Em 1957, na área da sua vida política, fundou, juntamente com Francisco Sousa Tavares, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares. Em 1958, manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado. Em 1959, encontra-se entre os signatários da carta coletiva contra a política repressiva de Salazar.
Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo diretório presidiu. Foi subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III governos provisórios, e secretário de Estado da mesma pasta, já no I governo constitucional, chefiado por Mário Soares. Em 1979, alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República, consecutivamente, nas legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983 integrou o VIII governo constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como ministro de Estado e da Qualidade de Vida, assumindo um papel preponderante no estabelecimento de um regime sobre o uso da terra e o ordenamento do território, ao criar as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Diretor Municipal.
No plano da arquitetura paisagista, dirigiu, de 1971 a 1974, o sector de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação.
O projeto mais reconhecido da sua carreira é o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e que lhe valeu, ex-aequo, o Prémio Valmor de 1975.
É pelo trabalho ímpar e pelos contributos para a disciplina, ao longo da sua vida, que em 2013 é distinguido com o prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído pela International Federation of Landscape Architects (IFLA).
Em 25 de janeiro de 2006, o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles assinou um contrato de comodato com a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, a partir do qual procedeu à entrega de um valioso espólio pessoal, que fica à guarda do Estado português, constituído dominantemente por desenhos e projetos na área da arquitetura paisagista e do espaço urbano, e por outros documentos textuais de caráter profissional e biográfico.
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra atualmente o acervo pessoal do arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, constituído por um núcleo de 584 unidades arquivísticas que reúnem documentação gráfica, fotográfica e textual produzida entre 1946 e 2005. A uma variedade de registos corresponde uma não menos diversa riqueza de obras de natureza programática diversa.
No final de 2019 e durante o corrente ano de 2020 foi desenvolvido um projeto de salvaguarda e valorização SIPA do arquivo pessoal e espólio do arquiteto Ribeiro Telles no âmbito do projeto Rossio. Neste momento encontra-se finalizado o tratamento técnico-arquivístico, inventário exaustivo de todo o arquivo GRT depositado no Forte de Sacavém. Os trabalhos de tratamento técnico encontram-se em curso, bem como a investigação de todos os seus conteúdos.
Seguir-se-á, nos primeiros meses de 2021, a fase da transferência de suporte/digitalização sistemática de todas as espécies que compõem este arquivo pessoal, que poderá ser consultado neste site, em “Pesquisar Arquivos e Coleções” [Autor: Gonçalo Ribeiro Telles]
Em suma, a integração do arquivo pessoal e espólio do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles no contexto dos arquivos do SIPA/DGPC é do maior interesse, constituindo uma fonte privilegiada na leitura da evolução histórica, social e regional em que a obra do arquiteto se circunscreve, portadora de informação única e autêntica, bem como complementa as fontes documentais já presentes no Forte de Sacavém.