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Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal
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Descrição
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Planta centralizada, quadrangular. Coincidência entre exterior e interior. Massa simples, horizontal, com cobertura em telhado de 4 águas. Fachada principal virada a S. de 3 panos e 2 pisos, marcada horizontalmente por rodapé, moldura divisória dos andares e cornija saliente, verticalmente por pilastras e cunhais apilastrados de junta fendida; panos laterais rasgados por uma janela moldurada com lintel arquitravado em cada piso; pano central recuado com paramento de junta fendida no piso térreo, rasgado por 3 portas, a que se sobrepõe varanda corrida com guarda de ferro apoiada em gordas mísulas, para a qual abrem 3 portas-janelas de verga semicircular; 3 mísulas iguais às do piso térreo sustentam a cornija; no piso térreo e alternando com as mísulas, as iniciais "C.M.E."; adossado ao balcão central da varanda a pedra de armas da vila. Fachadas laterais de 2 pisos e tramo único ladeado por cunhais apilastrados de junta fendida e marcado horizontalmente por rodapé, moldura divisória dos andares e cornija saliente; rasgamento de 4 janelas molduradas e uma janela bífora de verga recta em cada andar. Fachada posterior com idêntico enquadramento, rasgada por 2 janelas simples e 2 janelas bíforas em cada piso. INTERIOR: as portas do piso térreo dão acesso a um átrio que estabelece a comunicação com várias divisões distribuídas regularmente e com a ampla casa da escada em posição central; a escadaria, antecedida por candeeiros em ferro apoiados em pilares e rodeada por balaustrada em ferro, parte de um lanço central, repartindo-se em 2 lanços paralelos a partir de um patamar intermédio; a casa da escada é coberta por tecto plano em vitral decorado com medalhões circulares enquadrando o escudo português e cruzes de Cristo; o átrio superior em torno da escadaria estabelece a comunicação com várias salas que abrem para as 4 fachadas; destaca-se o salão nobre com silhar em madeira abrindo para a varanda da fachada principal e uma balaustrada divisória de colunas torsas. |
Acessos
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Lg. José Duarte Coelho |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, planície, isolado. O edifício implanta-se numa plataforma empedrada rodeada por rampas relvadas e arborizadas, na praça principal da povoação, junto ao viaduto Eugénio Dias Poitout. Uma escadaria antecede a fachada principal. Situado em frente ao Edifício do Antigo Mercado Diário, actual Centro Cultural do Entroncamento (v. 1410010003). |
Descrição Complementar
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Pedra de armas da vila: sobre um fundo negro um disco de sinalização, fechado de vermelho, orlado de prata e hasteado de ouro, entre 2 perfis de carris de ouro; coroa de 5 torres de prata; listel branco com a inscrição a negro "Entroncamento". Na escadaria destacam-se vasos cerâmicos decorados ao gosto hispano-mourisco. |
Utilização Inicial
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Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
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Política e administrativa: câmara municipal |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Henrique Sequeira (engº) |
Cronologia
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1926, 25 de Agosto - criação da freguesia do Entroncamento, integrada no concelho de Vila Nova da Barquinha, englobando terrenos que até então pertenciam a freguesias dos concelhos de Torres Novas e de Vila Nova da Barquinha; 1936, Outubro - início da construção do edifício, encomenda da Junta de Freguesia do Entroncamento, para sede da nova freguesia do Entroncamento, no local da Fábrica de Refrigerantes Capela; 1945, 24 de Novembro - criação do novo concelho do Entroncamento; 1946, 28 de Julho - conclusão do edifício, que passa a funcionar como sede da nova autarquia. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de tijolo rebocada e pintada a rosa (exterior), estucada e pintada a branco (interior); cantaria nos cunhais, pilastras, mísulas, molduras de vãos, escadaria; cobertura exterior de telha cerâmica; pavimentos em madeira, cantaria e materiais cerâmicos; portadas e caixilhos em madeira; janelas em vidro simples; cobertura da escadaria em vitral; ferro fundido em janelas, caixas de ar condicionado, balcões e balaustradas; lambril e balaustrada do salão nobre em madeira. |
Bibliografia
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A Hora, edição especial, Santarém, 24 de Novembro de 1968; LOPES, Maria Madalena, Entroncamento - o caminho de ferro, factor de povoamento e de urbanização, Entroncamento, 1995; ROSÁRIO, Paula Gama do, Entroncamento - do mito do progresso à realidade presente, Entroncamento, 1996. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1. No local onde viria a nascer o Entroncamento existiam 2 pequenos aglomerados, o Casal das Vaginhas, no local onde se encontra a Capela das Vaginhas (v.141001001), e o Casal das Gouveias, documentalmente identificáveis desde o séc. 16; nas suas imediações surgiu, na encruzilhada das estradas que ligavam Torres Novas, Golegã e Vila Nova da Barquinha, a aldeia da Ponte da Pedra. *2. O desenvolvimento do Entroncamento está intimamente associado à criação da linha de caminhos de ferro do Norte e do Leste. A 22 de Maio de 1864 é inaugurado o troço da linha do Norte com a do Leste, sendo bentão criado o "Entroncamento da Ponte da Pedra", de onde derivaria mais tarde a designação da povoação. Foi elevada a vila em 1932, contando então c. de 5000 habitantes e 1.185 prédios urbanos; a 24 de Novembro de 1945 foi transformada em sede do novo concelho; é cidade desde 20 de Junho de 1991. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 2001 |
Actualização
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