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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Construção de dois pisos, com planta rectangular concentrada e cobertura em telhado de duas águas. A fachada SO. corresponde ao nível do segundo piso, confrontando com a muralha. Apresenta somente uma porta de lintel recto sem moldura, acessível a partir de dois degraus colocados paralelamente à parede. A fachada NO., de empena angular, mostra no primeiro piso uma porta semelhante, encimada por uma pequena janela. É neste alçado que se observa o elemento que particulariza o edifício: uma carranca antropomórfica, com os traços levemente incisos num bloco de granito rectangular e assente sobre uma trave de madeira encaixada no muro. O espaço interno é amplo em ambos os pisos, que possuem acesso independente. O pavimento é térreo, conservando-se em parte a estrutura superior em madeira. |
Acessos
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Rua da Mota / Porta do Castelo |
Protecção
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Incluído na Zona de Protecção da Aldeia de Castelo Mendo (v. PT020902080007) |
Enquadramento
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Urbano. Enquadrando-se no segundo núcleo intramuros, situa-se já numa zona de transição, erguendo-se em frente da muralha e da Porta do Castelo (v. PT020902080005), muito perto da antiga Casa da Câmara e Cadeia (v. PT020902080022) e da cabeceira da Igreja de São Pedro (v. PT020902080016). Ocupa uma posição similar à Casa Manuelina situada na Rua do Castelo (v. PT020902080047). Implanta-se num solo desnivelado, ocupando um pequeno gaveto formado pelo acesso à porta do primeiro recinto fortificado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 19 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 17 / 19 - em rigor, não é possível apontar qualquer época de referência, dadas as características construtivas do palheiro. Porém, uma vez que inclui na parede uma carranca, elemento também presente na antiga Casa da Câmara e Cadeia, à qual se atribuiu o séc. 17 como período de edificação, propõe-se como hipótese de trabalho recuar a cronologia do palheiro para esta centúria. Apesar disso, é de ressalvar que as duas carrancas apresentam formas escultóricas muito diferentes e que, em si mesmas, não podem datar a construção. Alguns autores sugeriram a probabilidade das carrancas corresponderem às cabeças dos berrões (esculturas zoomórficas) pré-romanos situados junto à Porta da Vila (NEVES, 1993). Contudo, essa circunstância apenas poderá ser verosímil em relação ao chamado Mendo. Por outro lado, trata-se de uma hipótese que nada indica acerca da época em que as carrancas foram incluídas nas paredes. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Granito, cantaria e alvenaria sem revestimento; madeira; telha de canudo. |
Bibliografia
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SILVA, José Antunes e FERNANDES, José Manuel, Castelo Mendo, Estudo de Recuperação Urbana e Arquitectónica, Lisboa, 1979; NEVES, Vítor Manuel Leal Pereira, Três Jóias Esquecidas, Marialva, Linhares e Castelo Mendo, Castelo Branco, 1993; CARVALHO, Amorim de, Castelo Mendo, um Conjunto Histórico a Preservar, Braga, 1995. |
Documentação Gráfica
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CMAlmeida |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - poderá, por hipótese, ter sido utilizado como casa. *2 - no âmbito do Programa de Reabilitação das Aldeias Históricas de Portugal. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1997 |
Actualização
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