura polilobada, ladeada por leões afrontados. Segue-se, para S., com acesso por duas portas de igual perfil, sala de planta quadrangular (sala 3), com tecto decorado por reticulado, adornado por motivos fitomórficos e medalhão central octogonal representando cena mitológica; a sanca, enquadrada por frisos de acantos, interrompidos por medalhões circulares com pintura em grisaille representando alegorias, e nos ângulos jarras floridas; nas paredes, painéis, onde, sobre plintos rodeados de acantos, se representam as idades da vida - infância, juventude, robustez, velhice, decrepitude - com ampulhetas e diferentes atributos; sob a linha da sanca e intercalando com medalhões com ornamentos vegetalistas, representam-se diferentes animais. Na parede E., abrem-se duas portas que dão acesso a sala cega de planta quadrangular (sala 4), com tecto revestido a madeira lacada de branco e pintura das paredes simulando panejamentos. CAPELA: No topo O. do corpo anexo, de planta rectangular ao qual acresce a O. novo corpo rectangular de menores dimensões, funcionando como segunda capela. A capela principal dispõe de mesa de altar independente ornada por friso de rosetas e grande cruz no frontal; o retábulo em talha dourada é tardo-barroco, dentro do esquema pombalino para as igrejas pós-terramoto, e numa linguagem enquadrada na escola de Queluz e no mestre António Ângelo e seus seguidores, com uma série de consolas destinadas a receber imaginária (hoje inexistente); é encimado por um medalhão posterior com a insígnia de Manuel Maria Garcia também em talha. A segunda capela, separada por gradeamento em ferro fundido tem também mesa de altar independente, em cantaria ornado por medalhão pintado com uma cruz semelhante á do primeira mesa de altar, sobre as iniciais AMA, inscrita em nicho de volta-perfeita com intradorso pintado simulando caixotões.

Utilização Inicial

Residencial: edifício residencial e comercial

Utilização Actual

Residencial: edifício residencial e comercial

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR DE AZULEJO: Luís Ferreira, "o Ferreira das Tabuletas" (1863).

Cronologia

1218 - provável fundação de um Convento no local, por D. Soeiro Viegas; 1289 - 1325 - período de edificação do convento da Santíssima Trindade, com proteção da Rainha Santa Isabel ocupando a área compreendida entre a Rua Nova da Trindade, o Largo Trindade Coelho, a Rua da Misericórdia, o Largo da Trindade e a Rua de Oliveira ao Carmo; 1755, 1 novembro - o terramoto e o incêndio subsequente destroem praticamente por completo o Convento da Trindade; 1834, 10 fevereiro - o Convento da Trindade foi suprimido por Portaria e entregue á Prefeitura da Província da Estremadura; 4 julho - o Tribunal do Tesouro Público manda tomar posse de todos os bens dos Trinos; o Governo desiste do projeto de instalar no antigo Convento o Tribunal da Prefeitura da Estremadura, decidindo lotear os terrenos resultantes das demolições já levadas a cabo para essa obra; os lotes de terreno foram comprados por Joaquim Ferreira Bastos, Manuel Alves Martins, Joaquim Peres e Valentim José Lopes; 1836 - os terrenos de Joaquim Peres foram primeiro arrendados e depois comprados por Manuel Garcia Moreira, dando lugar aos actuais prédios nº 16 e 20; 1840 - conclusão das obras de construção do edifício por Manuel Moreira Garcia; 1860 - Manuel Moreira Garcia procede à cobertura da fachada a azulejo; realização de importantes obras no primeiro andar, onde residia, e no jardim anexo, possível construção do último piso coroado por frontão triangular; 1863 - encomenda a Luís Ferreira, o "Ferreira das Tabuletas", dos azulejos que decoram o jardim; 1876 - Morre Manuel Moreira Garcia; 1914 - é fundada a Livraria Barateira; 1936, 13 novembro - dá entrada na Câmara Municipal um projeto para construção de depósito de livros no interior do prédio; 1939 - o segundo piso era ocupado pela casa Bruxelas; 1983 - o primeiro piso no n,º 16 A era ocupado por estabelecimento de venda de artigos de artesanato; 1988 - é comprado pelo atual proprietário que procede à conservação e restauro do primeiro piso, andar nobre e caixa de escadas e remodelação e adaptação do jardim a salão de festas.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Estrutura em alvenaria mista rebocada e forrada a azulejo de padrão; revestimento do primeiro registo, moldura de vãos, sacadas, frisos, cornijas, pilastras, modilhões, arcos do átrio e molduras de portas interiores do primeiro piso em cantaria de calcário; portas, tectos e rodapés em madeira lacada de branco no andar nobre; caixilharia de madeira; soalho no pavimento dos pisos superiores; mármore na pavimento do átrio; talha dourada no altar da capela; ferro forjado nas guardas de sacada e escadas; azulejo no jardim e primeiro piso.

Bibliografia

SEQUEIRA, Gustavo de Matos, O Carmo e a Trindade, Subsídios para a História de Lisboa, vol. I, II, III, Lisboa, edições CMLisboa, 1939; NORBERTO, Araújo, Peregrinações em Lisboa, Livro IV, Lisboa, Parceria A.M. Ferreira, 1939; MECO, José, O Azulejo em Portugal, Lisboa, edições Alfa, 1989; SAPORITI, Teresa, Azulejaria de Luís Ferreira, o "Ferreira das Tabuletas", Lisboa, edições CMLisboa, 1993; SILVA, Raquel Henriques da, Lisboa Romântica Urbanismo e Arquitectura, 1777-1874 (dissertação de doutoramento em História da Arte) (texto policopiado), Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 1997.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CMLisboa: Arquivo intermédio (Processo n.º 10770)

Intervenção Realizada

1928 - construção de muro de suporte de terras nas traseiras; 1932, Outubro - limpeza e reparações exteriores e interiores; 1935, Fevereiro - substituição de portas de madeira por montras na fachada principal da Livraria Barateira; 1938, Março - reparação da clarabóia e telhado, aguada e pintura da caixa de escadas; 1943, Janeiro - encapelar a chaminé, tirar liqueiras do telhado; 1950 - obras de reparação e limpeza; 1954, Julho - reparações interiores e exteriores na Livraria Barateira; 1956, Abril - obras de beneficiação e limpeza; 1957, Março - colocação de vitrinas na fachada principal da Livraria Barateira; 1962, Setembro - substituição da cobertura em telha portuguesa por telha lusa; 1963, Março - reparação de portas e montras na Livraria Barateira; 1967, Maio - obras de simples conservação no 2º andar; 1968, Abril - obras de limpeza geral e beneficiações; 1969, Março - reparação da chaminé; 1994, Novembro - obras de conservação e restauro.

Observações

*1 - o azulejo foi colocado pelo actual proprietário, pintado á mão e procurando imitar uma tipologia de azulejo pombalino que repete o desenho da guarda do corrimão. A pintura a fresco foi também mandada fazer pelo actual proprietário utilizando a técnica artesanal e repetindo o modelo da pintura preexistente que se encontrava por baixo de camadas de reboco posterior bastante danificada. *2 - trata-se provavelmente de um antigo pórtico de ligação da igreja ao claustro, ou mesmo de uma capela lateral da própria igreja. É constituído por arco de volta-perfeita, com marcação do fecho do arco, lançado sobre pilastras, e encimado por cornija na qual assenta tímpano semicircular, rasgado no topo por novo tímpano triangular. Existe ainda a antiga cisterna do convento, onde estão sepulturas dos séculos 13, 14 e 15. *3 - quando o prédio foi adquirido pelo actual proprietário parte dos azulejos do jardim foram retirados e estão hoje no Museu do Azulejo, na casa leiloeira de Manuel Leitão e no Jardim Tropical da Fundação Berardo no Funchal.

Autor e Data

Inês Pais 2006

Actualização

 
 
 
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