Igreja Paroquial de Vilarandelo / Igreja de São Vicente

IPA.00001112
Portugal, Vila Real, Valpaços, Vilarandelo
 
Arquitectura religiosa, quinhentista ou seiscentista e barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal, composta de nave única e capela-mor, interiormente com tectos de madeira e iluminada axial e unilateralmente, com sacristia adossada à fachada lateral esquerda. Fachada principal terminada em empena truncada por dupla sineira e rasgada por portal dobrado, em arco de volta perfeita e aduelas largas, e óculo. Fachadas laterais rasgadas por porta travessa, em arco dobrado de volta perfeita e, a lateral direita, por janela de capialço na nave e capela-mor. A fachada posterior é cega e terminada em cornija recta. No interior apresenta coro-alto de madeira sobre duas colunas toscanas e património integrado em talha policroma e dourada barroca, tendo na nave duas capelas retabulares e dois retábulos colaterais em estilo nacional, no lado do Evangelho um púlpito de bacia rectangular e guarda plena em talha de transição, o qual é acedido por porta de verga recta, e, na capela-mor, o retábulo-mor de estilo nacional, de planta recta e três eixos. Igreja de construção quinhentista ou seiscentista conforme denotam as modinaturas dos portais, em arco dobrado e aduelas largas e regulares, tal como o arco triunfal, assente em pilastras com chanfro. A fachada principal, terminada em empena truncada por dupla sineira, integra-se numa das tipologias arquitectónicas mais comuns no distrito de Vila Real, apresentando os pilares laterais de sustentação dos vãos chanfro, o central ser decorado por florão e carranca, e assentarem em soco com volutas, florões e um sol. A sineira é coroada por cruz de Malta, identificando o antigo donatário da igreja. Em data posterior abriu-se na fachada posterior um pequeno vão ladeando o portal para iluminação do baptistério, com pia baptismal de decoração seiscentista, e colocaram-se duas mísulas para sustentação de alpendre. A nave possui a particularidade de apresentar as paredes laterais, a partir das capelas retabulares, e envolvendo o arco triunfal revestidas a apainelados de talha dourada, de estilo joanino, marcando assim o presbitério. Os retábulos laterais e colaterais, apesar de serem de estilo nacional, possuem já alguns elementos de transição para o joanino, apontando para uma execução mais tardia e, consequentemente, uma certa uniformização de decoração. Estes apainelados enquadram, no lado do Evangelho, o púlpito, e, do lado oposto, a janela e integram nicho com imaginária, protegida por baldaquino e falsos drapeados a abrir em boca de cena. Como se verificam noutras igrejas desta região com a capela-mor terminada em cornija recta, o tecto da mesma é em apainelados octogonais, neste caso, modernos e integrando lanternim envidraçado. O retábulo-mor apresenta um esquema longilineo e reaproveita lateralmente, talvez numa tentativa de o ampliar, dois painéis pintados com Santos, do séc. 17, provenientes de um antigo retábulo maneirista; estes foram envolvidos por frisos e apainelados de talha, de feitura recente. As paredes laterais da capela-mor apresentam pinturas murais, datadas de 1731, conforme inscrição subsistente, e ainda que muito repintadas, com Passos da Paixão de Cristo distribuídos em dois registos, tendo os do lado da Epístola sido parcialmente interrompidos pela abertura de uma janela.
Número IPA Antigo: PT011712310009
 
Registo visualizado 331 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta de nave única e capela-mor, mais estreita e à mesma altura, tendo adossado à fachada lateral esquerda sacristia rectangular irregular. Volume único com cobertura homogénea em telhado de três águas na igreja, integrando na capela-mor lanternim envidraçado, e de uma na sacristia, esta na continuidade da primeira. Fachadas em cantaria aparente, de aparelho regular, assentes em soco e terminadas em cornija sobreposta por beirada simples. Fachada principal virada sensivelmente a O. e terminada em empena truncada por dupla sineira, com vãos em arco de volta perfeita, sobre pilares, albergando sino, e rematada em empena, coroada por cruz de Malta de cantaria; as sineiras assentam em soco corrido, decorado nos extremos por voluta, ao centro por florão e lateralmente por um sol; os pilares das sineiras têm chanfro e o central é frontalmente decorado com duas almofadas côncavas, ornadas com florão e carranca. A fachada é rasgada por portal em arco dobrado de volta perfeita, o interior assente em dois colunelos, que se prolongam emoldurando o arco, com aduelas largas e regulares, e por óculo circular, moldurado e gradeado; à esquerda do portal abre-se ainda um pequeno vão rectangular e sobre ele surgem duas mísulas de sustentação de antigo alpendre. Fachadas laterais rasgadas por porta travessa, em arco dobrado de volta perfeita, o interior assente em colunelo e igualmente com aduelas largas; na fachada lateral esquerda a sacristia, terminada em meia empena, é rasgada a O. por porta de verga recta; na fachada oposta, rasga-se uma janela de capialço na nave e outra na capela-mor e possui ainda adossado, sensivelmente recuado à frontaria, escada de cantaria, com guarda de ferro, de acesso à cobertura e às sineiras. Fachada posterior da capela-mor cega e terminada em empena recta e a da sacristia em meia empena, rasgada por janela de capialço, encimada por um silhar contendo cruz de Malta relevada. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, à excepção da parede fundeira da nave, a qual tem pavimento em soalho e tecto de madeira, em masseira, sobre friso e cornija do mesmo material, e com tirantes de ferro. Coro-alto de madeira assente em duas colunas toscanas, com guarda em balaústres torneados de madeira, possuindo acesso por escada de cantaria, disposta no lado da Epístola; no arranque da escada, possui pia de água benta cilíndrica ornada exteriormente por folhas largas. No lado do Evangelho dispõe-se a pia baptismal, de bacia circular, com a zona inferior de largas espiras e a superior com almofadas rectangulares relevadas, assente em pé cilíndrico decorado com almofadas iguais; na parede existe pequeno armário de alfaias embutido e painel de azulejos, monocromos azuis sobre fundo branco, com representação do Baptismo de Cristo. Portas travessas ladeadas por pias de água benta gomeadas, seguidas de dois confessionários embutidos, confrontantes, um de cada lado. Seguem-se duas capelas laterais retabulares confrontantes, albergando retábulos de talha, policroma e dourada, de planta recta e um eixo. O resto das paredes laterais são revestidas a apainelados de talha policroma e dourada, formando três ou quatro registos sobrepostos, decorados com acantos enrolados, cartelas, pequenos concheados, aves e outros elementos fitomórficos. No lado do Evangelho integra púlpito, de bacia rectangular, com guarda plena em talha com o mesmo tipo de decoração, tendo sob a bacia florão e acantos enrolados, e sendo acedido por porta de verga recta, emoldurada a acantos relevados; no lado da Epístola tem confrontante janela de capialço com vitrais. O apainelado que se segue a estes vãos integra a meio mísula com imaginária, encimada por baldaquino com lambrequim e com falsos drapeados a abrir em boca de cena, relevados. Arco triunfal dobrado, com as juntas pintadas de branco, sobre pilastras com chanfro, ladeado por dois retábulos colaterais, em talha policroma e dourada, de planta recta e um eixo, os quais se prolongam em apainelados de talha, ornados de acantos enrolados, festões, putti, e florões, unidos no sentido do raio. Capela-mor com as paredes apresentando pinturas murais, dispostas em dois registos, marcados por cornijas, representando Passos da Paixão de Cristo. Sobre supedâneo acedido por três degraus, surge o retábulo-mor, em talha policroma e dourada, de planta recta e três eixos, definidos por quatro colunas torsas, decoradas por pâmpanos e aves, assentes em plintos paralelepipédicos ornados de florões ou querubins, consolas e plintos com losangos, e de capitéis coríntios; ao centro abre-se tribuna, com boca ornada com friso de acantos enrolados, e interiormente com cobertura em caixotões de acantos, de fundo pintado por glória de anjos e com resplendor relevado contendo glória de querubins, albergando ainda trono expositivo, de vários degraus facetados e decorados com acantos e querubins; nos eixos laterais surgem apainelados sobrepostos por mísula com imaginária; ático em espaldar adaptado ao perfil da cobertura, com três arquivoltas, duas torsas com pâmpanos e aves, e a central lisa com apainelados de acantos enrolados, unidos no sentido do raio; sotobanco com a base da tribuna facetada, ornada de acantos, aves e querubins, integrando sacrário com porta oval, pintada com custódia. Altar paralelepipédico tendo no frontal cartela central rectangular com a inscrição relevada IHS, inserida numa outra pintada com flores e concheados e moldura de motivos vegetalistas. O retábulo é ladeado por duas portas, com almofadas côncavas contendo florões, encimado por painel rectangular, disposto na vertical, pintado com Santos, enquadrado por friso convexo ou acantos e apainelado fitomórfico. Tecto de madeira com apainelados octogonais, tendo ao centro lanternim. Sacristia com as paredes em alvenaria de granito aparente, pavimento em soalho de madeira e tecto plano, também de madeira, envernizada; possui armário embutido e pequeno lavabo de espaldar rectangular, disposto na vertical, terminado em cornija, com florão contendo torneira encimado por reservatório em arco de volta perfeita; frontalmente tem bacia cilíndrica, exteriormente gomeada.

Acessos

Vilarandelo, EN. 213 (Valpaços - Chaves)

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984

Enquadramento

Rural, isolado, no interior da povoação, desenvolvida em cinco bairros e da Igreja e ao longo da estrada que a acede e que a atravessa e nas imediações da mesma. Insere-se num adro, adaptado ao declive do terreno, murado e acedido posteriormente por vários degraus, sendo parcialmente rodeado de habitações e tendo a fachada principal virada às hortas. O adro possui pavimento em paralelos de granito e, à volta da igreja, faixa em cantaria de granito. À volta da igreja dispõe-se uma Via sacra, composta por 14 cruzeiros e formando Calvário.

Descrição Complementar

Capelas retabulares de estrutura semelhante, em arco de volta perfeita, revestida a talha policroma e dourada, tendo frontalmente duas colunas torsas, de fuste decorado por pâmpanos e aves, sobre plintos paralelepipédicos, com anjo atlante e acantos, e de capitéis coríntios, que se prolongam numa arquivolta torsa com a mesma decoração e florão na chave; são ladeadas por duas pilastras sobrepostas, de fuste ornado de acantos e aves, igualmente assentes em plintos, com aves e acantos, as quais, juntamente com dois quarteirões, sustentam friso de acantos e o ático, em espaldar recortado, com cartela contendo símbolos alusivos ao antigo orago, e elementos vegetalistas enrolados; no alinhamento dos quarteirões, dispõem-se duas fénices. A capela do lado do Evangelho alberga painel pintado com motivos florais, sobreposto por mísula com imaginária, delimitado por friso com acantos relevados, e tem sotobanco com apainelados de florões e motivos vegetalistas relevados. A capela do lado da Epístola possui boca com motivos rendilhados e interiormente tem paisagem pintada e alberga imaginária. Altares paralelepipédicos com frontal decorado, o do lado do Evangelho com motivos fitomórficos inseridos em painel rectangular e na moldura envolvente, e o do lado oposto com concheados e cartelas. Retábulos colaterais de planta recta e um eixo definido por duas colunas de fuste torso, decorado por pâmpanos e aves, sobre mísulas com atlantes e de capitel coríntio, e sobre duas pilastras, decoradas com acantos enrolados, que se prolongam nas duas arquivoltas do ático, com a mesma decoração e unidas no sentido do raio; ao centro possui nicho em arco de volta perfeita, com boca rendilhada, interiormente pintado com flores e albergando imaginária sobre mísula; o do lado do Evangelho possui na parte inferior do nicho painel pintado alusivo às Almas; as arquivoltas do ático são ainda encimadas por entablamento e espaldar recortado composto por elementos fitomórficos de talha vazada. Os retábulos são ladeados por duas pilastras de fuste decorado por acantos e aves, sobre plintos paralelepipédicos com a mesma decoração e de capitéis coríntios, que sustentam os apainelados de talha que revestem toda a parede testeira da nave, envolvendo o arco triunfal. Possuem altares tipo urna, tendo no frontal cartela com concheados e elementos fitomórficos relevados. As pinturas murais nas paredes da capela-mor representam, no lado do Evangelho: no registo inferior a Última Ceia (com a inscrição CEA), o Lava-pés (LAVA PÉS) e Cristo orando no horto (HORTO) e, no segundo registo Prisão de Cristo (PRIZAM), Pedro negando a Cristo (NEGAÇAM D. PEDRO) e Cristo perante Caifás (CAIFÁS PONTIFICE); no lado da Epístola representam, no primeiro registo a Flagelação (PREZO À COLUNA), a Coroação de espinhos (COROA DE ESPINHOS) e uma outra cena que foi interrompida pela abertura da janela e, no segundo registo Cristo a caminho do Calvário (CRUS ÀS COSTAS), Calvário (PREGADO NA CRUS) e Descida da cruz (... DA CRUS). Sob as pinturas do lado do Evangelho tinha a inscrição: O PADRE FREI JOÃO LOPES NATURAL E REITOR NESTA IGREJA SE SÃO VICENTE DE VILHARANDELO MANDOU e no lado da Epístola existe friso com a inscrição: DOVRAR E PINTAR ESTA CAPELA MAIOR NO ANNO DE MYL E SETE CENTOS Y TRINTA E HUM. No adro existe silhar com a inscrição, em duas regras, 1721 ANTOGLZ, assente em coluna facetada. A Via Sacra que se dispõe à volta da igreja é composta por 14 cruzeiros, compostos por plinto, marcando base e remate em cornija de quarto de círculo convexo direito, e por cruz, de braços com secção quadrangular, tendo na zona de encontro na face frontal cruz de Malta inserida num círculo; inferiormente as cruzes são numeradas, começando o percurso por contornar a fachada lateral direita. O cruzeiro que ladeia, à esquerda, o portal principal é mais elaborado; apresenta plinto paralelepipédico, com faces de almofadas côncavas, a frontal inscrita com a data de 1726, e a cruz de braços igualmente de secção quadrada, mas percorrida por filete, tendo na zona de encontro coroa de espinhos, encimada por cartela inscrita por INRI e nos braços um prego relevado. Junto à fachada posterior surge o Calvário, composto por dois cruzeiros simples (o número 6 e o 7) e o central mais elaborado. Possui sobre o soco, composto por três degraus adaptados ao declive, plinto piramidal de duas secções, a inferior em rampa e a superior em faixa, tendo orifício para encaixe da coluna, com base e fuste canelado, de terço inferior com canelunas mais apertadas, e de capitel coríntio; sobre este tem a cruz latina, de braços de secção octogonal.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 13 - a povoação, com povoamento muito antigo e nas imediações da qual passava uma estrada romana, aparece no termo de Chaves; séc. 16 / 17 - época provável da construção da igreja; 1663 - data do primeiro registo de baptismos documentado; 1664 - data do primeiro registo de casamentos e de óbitos documentado; séc. 17 / 18 - provável construção do cruzeiro posterior do adro; 1706 - a igreja era vigairaria da Ordem de Malta, da comenda de São João de Corveira, pertencendo ao termo e comarca de Chaves, ouvidoria e comarca de Bragança; Vilarandelo tinha 152 fogos; 1721 - data inscrita num silhar, sobre coluna, existente no adro; 1726 - data inscrita na face frontal do plinto do cruzeiro que ladeia o portal axial; 1731 - pintura das cenas da Paixão de Cristo nas paredes laterais da capela-mor por ordem do reitor da igreja, João Lopes, conforme atesta a inscrição existente sob as mesmas; 1748 - data do primeiro registo de testamentos documentado; 1755, 1 Novembro - a igreja não sofreu ruína no terramoto; 1758, 9 março - segundo o padre Manuel de Sequeira Rebelo nas Memórias Paroquiais, a freguesia era da Ordem de Malta, sendo o donatário o comendador de São João da Corveira, na altura Frei Paulo Guedes Pereira Pinto, termo de Chaves, comarca de Vila Real e do arcebispado de Braga; tinha 220 vizinhos e 590 pessoas de comunhão; a paróquia ficava na borda do lugar, mística com as casas, e a igreja de nave única tinha cinco altares, o altar-mor do Santíssimo Sacramento, o colateral do Evangelho dedicado à Nossa Senhora do Rosário e o da Epístola de São Pedro, e os laterais com invocação do Santo Cristo e das Almas; tinha a Irmandade das Almas, que é do Coração de Jesus; o pároco é vigário da apresentação do comendador de São João da Corveira, recebendo anualmente 80 alqueires de centeio, 22 alqueires de trigo, 62 almudes de vinho cozido, 7$000 em dinheiro e 8 libras de cera; séc. 18 - feitura dos retábulos, púlpito e apainelados de talha; 1846, 15 novembro - a paróquia foi saqueada pelas tropas do general, barão e conde do Casal na sequência do ataque de Valpaços; 1878 - segundo o censo tinha 292 fogos e 1.221 habitantes; 1922, 22 abril - integrada na diocese de Vila Real, após a sua criação; 1940, década - ciclone provocou a queda da sineira; séc. 20, meados - deslocação do cruzeiro posterior, que estava mais perto das escadas do adro, para junto da capela-mor; 1953 - descoberta de pinturas murais nas paredes laterais da capela-mor; 17 fevereiro - o padre José Carvalho de Azevedo solicita à DGEMN a ida de um técnico a Vilarandelo para verificar se as pinturas referentes à Paixão de Cristo na capela-mor mereciam ser restauradas; 28 Dezembro - informa-se que os frescos foram pintados a óleo, "trabalho de mau gosto" e feito por um "péssimo curioso", inutilizando a pintura existente, da qual só foi possível verificar um ligeiro vestígio junto ao arco triunfal; era assim impossível avaliar a técnica primitiva; 1978, 11 dezembro - elaboração do processo de classificação da igreja; 1979, 8 março - despacho do Secretário de Estado da Cultural determinando a classificação da igreja como imóvel de interesse público; a Comissão Fabriqueira protestou da determinação de classificação, até porque tinha adquirido materiais de construção, nomeadamente madeira de forro estrangeiro, por cerca de 2 centenas de contos, para obras urgentes, devido ao tecto estar apodrecido e em perigo iminente de ruína; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito aparente; paredes interiores rebocadas e pintadas ou em alvenaria de granito aparente; cruz, pia baptismal e pias de água benta, colunas em cantaria de granito; portas de madeira pintada; pavimento em soalho de madeira e em lajes de granito; coro-alto e tectos em madeira envernizada; retábulos laterais, colaterais, retábulo-mor, púlpito e apainelados revestindo as paredes em talha policroma e dourada; pinturas murais; vãos com vidros policromos; grades em ferro; cobertura de telha.

Bibliografia

CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. III, Distrito de Vila Real, p 38; LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 11, Lisboa, 1886; MARTINS, A. Veloso, Monografia de Valpaços, Porto, 1978; PARENTE, Padre João, Os Cruzeiros da Diocese de Vila Real, s.l., 2004; VALBEL, Joaquim de Castro Lopo, O Concelho de Valpaços, Lourenço Marques, 1954.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH (DGEMN:DSARH-010/274-0005), DGEMN/DREMN, cx. 0031/19

Intervenção Realizada

Proprietário: 1979 - obras urgentes de beneficiação geral dos telhados, limpeza de paramentos de fachadas, pintura de portas e melhoramentos interiores, que incluíram a limpeza dos altares, arranjo das paredes e pavimento; 2005 - arranjo do adro e escada de acesso ao mesmo.

Observações

*1 - O topónimo Vilarandelo, tem origem germânica, sendo diminuitivo medieval de Vilaranda. *2 - A igreja deveria existir antes da instituição da freguesia, tendo sido depois aumentada.

Autor e Data

Isabel Sereno e Paulo Dordio 1994 / Paula Noé 2009

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login