Igreja e Convento dos Capuchos / Igreja e Convento de Nossa Senhora da Piedade

IPA.00011632
Portugal, Évora, Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu
 
Igreja conventual de frades capuchos da Província da Piedade, de tipologia maneirista, barroca; apresenta de planta longitudinal, composta por nave, antecedida de largo nartex e vasto coro-alto, capela-mor rectangular tendo anexa a sala da tribuna, antesacristia e sacrista adossadas junto ao alçado direito da cabeceira, claustro quadrangular, adossado à direita da igreja, dependências conventuais organizadas em redor do claustro, e capela dos frades adossada à esquerda do nartex. Fachada simples contrastando com a riqueza decorativa do interior, dos séculos 17 e 18, nomeadamente os retábulos de talha dourada e polícroma e as pinturas murais da sacristia, da Capela de São Francisco e da sala da Tribuna, estas semelhantes às que decoram o mesmo espaço na Igreja da Misericórdia (v. PT040714050019); alçados exteriores do claustro decorados com esgrafitos de laçarias e figuras zoomórficas e antropomórficas; nas galerias silhares de azueljos azul e branco comregresso à cor, de figura avulsa intercalados com figuras de santos, emolduradas por cartelas rocócó, da 2.ª metade do séc. 18. Cerca Conventual característica dos Conventos dos Capuchos, limitada por muro maioritariamente e composta por edifício principal com igreja e por outros edifícios de apoio a actividades agrícolas em função das quais se desenvolvem zonas de jardim, horta, pomar e campos agrícolas. Apresenta ainda elementos arquitectónicos destinados ao lazer e ornamentação. Os caminhos entre campos agrícolas ou plantações de vinha ou pomar são pontuados por bancos, nos muros de suporte inserem-se alegretes, caleiras e tanques de rega. De acordo com as leis de governo dos Conventos dos Capuchos, a cerca é pequena e recolhida longe das vilas e cidades (cerca de meia légua, 3 Km) de forma a não perturbar o recolhimento religioso mas suficientemente perto para que os frades pudessem constactar com as populações e para que estas acedessem facilmente à missa ou depositassem esmolas. Pertence ao conjunto das Cercas dos Conventos Capuchos da Província da Piedade tendo sido a primeira Casa em Portugal. Mantém ainda a respectiva cerca com zonas de jardim, horta e pomar com alegretes caleiras, tanques de rega, e o Portão da Horta, da época freirática, fazendo perdurar ainda o sentido religioso deste espaço e conferindo-lhe uma atmosfera peculiar; permanecem igualmente a maioria dos espaços conventuais. Destacam-se os esgrafitos do claustro, os revestimentos azulejares de várias dependências, os retábulos de talha dourada e as pinturas murais em particular as que preenchem a Sala do Trono, semelhantes às que decoram os mesmos espaços nas Igrejas da Misericórdia da vila e na de Arraiolos (v. PT040701010008), bem como na Igreja Matriz de Ouguela. No claustro foi aprovada a regra capucha e os respectivos estatutos.
Número IPA Antigo: PT040714030020
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos Capuchos

Descrição

Planta composta por igreja planta longitudinal, composta por nave, antecedida de largo nartex e vasto coro-alto, capela-mor rectangular tendo anexa a sala da tribuna, antesacristia e sacrista adossadas junto ao alçado direito da cabeceira, claustro quadrangular, adossado à direita da igreja, dependências conventuais organizadas em redor do claustro e capela dos frades adossada à esquerda do nartex. CERCA: limitada por muro com principal acesso por portão junto à igreja e dividida interiormente por muros em três áreas. O pátio da entrada é ladeado por dois espaços ajardinados: um junto ao muro, limitado por lancil de pedra e onde se encontra uma sepultura e outro, do lado oposto, no lugar do antigo horto de recreio, denominado jardim da palmeira por ESPANCA, 1970, do qual ainda permanecem o poço quadrangular de mármore, a pia de taça circular e a estrutura axial do espaço, quadripartido e formando quatro canteiros limitados por lancil de pedra. Nesta zona também se encontra uma sepultura. O complexo edificado é contornável por caminho que conduz à zona posterior, com aspecto abandonado junto ao edifício mas onde se estabelece uma horta cuidadosamente tratada e estruturada em socalcos. A zona mais elevada do terreno é constituída pelo edifício com o pátio da cisterna, com acesso por escadaria junto ao portão que dá para os campos de cultivo. Está construído sobre uma grande cisterna que alimenta toda a rega da cerca e de onde se podem obter largas vistas sobre a envolvente. Este pátio é envolvido por bancos de espaldar (antes com ornamentos e tinta de água). Tem pináculos flamejantes nos ângulos e é centrado por um poço também revestido a mármore. Um caminho junto ao muro, sob latada de vinha, conduz aos campos agrícolas, passando pelo pomar de citrinos, organizado em socalcos suportados por muretes encimados por caleiras, algumas das quais em acentuado estado de degradação. Outro caminho surge deste, alinhado com um portão no muro, contornando o pomar e deixando do lado oposto uma zona de regadio, mais baixa que contém horta e o pomar com diversas espécies de árvores de fruto. Este caminho leva ao muro que divide interiormente a cerca e onde existe um portão apilastrado e com frontão com enrolamento centrado por cruz em medalha elíptica envolvida em palmas. Para lá deste muro situa-se uma zona de cultura de regadio, com campos de cultivo separados por caminho ladeado por muros baixos. Num dos campos exite uma estufa moderna e noutro um tanque de armazenamento de água, acompanhado por banco e adossado ao muro que separa o olival, plantado em terreno mais acentuado. Exceptuando a área de olival, toda a estrutura da cerca é determinada por caleiras, que se adossam muros de suporte ou se associam a caminhos, sendo polarizada por um conjunto de três tanques e por uma nora.

Acessos

Largo dos Capuchos ou Largo Rossio do Outeiro do Ficalho

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 829/2015, DR, 2.ª série, n.º 216 de 04 novembro 2015 *1

Enquadramento

Periurbano, isolado, nos terços médio e inferior da encosta N. do Outeiro do Ficalho, a uma cota de c. de 374m, junto ao Ribeiro do Beiçudo. Os declives são suaves (entre 5 e 8%) e o solo são do tipo litossolos de xisto e solos mediterrâneos vermelhos ou amarelos de materiais não calcários de xisto, assentes em formações geológicas datadas do Câmbrico contituídas por mármores que afloram à superfície ao longo de uma vasta área e se desenvolvem até grandes profundidades o que leva à forte exploração de pedreiras na zona. O clima é marcadamente mediterrâneo, de Verão longo, quente e sem chuva, de Inverno moderado, com um total de precipitações atmosféricas relativamente baixo. Nas proximidades situam-se a Praça de Touros e a Igreja de São Tiago (v. PT040714030031).

Descrição Complementar

INSCRIÇÕES: 1. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, num campo epigráfico delimitado por filete simples. Mármore. Leitura modernizada: SEPULTURA DE SEBASTIÃO DE BEÇA DE BARROS E DE LEONOR DE FARIA PEREIRA SUA MULHER E SEUS HERDEIROS FALECEU A 21 DE NOVEMBRO DE 1631. PINTURA MURAL: a figura à direita da janela gradeada, representa o calipolense Frei Bartolomeu da Conceição.

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Agrícola e florestal: quinta

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1500 - fundação do primeiro edifício por instâncias de D. Jaime Duque de Bragança, após terem sido contactados os primeiros frades menores castelhanos dirigidos por Fr. João de Guadalupe; a 1º casa localizava-se a 3 Km a E. de Vila Viçosa, em sítio ermo, apertado entre dois cabeços, junto ao Ribeiro da Fadraga, onde existia uma ermida de invocação a Nossa Senhora da Piedade, fundada pelo presbítero Álvaro Fernandes que a havia legado em testamento, com horto e casas anexas, ao Hospital do Espírito Santo; este primeiro convento era designado por Casa da Piedade de Vila Viçosa e posteriormente por Convento Velho de São Francisco (v. PT040714030066) pouco tempo depois, D. Manuel I extingue o Instituto e expropria-o dos seus bens tendo-se os descalços de Vila Viçosa refugiado primeiro na Serra d'Ossa e depois na ilhota da Contenda, no meio do Guadiana, perto de Monsaraz (ESPANCA, 1970); 1508 - regresso dos frades ao convento; 1514 - por licença do Papa Leão X, o Duque D. Jaime obtem a anulação do benefício legado ao Hospital; 1517, 07 de Julho - breve do Papa Leão X de constituição da Província da Piedade, separada da de Castela; 1547 - dada a insalubridade do sítio e sob o patrocínio de D. Teodósio I, Duque de Bragança, o convento muda-se para outro local, mais perto da vila, na meia encosta do Outeiro da Força, junto à Ribeira do Beiçudo, onde tem lugar a edificação da 2º Casa; 1606 - tem lugar a 3ª e última mudança da Casa, em razão das frequentes inundações no Inverno dada a proximidade da Ribeira do Beiçudo; sob o patrocínio de D. Teodósio II, Duque de Bragança, tem lugar então a construção da casa actual, no sopé do Outeiro do Ficalho, dentro da cerca da Casa anterior, onde existia uma antiga ermida dedicada a São Lázaro, pertencente ao património da Ordem de Aviz e que foi então demolida; a antiga casa foi posteriormente transformada em capela do Presépio; 1606, 13 de Julho - cerimónia de lançamento da 1ª pedra do novo edifício presidida pelo seu padroeiro, D. Teodósio II acompanhado pelo seu primogénito, D. João Duque de Bragança; para além de D. Teodósio e alguns seculares da vila, contribuiu para a obra o comendador João Mexia síndico e provedor da empreitada; 1610, 31 de Maio - sagração da nova Casa e trasladação dos ossos da Casa velha, na presença de D. Teodósio II; 1661, 30 de Julho - realiza-se no convento o capítulo da Província da Piedade; 1668, 15 de Maio - Bula de Clemente IX autorizando a separação da Província da Piedade em duas: a da Piedade que agrupa as casas desde o Tejo ao Algarve e a da Soledade agrupando as casas a Norte do Tejo; 1672 - realiza-se no convento o Capítulo da Província da Piedade, presidido pelo comissário-geral Fr. José Ximenes Samaniego, decorrendo os tramites para a separação da Província; 1691 - data na cobertura da sacristia assinalando a feitura das pinturas murais; Séc. 18 - edificação do relógio de sol; 1702, c. de - edificação retábulos colaterais e do púlpito na nave; 1702, 15 de Novembro - mercê régia de um subsídio de 40.000 reis para a conclusão do retábulo-mor, compreendendo a feitura do sacrário e o douramento; 1713 - data no alçado SE. da Capela do trânsito de São Francisco (Capela dos Frades) assinalando a feitura das pinturas murais; 1715, c. de - falecimento do calipolense Frei Bartolomeu da Conceição cuja alma teria sido encerrada, por vontade de São Francisco, numa das figuras de barro da Capela do Trânsito até ao terramoto de 1755; 1729, c. de - pinturas murais da sala de acesso ao camarim do retábulo-mor; 1755, 01 de Novembro - danos provocados pelo terramoto que atingiu sobretudo a nave e o coro provocando grandes fendas; 1756 - em consequência do terramoto, construção dos gigantes do lado N.; por esta época foi também alargado o pórtico e o janelão do coro e provavelmente construída a nova abóbada do coro-alto; 1767, 08 de Junho - cerimónia solene de entronização da imagem de Nossa Senhora da Piedade; 1770, c. de - colocação do silhar de azulejos na nave da igreja e capela-mor; 1801 - data de um dos sinos; 1824 - data de um dos sinos; 1834 - com a extinção das Ordens Religiosas, fica na dependência da Fazenda Nacional; aguardando comprador, o edifício foi aproveitado no regime de enfiteuse particular, tendo a igreja sido assistida voluntáriamente por João Pedro Serra, um frade leigo; o orgão, já bastante estragado, foi levado para o Santuário da Lapa (v. Pt040714030010); 1863 - passou à mordomia do Senhor Jesus da Piedade para efeito de festas e celebrações cultuais; 1866 - a instâncias do Juiz-festeiro do Senhor Jesus da Piedade, Adrião Olímpio da Silva Rainho, edificação dos muros do adro, com colocação de duas portas e dois lavabos provenientes do Convento de São Paulo (v. PT040714050029), tendo o cancelo da porta E. sido aproveitado do Parlatório (Casa das Falas) do Convento da Esperança (v. PT040714030006); 1868, desde - o devoto José Maria Trindade tem a seu cargo a realização da festa anual da igreja; 1882 - beneficiações no terreiro do Outeiro do Ficalho a expensas da Mordomia do Senhor Jesus da Piedade; 1890, até - conservavam-se ainda as seguintes pinturas (algumas delas hoje conservadas no Museu de Arte Sacra, na Igreja de Santa Cruz): na nave, junto aos altares, São Jerónimo e São Francisco de Assis em oração; na capela-mor, dispostas em frisos, os Santos Mártires de Marrocos, os Santos Mártires de Ceuta, a Assunção da Virgem, São Bernardino de Siena, São Diogo, Visitação de Santa Isabel, Natividade, São Boaventura, Santa Clara, São João Evangelista e Nossa Senhora da Conceição; na sacristia a Natividade e a Apresentação da Virgem no templo; 1894 - aquisição por António Carlos da Silveira e Meneses e, posteriormente por Rafael Boim; Séc. 19, finais - existia ainda o presépio da casa velha (a 2ª), em barro colorido; Séc. 20 - adulteração da Casa Velha (capela do Presépio) que foi adaptada a moradia do hortelão, tendo conssrvado apenas a caixa exterior; 1929 - adulteração do retábulo colateral do Evangelho com aprofundamento do camarim e colocação de maquineta envidraçada, a expensas do devoto José Maria Trindade e tendo trabalhado nesta obra os carpiteiros calipolenses Carola e Gomes; 1969 - o imóvel passa dos herdeiros de Rafael Roim para Hugo Raposo que o transforma em residência particular tendo-se restaurado as dependências principais e salvo o recheio artístico subsistente; 1971 - data no nartex; 1998 - servia de residência a alguns padres da paróquia; 2006 - está temporariamente cedido ao seminário de São José que se encontra em obras; 2007, Julho - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2011, 12 de Dezembro - publicado no DR nº 236, 2ª série, o Anúncio nº 18324/2011 de Projecto de decisão relativo à classificação como MIP da Igreja, Convento e Cerca; 2012, 02 novembro - publicação da classificação como Imóvel de Interesse Público da igreja, convento e cerca de Nossa Senhora da Piedade, em Portaria n.º 639/2012, DR, 2.ª Série, n.º 212.

Dados Técnicos

O sistema hidráulico da cerca está estruturado para funcionar por captação de água de mina e poços que é armazenada em cisterna e tanques e distribuída através de caleiras por acção da gravidade.

Materiais

Alvenaria mista rebocada e caiada; pavimentos de tijoleira artesanal e soalho de madeira; telha; mármore nas molduras de vãos e em elementos decorativos; xisto em elementos secundários (capeamento de degraus, peitoris); azulejo; talha. Material Vegetal: laranjeira (Citrus sinensis), oliveira (Olea europaea var. europaea).

Bibliografia

ESPANCA, Padre Joaquim Rocha, Memórias de Villa Viçosa, Cadernos Culturais da Câmara Municipal de Vila Viçosa, nº 22, ed. C. M. Vila Viçosa, Vila Viçosa, 1984; ESPANCA, Padre Joaquim Rocha, Compêndio de Notícias de Villa Viçosa, Concelho da Província do Alentejo e Reino de Portugal, s. ed., Redondo, 1892; ESPANCA, Túlio, Inventário artístico de Portugal, Distrito de Évora (Zona Sul), vol. I, ed. Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1978; ESPANCA, Túlio, Mosteiros de Vila Viçosa in a Cidade de Évora, Boletim da Comissão Municipal de Turismo, nº 53, Évora, 1970 - 1971, pp. 45 - 60; FARO, Frei João de, Fragmento Académico. Noticias geraes e particulares da Provincia da Piedade. Da regular observancia de Nº P. S. Francisco, s. ed., s.l., 1721; MONFORTE, frei Manuel de, Chronica da Provincia da Piedade, 2ª ed. Officina de Miguel Manescal da Costa, s.l., 1751; XAVIER, António Mateus, Das Cercas dos Conventos Capuchos (da Província da Piedade), contributo para a definição de uma política de recuperação, relatório de Trabalho de Fim de Curso na Licenciatura em Arquitectura Paisagista pela Universidade de Évora, Évora, 1998 (texto policopiado); XAVIER, António, Das Cercas dos Conventos dos Capuchos, Casa do Sul Editora, Centro de História da Arte da Universidade de Évora, Évora, 2006.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN/DSID, Carta de Risco

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN/DSID, Carta de Risco

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN/DSID, Carta de Risco; IANTT: Arquivo Histórico Ministério das Finanças - Autos de Inventário dos Bens Pertencentes aos Extintos Conventos da Ordem de São Francisco da Província da Piedade, 1834, cx. 2264

Intervenção Realizada

Observações

*1 - DOF: Igreja, Convento e Cerca de Nossa Senhora da Piedade; *2 - este convento, em conjunto com os conventos de Nossa Senhora da Consolação do Bosque de Borba, de São Francisco de Chaves, do Bom Jesus do Monte de Barcelos, e de Santa Sita em Tomar, entretanto fundados, formaram a Custódia de Santa Maria da Piedade em 1509 que veio a constituir em 1517 a Província da Piedade; Os Conventos Capuchos da Província da Piedade estabelecem-se, durante os sécs. 16 e 17, na proximidade de cidades ou vilas onde a coroa, o clero ou a nobreza permaneciam ou eram proprietários, particularmente os duques de Bragança, patrocinadores de muitos destes conventos, incluindo o de Viça Viçosa.

Autor e Data

António Xavier 1998 / Rosário Gordalina 2002 / Pereira de Lima 2006

Actualização

Rosário Gordalina 2007
 
 
 
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