Quartel da Cavalaria n.º 8

IPA.00013970
Portugal, Castelo Branco, Castelo Branco, Castelo Branco
 
Arquitectura militar.
Número IPA Antigo: PT020502050100
 
Registo visualizado 792 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Quartel militar    

Descrição

Acessos

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: quartel

Utilização Actual

Propriedade

Afectação

Época Construção

Arquitecto / Construtor / Autor

Eusébio Furtado, Francisco de Lucena e Faro, Joaquim Dias, Rudolfo Guimarães. PINTOR DE AZULEJO: Salgueiro, da Fábrica Aleluia.

Cronologia

1814 - foram enviadas para Castelo Branco as primeiras tropas fixas, o Regimento da Cavalaria n.º 11, que ocupou um barracão existente na Devesa; 1816 - por proposta do major Eusébio Furtado, o rei manda construir quartéis e reparar o barracão, surgindo na fachada posterior um picadeiro; o edifício era de dois pisos, o inferior com cinco frestas, correspondentes às cavalariças, a que correspondiam, no superior, cinco janelas; o acesso processava-se por uma porta em cada topo e uma terceira na fachada principal; o picadeiro era rectangular, com dois acessos, uma escadaria lateral e uma porta que ligava ao barracão; 1817 - construção de palheiros junto ao picadeiro, segundo desenho de Eusébio Furtado, o qual projecta, ainda, a ampliação do quartel para o dobro, o que não seria concretizado; 1818 - construção de fornos de pão; 1818 - construção de um açougue privado; 1819 - construção da casa do trem; Eusébio Furtado faz novo projecto de ampliação do imóvel, que também não se concretizaria; os desenhos que subsistiram mostram um edifício simétrico, com corpo central, ladeado por duas alas; 1822 - o Barão de Oleiros afora parte do seu terreno para a construção das Casas da Carreirinha, que se pretendia arrendar a militares graduados; 1829 - o Regimento de Cavalaria n.º 11 abandona o local; 1833, Agosto - a Câmara solicita ao rei a vinda de um contigente de cavalaria; 1833 - o rei envia o Regimento de Cavalaria n.º 3; 1840 - substituição desta unidade pelo Regimento de Cavalaria n.º 8; 1841 - até esta data, uma comissão de cidadãos organizou-se para a angariação de fundos para a construção do novo quartel, conseguindo 1:000$000; 1844 - início das obras de ampliação, pelo impulso no comandante Joaquim Trigueiros Martel; 1853 - efectua-se novo projecto, provavelmente da autoria do engenheiro Joaquim Dias, fazendo evoluir a construção para o lado contrário áquele que definira o projecto de Eusébio Furtado, ampliando-se para o morro; possuía um edifício central, que funcionava como Porta de Armas, ladeado por corpos, que albergavam, no piso inferior, as cavalariças, e no superior as casernas; os oficiais não tinham dependências, tendo que alugar casas particulares; 1847, 1 Agosto - um raio incedeia o quartel; os danos foram reparadod por um donativo em dinheiro e pelo trabalho de populares e militares; 1852 - o comandante manda murar o imóvel, sem o consentimento da Câmara Municipal, que protestou pela ocupação de espaços indevidos; 1860 - provável conclusão das obras, já sob o comando do coronel Pita e Castro; 1870 - os terrenos do quartel foram ampliados pelo morro, com o objectivo de ampliar o número de cavalos; 1872 - construção de uma enfermaria para cavalos, por iniciativa do comandante, o coronel Pinto Sarmento; 1881, Julho - projecto de construção das cozinhas, da autoria do engenheiro Francisco de Lucena e Faro; 1884 - o muro foi ampliado e foi solicitado mais um terreno à Câmara para poderem explorar água para o consumo interno; 1891, 6 Setembro - a Família Real visita o quartel, assistindo a manobras militares, passando a companhia a denominar-se Regimento n.º 8 de Cavalaria do Príncipe Real; 1901, Novembro - projecto da construção de um picadeiro coberto, da autoria do capitão Rodolfo Guimarães; 1902, Janeiro - início da construção do picadeiro, conforme lápide colocada no local; 1906 - D. Luís Filipe e D. Manuel visitam o quartel; 1930 - abertura de uma cisterna junto às cozinhas; 1934 - no âmbito da regularização do Campo dos Mártires da Pátria, o terreno da fachada principal foi alinhado e levantado um muro de cantaria em toda a sua extensão; 1936 - com a instalação de água canalizada, a cisterna foi tapada com cimento; 1934 - no átrio foram colocados painéis de azulejo, pintados pelo ceramista Salgueiro, da Fábrica Aleluia, alusivos às actividades do regimento; 1938 - zona confinante com o Largo da Senhora da Piedade foi dinamitado e aterrado, permitindo construir a parada superior; 1954, 6 Novembro - um tornado arrancou os telhados da enfermaria dos cavalos, do picadeiro coberto, do alpendre das cozinhas e de uma das alas laterais, a que se sucederam reparações e demoliram-se alguns edifícios, como o situado à direita da Porta de Armas, onde se construíu um ginásio e um campo de jogos; séc. 20, 2.ª metade - com a extinção dos regimentos de Cavalaria em Castelo Branco, o quartel passa para a posse do Regimento de Caçadores, instalado no Antigo Convento de Santo António, que colocaram um pequeno contingente no quartel; final - o imóvel é comprado pela Câmara Municipal, mantendo-se as fachadas do mesmo; 2001 - demolição do arco da parada; 2002, 11 julho - abertura do processo de classificação pela Direção Regional de Castelo Branco; 2015, 24 junho - proposta da Direção Regional de Castelo Branco para encerramento do processo, por o edifício não ter valor nacional; 03 julho - despacho do diretor geral da DGPC para arquivamento do processo; 13 agosto - aviso do arquivamento do processo à Câmara Municipal de Castelo Branco.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

SILVEIRA, António, AZEVEDO, Leonel e D'OLIVEIRA, Pedro Quintela, O Programa POLIS em Castelo Branco - álbum histórico, Castelo Branco, 2003.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO *1 - na Parada principal, existiam lápides alusivas às unidades instaladas no local, aos mortos da Grande Guerra, e duas do Regimento de Obuzes de Campanha, relativas à lista de condecorações recebidas e à lista de mortos em França e África, removidas após a tempestade de 1954, duas delas colocadas junto à Porta de Armas e as outras duas voltando à parada, já na década de 60.

Autor e Data

Patrícia Costa 2002

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login