Central Eléctrica de Albufeira / Galeria de Arte Pintor Samora Barros

IPA.00015570
Portugal, Faro, Albufeira, Albufeira e Olhos de Água
 
Arquitectura industrial, arte nova, eclética, proto-modernista. Central Eléctrica de planta rectangular irregular conjugando elementos Arte Nova exteriores com uma linguagem proto-modernista e eclética no interior. A organização geral da fachada principal testemunha igualmente essas correntes, a par de uma maneira tradicional de construir no Algarve com pináculos sobre cornija desenvolvida e empenas ao centro. Painel de azulejos Arte Nova na empena da fachada principal; arcos cegos no extremo N. do segundo piso e tecto em quilha invertida característicos de uma linguagem arquitectónica modernista.
Número IPA Antigo: PT050801010012
 
Registo visualizado 198 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Central  Central elétrica  

Descrição

Planta longitudinal irregular, composta por uma galeria central ( actual galeria de exposições ), Sanitários Públicos ( no extremo S. ), Sanitário privado ( extremo N. do segundo piso ) e dois espaços polivalentes em cada piso ( Arrecadações, Loja, Sala de exposições e um Gabinete ). Volumes articulados dispostos horizontalmente, com cobertura uniforme a duas águas no sentido O. - E, à excepção dos anexos a N., cobertos com telhado de quatro águas. Embasamento a todo o redor do edifício, composto por uma banda de cantaria sem coloração. Fachada O. a um só registo, com um corpo principal e um anexo a N; corpo principal com cunhais marcados, organizado a partir de quatro vãos, duas portas de arco de volta perfeita com molduras em cantaria de impostas e fecho de arco marcados colocadas nos extremos, e duas amplas janelas ao centro, de arco de volta perfeita com molduras idênticas, e que arrancam à altura do embasamento; todos os vãos preenchidos por grelhas de madeira branca que enquadram vidros quadrados, à excepção das bandeiras do arco, cuja moldura é radial a partir de um meio círculo ao centro; suporte do telhado complexo, com dupla cornija que antecede o beiral; remate em empena triangular irregular ao centro, rompendo a linha contínua das cornijas e da água O. do telhado e composta por dois registos; primeiro registo rectangular mais largo e com dois pináculos nos extremos e registo superior triangular; composição decorativa azulejar na empena composta de uma banda inferior ondulada com a inscrição "CENTRAL ELECTRICA" sobrepujada por um brasão definido por elementos vegetais onde se inscreveram quatro letras sobrepostas "C", "M" e "A"; linha contínua do telhado quebrada igualmente pela inclusão de quatro pináculos, dois nos extremos N. e S. deste corpo e outros mais próximos da empena, que arrancam de falsas mísulas pronunciadas nas cornijas e na parte da fachada que imediatamente as antecede. Anexos a N.: dois espaços triangulares de menor altura que o corpo principal, mas definidos a dois registos, mais elevados que o corpo principal, construídos no espaço livre entre a linha de enfiamento natural da fachada O. do edifício e a encosta a E., que determinou a forma triangular das suas plantas; primeiro registo: dois acessos ao interior de arco recto ladeados por duas pequenas janelas, a S. rectangular e ao nível da bandeira do arco e a N. circular, à maneira de óculo; segundo registo: quatro vãos, três portas rectangulares de arco recto com pequeno varandim gradeado, e o quarto vão, a N., um óculo circular aberto no eixo do óculo do registo inferior. Fachada lateral S.: segue a organização em um registo único da fachada O. com cunhais vincados e dois pináculos nos extremos; vão de acesso ao interior ao centro, idêntico às portas da fachada principal, sobrepujada por uma inscrição axulejar ao nível da banda da cornija inferior: "MCMXX[X]I"; eixo central com remate recto com dois pináculos simples nos extremos. INTERIOR: Espaços diferenciados em várias dependências, com dois pisos e iluminação natural a partir das fachadas O. e S.. Primeiro piso: Sanitários Públicos a S., com acesso exterior na fachada S. e sem comunicação com as restantes dependências interiores do edifício. Galeria central: sala permanente de exposições, de planta rectangular irregular; no extremo S. desta galeria uma escada de acesso ao segundo piso. Loja: espaço rectangular a N. da galeria central, sem comunicação com esta e com acesso apenas a partir do exterior pela porta N. do corpo principal da fachada O.. Arrecadações: espaços triangulares dos anexos a N., sem relação de acesso interior com as restantes partes do edifício. Segundo piso: corpo principal dividido em várias dependências, todas em relação espacial entre si, contrariando as divisões do primeiro piso que não permitem a comunicação interior entre os vários espaços; a partir da escada a S. da galeria, acede-se a um Gabinete sobre os Sanitários públicos a S.; segundo piso da galeria central organizado em mezanine sobre o primeiro piso, com planta rectangular irregular acompanhando as linhas definidoras das fachadas O. e E. e tecto em abóbada escalonada com cadeia ao centro; espaços a N. ( duas Salas de Exposições, Gabinete e Sanitários ) em plano superior ao segundo piso da galeria central, com acesso através de dois pequenos lanços de escadas; parede N. do segundo piso da Central mantém arcos rectos cegos originais, os colocados a S. escalonados devido à feição do tecto e os a N.à altura da porta de comunicação.

Acessos

Largo Engenheiro Duarte Pacheco

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, planície, adossado. Edifício de grande impacto urbanístico, implantado a N. do centro histórico da cidade, numa zona de expansão urbana na primeira metade do séc.20, sendo uma das contruções em torno das quais se definiu o Lg. Duarte Pacheco, um dos espaços de circulação mais importantes da actual cidade. Fachada principal a O. fronteira ao Largo onde se edificou um amplo jardim. Fachada S. parcialmente adossada e abrindo igualmente para o Lg. Duarte Pacheco, hoje prejudicada a sua visão pelo aglomerado de expositores exteriores de algumas lojas anexas. Fachada N. adossada. Fachada E. adossada à encosta e a outros edifícios.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: central elétrica

Utilização Actual

Cultural e recreativa: galeria de exposições

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR: Samora Barros (azulejos exteriores)

Cronologia

1926 - Vasco da Silva Seles e Artur Rodrigues Alferes foram os primeiros funcionários da Central; 1926, 1 de Agosto - Inauguração da iluminação eléctrica em Albufeira; 1942 - Racionamento de electricidade, cessando o fornecimento após as 23 horas; 1944, Agosto - Horário de funcionamento de luz eléctrica: das 20h às 3h; 1951, 5 de Junho - Câmara reivindica a aquisição de um novo motor a diesel e de um alternador para a Central; 1964, 30 de Novembro - Fim dos trabalhos de remodelação da rede eléctrica; 1965, 13 de Maio - Decisão de remodelação da rede eléctrica de baixa tensão; 1978, 12 de Setembro - Câmara entrega o edifício à Cooperativa Produção e Consumo deAlbufeira; 1988, 7 de Outubro - Câmara aceita orçamentos para que na Central eléctrica se instale a Sala de Exposições camarária; 1989, 11 de Abril - o edifício passa a designar-se por "Central Eléctrica - Centro de Exposições Pintor Samora Barros".

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria rebocada e caiada, ferro, vidro, azulejo, madeira, mosaico, telha, lióz, polido, tijoleira cerâmica.

Bibliografia

AMADO, Adelaide, Cronologia do concelho de Albufeira, Albufeira, Câmara Municipal de Albufeira, 1995.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; CMA

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; CMA

Documentação Administrativa

CMA

Intervenção Realizada

1988 - 1989: CMA - adaptação a Galeria de exposições camarária.

Observações

Autor e Data

Paulo Fernandes 2001

Actualização

 
 
 
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