Património classificado do concelho de Mafra
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Lisboa, Mafra |
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Elaborado no âmbito da atualização dos inventários da DGPC, nomeadamente no quadro do património arquitetónico, este inventário integra um total de trinta e um imóveis, um povoado e parte de um conjunto arquitetónico, alvo de proteção legal situados no concelho de Mafra. Na sequência de uma atualização natural dos registos de inventário geográfico, impulsionada pelas comemorações, em 2017, do tricentenário do início da obra do Monumento de Mafra, da entrega do seu dossiê de candidatura para a inscrição na lista indicativa do Património Mundial da Unesco e da revisão da sua classificação como Monumento Nacional, agora de conjunto (Real Edifício de Mafra — Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada), a seleção destes imóveis tem, assim, como denominador comum uma identidade geográfica e uma unidade administrativa.
Integrado na Área Metropolitana de Lisboa, a noroeste da capital, na denominada região saloia, o atual município de Mafra abrange um território de 291,65 km², marcado por uma geografia acidentada, que se desenvolve entre montes verdejantes, com destaque para a Serra do Socorro, no seu limite nordeste, vales férteis por onde correm vários cursos de água, que permitiram o desenvolvimento de uma área predominantemente agrícola, contribuindo para o abastecimento da capital, e por um litoral de arribas altas e rochosas, de forte componente piscatória. Apresenta um clima temperado e um forte índice de humidade relativa. Habitam-no, atualmente, 76 685 habitantes[i], distribuídos pelas suas onze freguesias, a saber: Azueira e Sobral da Abelheira; Carvoeira; Encarnação; Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário; Ericeira; Igreja Nova e Cheleiros; Mafra; Malveira e São Miguel de Alcainça; Milharado; Santo Isidoro; Venda do Pinheiro e Santo Estêvão das Galés. O concelho é delimitado, a norte, pelo município de Torres Vedras, a nordeste, pelo de Sobral de Monte Agraço, a leste, pelo da Arruda dos Vinhos, a sueste, pelo de Loures, a sul, pelo de Sintra, e, a oeste, pelo oceano Atlântico.
Habitado desde as épocas mais remotas, o atual território concelhio apresenta uma grande variedade de testemunhos patrimoniais, num leque temporal que abrange o Paleolítico inferior e segue até à atualidade, sendo a lista daqueles que usufruem de proteção legal o espelho desta mesma diversidade cronológica e tipológica. Assim, na apresentação deste inventário, que mais não é do que um roteiro pelo património classificado do município mafrense, optou-se pela sua divisão pelas diversas tipologias apresentadas, procurando encontrar as suas similitudes e o que possuem de caracterizador, conscientes, porém, de que estas não se esgotam nestes imóveis, nem tão-pouco nos limites concelhios.
I. A arquitetura religiosa
O património arquitetónico religioso é, de longe, o mais representativo de entre o património classificado do município de Mafra. A esta categoria pertencem vinte e dois dos trinta e um imóveis considerados, desde logo, o monumento primaz do município, o Real Edifício de Mafra (Convento/Palácio/Basílica), a que acrescem treze igrejas paroquiais, sete capelas/ermidas e uma igreja de Misericórdia.
1. Convento / Basílica / Palácio de Mafra
Conjunto arquitetónico barroco, de matriz italiana, constituído por palácio real, basílica e convento franciscano, a que se juntam um jardim barroco e uma tapada real, construído ininterruptamente entre 1717 e 1744, por iniciativa e sob estreita supervisão de D. João V (1689 – 1750), segundo projeto original do arquiteto João Frederico Ludovice (1673 – 1752), que terá contado com projetos parciais, elaborados no decurso da obra, como forma de responder aos sucessivos aumentos, sem, no entanto, nunca perder uma invulgar coerência e harmonia construtiva. Habitualmente comparado com o Mosteiro do Escorial, perto de Madrid, o complexo de Mafra surge, antes de mais, como uma impressionante afirmação do poder absoluto, do Império Português e da legitimação da Casa de Bragança.
Apresenta um programa arquitetónico único, conseguido a partir de uma planta poligonal, composta pela justaposição de dois grandes corpos retangulares, um principal, a ocidente, que comporta o paço real e a basílica, e um secundário, a nascente, que abrange o antigo palácio dos infantes e o convento. A fachada principal está orientada a ocidente, desenvolvendo-se numa extensão total de 220 metros, simetricamente a partir da basílica, que ocupa o seu pano central, interrompendo e, simultaneamente, unificando os palácios do rei (a norte) e da rainha (a sul), através da Sala da Bênção, destinada ao soberano, que abre sobre o terreiro frontal e sobre a nave, assumindo o seu papel de basílica patriarcal e de capela real. É rematada por dois grandes torreões monumentais, claramente influenciados por aquele que Filipo Terzi havia desenhado para o lisboeta Paço da Ribeira. As imponentes fachadas palacianas apresentam um classicismo rigoroso, de grande sobriedade. Ao centro, a fachada da basílica, monumental, observa uma cuidadosa interpretação das ordens, a toscana nas colunas de acesso à galilé, a compósita da fachada da igreja e a ladear o portal de acesso. As torres sineiras, altas, elegantes e com um dinamismo que lhe é transmitido pelo jogo de côncavo/convexo, a cúpula e o lanternim denotam um barroco de influência “borrominiana”. Interiormente, a residência palaciana apresenta uma funcionalidade de organização vertical, cozinhas na cave, despensas e ucherias no piso térreo, o primeiro piso/piso nobre destinado à família real, o segundo piso aos camaristas e membros da corte, e a mansarda aos criados, sendo as salas ocidentais do andar nobre reservadas às funções sociais, os torreões aos aposentos privados e as alas norte e sul à vivência quotidiana, no final destas estavam os aposentos dos infantes. A basílica apresenta planta em cruz latina com os braços e a abside em semicírculo, composta por galilé retangular, nave única, com seis capelas laterais retabulares, profundas, intercomunicantes, transepto saliente servido de duas capelas retabulares, duas capelas absidais, também retabulares, e capela-mor profunda. Na sua volumetria destaca-se o zimbório que se ergue sobre tambor vazado por oito janelas, com molduras profusamente trabalhadas e a grande cúpula. Ricamente decorada, a igreja apresenta-se como um “templo todo de mármore”, em que este material está presente na cobertura da nave, em abóbada de berço, no cruzeiro e cúpula do zimbório, nas colunas e arcos de acesso às capelas laterais, na capela-mor e capelas do transepto com cobertura em abóbada de aresta; no pavimento, de calcário rosa, preto e branco, formando elementos florais estilizados; nos retábulos, feitos à romana e nas cinquenta e duas estátuas de vulto de encomenda italiana. Ao mármore aliam-se os metais e as telas com pintura a óleo. Toda a decoração da basílica foi cuidadosamente encomendada e elaborada para o local, onde só se empregaram materiais nobres, sendo de notar a ausência total de talha dourada tão usual no barroco joanino nacional. O edifício conventual desenvolve-se em torno de um grande claustro, o jardim de buxo, merecendo realce a sua botica e as enfermarias, o Campo Santo e a sua capela, o corredor das aulas e a Sala dos Atos Literários, para além do grande refeitório e da elegante Sala do Capítulo. No entanto, na área conventual, o principal destaque vai para magnifica biblioteca, ou Real Livraria de Mafra, desenhada por Manuel Caetano de Sousa (1738 – 1802), com planta em cruz latina, cobertura de caixotões em mármore branco, pavimento em mármore axadrezado rosa, preto e branco, e com elegantes estantes rococó em talha branca.
2. Igrejas paroquiais
As igrejas paroquiais constituem o principal conjunto de monumentos deste inventário. A organização paroquial do território, efetuada após a Reconquista Cristã, levou à fundação de igrejas em quase todas as atuais sedes de freguesia do concelho, durante os séculos 13 e 15. No entanto, apenas a Igreja de Santo André, antiga paroquial da vila de Mafra, mormente após o restauro efetuado pela Direção-Geral do Edifícios e Monumentos Nacionais na década de trinta do século 20, conserva a sua estrutura tardomedieval. Trata-se de um templo gótico arcaizante, com portais em alfiz, interior escassamente iluminado a partir de frestas nas naves colaterais e de rosáceas nas paredes testeira e fundeira da nave central. É composta por três naves, separadas por arcadas baixas assentes em largas colunas, com capitéis de decoração fitomórfica e capela-mor abobadada com abside poligonal e iluminada por elegante fresta trilobada na sua parede testeira. É possível que este modelo se tenha reproduzido noutras igrejas concelhias, como as de São Miguel de Alcainça, ou de São Miguel do Milharado, ambas com vestígios que permitem supor que seriam inicialmente templos de três naves. Também na Igreja Paroquial de Cheleiros é possível identificar elementos construtivos medievais, como seja o portal gótico, em arco quebrado, em alfiz.
As igrejas do concelho, mesmo as de fundação medieva, sofreram quase todas campanhas construtivas posteriores, por vezes mesmo de reconstrução, que em muito as alteraram. A primeira destas campanhas terá ocorrido logo no reinado de D. Manuel I (1469 - 1521), sendo muitos os vestígios de uma decoração de gramática manuelina em vários imóveis mafrenses. Este estilo ornamental é visível nos portais das igrejas paroquiais de Santo André de Mafra, Nossa Senhora do Reclamador de Cheleiros (com pia de água-benta incrustada), São Miguel do Milharado e Nossa Senhora da Conceição de Igreja a Nova; nos arcos triunfais de Nossa Senhora do Reclamador de Cheleiros e de Santo Isidoro; nas abóbadas das capelas-mores de Santo André, Nossa Senhora do Reclamador de Cheleiros, Nossa Senhora da Assunção de Enxara do Bispo, São Miguel de Alcainça e São Miguel do Milharado; ou em pias batismais e de água-benta de Nossa Senhora do Reclamador de Cheleiros, Nossa Senhora da Assunção da Enxara do Bispo, Nossa Senhora da Conceição de Igreja a Nova, São Miguel de Alcainça, etc.
Ainda do século 16 e da centúria seguinte datam as grandes obras de ampliação dos templos, que passam a ser (todos à exceção de Santo André de Mafra) de nave única, abobadada, ou tripartida em teto de masseira, e uniformemente iluminada, e de enriquecimento do interior dos mesmos, que, por estas datas, recebem obras de pintura, revestimentos azulejares e imagética.
A construção do Monumento de Mafra, obra cimeira do reinado de D. João V (1689 - 1750), que decorreu a partir de 1717, tornando-se uma “escola” para a arte de construir, foi um dado marcante do início do século 18 no concelho, que se pode replicar em alguns elementos construtivos de algumas das paroquiais do atual município, particularmente na imponente galilé da paroquial de Vila Franca do Rosário (que, todavia, possivelmente pelos danos do sismo setecentista, haveria de ficar inconclusa) ou na fachada principal da paroquial da Encarnação.
Por último, e ainda relativamente às paroquiais de Mafra, não podemos esquecer os grandes danos sofridos pelo terramoto de 1 de novembro de 1755 e a necessidade de, para satisfazer o culto, reerguer aceleradamente os templos, cuja feição atual é, essencialmente, marcada pelo tardobarroco pós-terramoto. Nesta situação encontram-se as paroquiais de São Pedro dos Grilhões da Azueira e de São Silvestre do Gradil.
Todavia, não obstante todas as alterações sofridas no decurso dos séculos, podemos encontrar algumas semelhanças planimétricas entre as várias paroquiais: edifícios caracterizados por um exterior de tratamento arquitetónico austero, com galilé diante da fachada principal, podendo, por vezes estender-se às laterais, e por um interior organizado segundo um esquema planimétrico básico, de nave única e capela-mor, a que se adossam, lateralmente, os corpos da sacristia e de outros pequenos anexos; fachadas simples, rematadas em friso e beirado simples, sendo a principal, normalmente, terminada em empena triangular (por vezes curva), rasgada a eixo pelo portal encimado por vão retilíneo, e ladeada por uma ou duas torres sineiras, geralmente com cobertura em domo bolboso e com fogaréus nos acrotérios; interior de nave única, com maior ou menor riqueza decorativa, cobertura abobadada ou tripartida em masseira na nave, e em abóbada na capela-mor, iluminada uniformemente por janelas retilíneas rasgadas nas fachadas principal e lateral direita; coro-alto adossado à parede fundeira, sobre batistério; púlpito ao centro da nave, arco triunfal por vezes flanqueado por retábulos colaterais e capela-mor com parede testeira antecedida por retábulo expositivo.
3. Capelas e ermidas
Marcos da religiosidade popular, por todo o território nacional foram erguidas, durante todo o Antigo Regime, pequenas ermidas/capelas em local de romaria com origem em lenda fundacional, muitas destas dotadas de albergaria de apoio aos peregrinos que aí mantém a devoção. O território abrangido pelo atual concelho de Mafra não é aqui exceção, sendo que a este grupo pertencem as ermidas de Nossa Senhora do Codaçal, em Sobral da Abelheira; de São Julião, na Carvoeira; de Santa Cristina, na Azueira; e de Nossa Senhora do Socorro, na serra homónima, junto ao Gradil. Estes monumentos mantêm-se afetos ao culto, prosseguindo a funcionalidade para que foram criados, agora sem que as albergarias de apoio a peregrinos se mantenham em funções.
De entre o grupo das pequenas ermidas ocupam um papel especial, as ermidas do Espírito Santo, erigidas nos núcleos urbanos. Estas desempenham um papel fundamental na assistência às populações locais (garantindo alimento, acolhimento e tratamento), a peregrinos e viajantes. No concelho de Mafra terão existido ermidas do Espírito Santo com albergaria ou hospital anexo, nos locais de Asseiceira Grande, Azueira, Cheleiros, Enxara do Bispo, Ericeira, Gradil, Igreja Nova, Mafra e São Miguel de Alcainça. Destas não chegaram aos nossos dias as de Mafra (demolida já no século 20), da Ericeira, que terá sido substituída pela Igreja da Santa Casa da Misericórdia, também com hospital anexo, de fundação seiscentista, e a do Gradil, para a qual não existem quase notícias. Das remanescentes ermidas apenas fazem parte deste inventário as de Cheleiros e de São Miguel de Alcainça, por apenas estas serem alvo de proteção legal. Estes templos mantêm-se em atividade, funcionando como capelas mortuárias. No entanto, das albergarias anexas, provavelmente construídas em material mais perecível, apenas resta notícia e, no caso de Cheleiros, o portal setecentista erguido na Rua do Espírito Santo.
Em todas estas pequenas capelas podemos encontrar algumas características comuns: templos de pequenas dimensões e de feição rústica, que apresentam um exterior de tratamento arquitetónico austero, e uma planta, normalmente de orientação canónica, que se desenvolve segundo um esquema planimétrico básico composto pela articulação axial da nave única retangular, que pode ser precedida de galilé alpendrada, e capela-mor, mais estreita, quase quadrangular, a que se adossa, do lado esquerdo, o retângulo da sacristia, com porta independente de acesso ao exterior e com a mesma orientação do portal principal; fachadas rebocadas e caiadas a branco, muito sóbrias, percorridas, ou por soco e cunhais de cantaria, ou por faixa pintada a amarelo ocre ou azul cobalto; fachadas principal e posterior em empena triangular encimadas por cruz pétrea, sendo a principal rasgada axialmente por portal, manuelino encimado por óculo, ou de verga reta e moldura de alvenaria simples encimado por pequena janela retilínea servida de gradeamento; as fachadas laterais são rasgadas por vãos retilíneos com molduras simples de cantaria e rematadas por cornija saliente; cobertura telhada a duas águas. Interiormente, apresentam nave única com cobertura tripartida de madeira e capela-mor com cobertura em abóbada de berço.
Por último, no conjunto das pequenas capelas é de referir a hexagonal Capela de São Sebastião, na Ericeira, que marca o limite quinhentista desta povoação piscatória, erguida para a proteção do povoado em época de peste. Apresenta uma planta de características bastante inusuais para a região, resultante da articulação de um corpo inicial hexagonal, nave e capela-mor, e de um corpo retangular, acrescido posteriormente, para sacristia e dependências anexas. Exteriormente, mantém a feição rústica habitual, com as suas fachadas caiadas de branco. A sua cobertura é em domo hexagonal, com pináculos em forma de pinha no topo, na nave e capela-mor. Interiormente, apresenta as suas paredes murárias e a cúpula totalmente revestidas a azulejo de tapete de padrões seiscentistas.
4. Igreja de Misericórdia
Igreja da Misericórdia da Ericeira, barroca, foi construída em finais do século 17 ou inícios do 18, no local de uma antiga ermida do Espírito Santo e edifício da antiga enfermaria seiscentista adossado a sul. Integra-se, também ela, no conjunto de pequenas igrejas da denominada região saloia, apresentando características afins dos restantes imóveis, como um exterior de tratamento arquitetónico austero e um esquema planimétrico interior básico, resultado da articulação dos corpos da nave, capela-mor e sacristia, do pequeno corpo quadrangular da torre sineira, e, para sul, dos corpos das dependências anexas à sacristia e à enfermaria. Destaca-se neste imóvel o programa decorativo predominantemente tardobarroco, executado a partir de meados do século 18 e complementado por uma campanha decorativa oitocentista, já de gosto neoclássico. As dependências do antigo hospital servem hoje de arquivo-museu.
II. Arquitetura residencial
De entre os imóveis selecionados para inventário, ou seja, os classificados do concelho de Mafra, existem dois exemplares de arquitetura residencial.
1. Uma quinta barroca
Quinta do Pato, na Azueira. Casa senhorial com capela anexa, inserida em propriedade agrícola, construída por ordem dos morgados da Bandalhoeira na primeira metade do século 18. Apresenta a racionalidade própria de uma quinta barroca, quer na sua austera e elegante decoração, quer na disposição funcional articulando, o acesso ao solar com as dependências de apoio ao trabalho agrícola, em torno de um pátio retangular à face da rua, que também permite um acesso independente à capela da casa. A organização interior dos espaços será também a característica dos solares barrocos, estando o primeiro piso reservado às áreas de serviço, com entrada igualmente pela fachada sul, por porta de verga curva. O piso nobre, segundo piso, é servido de átrio, reservando para a zona virada à rua, as áreas sociais e, para as fachadas poente e noroeste, as áreas privadas, incluindo o acesso interno à capela. Apresenta pinturas murais a decorar paredes e tetos das áreas sociais.
2. Casa pombalina
Edifício da Praça da República, na Ericeira. Casa de habitação unifamiliar construída, muito provavelmente, no início do século 19, apresentando ainda as características da casa de habitação pombalina. Com planta retangular, simples, com dois pisos escalonados sobre loggia. As fachadas denotam uma grande sobriedade e bom desenho, são percorridas por soco saliente, apresentando, igualmente, cornija saliente. A fachada principal orientada a norte, para a praça, de que ocupa o topo sul, animada pelo rasgamento a eixo de uma porta de verga reta, é ladeada por duas janelas de peito, sendo os três vãos sobrepujados por três janelas de peito, e, na cobertura, ao centro por uma trapeira. A poente, a fachada lateral esquerda apresenta um corpo avançado ao nível do primeiro piso, rasgado por uma loggia formada por cinco arcos de volta perfeita. O segundo piso é rasgado em terraço coberto por alpendre apoiado em colunas toscanas.
III. Arquitetura judicial
A par dos forais, os pelourinhos, ou picotas, surgem como um marco da independência administrativa de uma vila, ou cidade, assinalando que as mesmas eram detentoras de privilégio. No reinado de D. Manuel I, a reforma dos forais e a atribuição de forais novos foi acompanhada do direito a possuir pelourinho. No perímetro do atual concelho de Mafra não é conhecido nenhum pelourinho senhorial, havendo apenas notícia de atributos municipais. Assim, encontram-se pelourinhos nas vilas de Mafra, da Ericeira e de Enxara dos Cavaleiros, e memória de um pelourinho em Cheleiros (encontra-se fragmentado), todos eles classificados desde 1933.
IV. Arquitetura de transportes
A ponte antiga de Cheleiros, de origem medieva, é o único imóvel desta categoria abrangido pelo presente inventário. É uma ponte de arco único, de volta perfeita, constituído a partir de silhares bem aparelhados, indiciadores de uma primeva construção romana. Apresenta, todavia, um tabuleiro em cavalete, em rampa ascendente, guardas murárias em aparelho miúdo rebocado e pavimento, que seria inicialmente em pedra aparelhada, hoje de seixo rolado, indicadores de uma construção medieval.
V. Arquitetura militar
Neste inventário foram considerados, nesta tipologia, o Forte de Milreu, classificado desde 1977, e, parcialmente, o conjunto formado pelas 1.ª e 2.ª Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecido como Linhas de Torres Vedras, que se encontra em vias de classificação.
1. Forte de Milreu
Trata-se de uma fortificação moderna, com características maneiristas, construída no final do terceiro quartel do século 17, para guarnecimento da linha de costa, alvo de constantes ataques de corsários e piratas, nomeadamente para defesa do porto piscatório da Ericeira e da sua povoação, seguindo os princípios da escola francesa. Apresenta uma planta retangular, composta por bateria em esplanada, cortinas em talude rematado em parapeito com cinco canhoneiras, duas guaritas de corpo cilíndrico e cobertura cónica, localizadas sobretudo no remate, e baluartes virados a terra, defendendo a entrada norte do forte, contra o ataque de forças terrestres desembarcadas.
2. Linhas de Torres Vedras
Erguidas entre 1809 e 1812 no contexto da Guerra Peninsular, com o objetivo de proteger a entrada em Lisboa aquando da terceira invasão francesa, constituem um notável sistema defensivo formado por três linhas de defesa, que integram um total de 152 redutos, 600 peças de artilharia, um sistema de comunicações com postos de sinais, estendendo-se por mais de 88 quilómetros. Deste conjunto, que se notabiliza como sendo um dos grandes empreendimentos da nossa história contemporânea, e uma das mais impressionantes e eficazes obras defensivas de todos os tempos, 99 redutos encontram-se atualmente em vias de classificação, sendo 28 destes localizados no concelho de Mafra, quatro dos quais são, atualmente, visitáveis (fortes Grande, Pequeno, do Zambujal, da Feira e do Juncal). Pertencentes na sua maioria à 2.ª linha de defesa, a qual se iniciava no Tejo, a norte da Póvoa de Santa Iria, atravessava Montachique e Mafra, e terminava na zona da Ericeira, junto à foz do rio Safarujo.
Cada uma destas obras militares encontrava-se adaptada à configuração do terreno e diferenciava-se no tamanho, na forma (variação do número de lados do polígono) e no poder de fogo. Construídos em terra e alvenaria de pedra, os redutos apresentavam parapeitos de 5 pés de altura (cerca de 1,50 m) e banquetas, eram rodeados por um fosso com 15 pés de largura (cerca de 4,50 m) e 10 pés de profundidade (cerca de 3 m) e protegidos por paliçadas, encontrando-se ainda reforçados por pedras, troncos e trincheiras.
VI. Arqueologia
É de entre os vários testemunhos das primeiras sociedades camponesas, que surge o último registo deste inventário: o povoado do Penedo do Lexim,descoberto por Estácio da Veiga (1828-1891), no último quartel do século 19 e alvo de classificação em 1982. Localizado na atual união de freguesias de Igreja a Nova e Cheleiros, o Penedo de Lexim resulta do brusco arrefecimento do magma de uma antiga chaminé vulcânica, e da formação de vários blocos prismáticos que criam uma espécie de “castelo natural”, que irrompe por entre a vegetação, sobranceiro aos terrenos agrícolas junto à ribeira de Cheleiros. Estavam assim criadas as condições ideais para aí se instalar uma pequena comunidade agro-pastoril, que aqui deixou vestígios da sua atividade, como, fragmentos de metalurgia do cobre e de cerâmica (decorada com folha de acácia, caneluras largas e motivos geométricos, e, ainda, posteriores exemplares com carenas acentuadas e vasos de colo alto), além de componentes pertencentes a "queijeiras" e pesos de tear.
Paula Tereno 2018
[i] Censos 2011. Resultados Definitivos. Lisboa: INE, 2012, p. 96
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Descrição
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Tipologia
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Arquitectura religiosa Arquitetura militar Edifícios e estruturas de comunicações Arquitectura judicial
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Imóveis Recomendados
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IPA.00006381
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Portugal, Lisboa, Mafra, Mafra
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(MN — Monumento Nacional, Decreto de 10-01-1907, DG n.º 14 de 17 janeiro 1907, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910)
Conjunto arquitetónico barroco, de matriz italiana, constituído por palácio real, basílica e convento franciscano, construído ininterruptamente entre 1717 e 1744, por iniciativa e sob estreita supervisão de D. João V (1689 - 1750), segundo projeto original do arquiteto João Frederico Ludovice (1673 - 1752), que terá contado com projetos parciais, elaborados no decorrer da obra, como forma de responder aos sucessivos aumentos. Habitualmente comparado com o madrileno Mosteiro do Escorial, Mafra surge, antes de mais, como uma impressionante afirmação do poder absoluto, do Império Português e de legitimação da Casa de Bragança.
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IPA.00002340
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Portugal, Lisboa, Mafra, Mafra
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(MN — Monumento Nacional, Decreto n.º 25 614, DG, 1.ª série, n.º 161 de 15 julho 1935)
Pequena igreja paroquial rural construída no século 14, provavelmente entre as décadas de 1330 - 1340, apresenta características que a permitem integrar num gótico arcaizante, numa tendência verificada sensivelmente após a morte D. Dinis (1325) de regressar a esquemas planimétricos mais simples. Assim, apresenta, para além de elementos próprios de um românico tardio, um tratamento dos capitéis (embora poucos sejam os de origem) das colunas que suportam as baixas arcadas que separam as suas três naves, próprio do gótico, visível na sua decoração fitomórfica. Também góticos são a capela-mor abobadada com abside poligonal e elegante fresta trilobada na parede testeira, e os túmulos armoriados dos donatários de Mafra.
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IPA.00006380
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Portugal, Lisboa, Mafra, Carvoeira
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(IM — Interesse Municipal, Decreto n.º 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984)
Igreja paroquial de possível construção quinhentista, foi alvo de posteriores campanhas de obras ao longo dos séculos 17 e 18, que lhe conferiram a sua atual feição, com características maneiristas e barrocas. A galilé constitui mesmo o elemento distintivo do imóvel, apresentando, apesar de adulterada por um reboco e pintura recentes, um caráter erudito no recurso a um esquema serliano, e o portal, de execução oitocentista com dupla moldura, encimada por friso almofadado e com elementos vegetalistas, que centram uma estrela, encimada pela data, flanqueado por estípites, que assentam em pingentes, e rematado em cornija.
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IPA.00002613
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Portugal, Lisboa, Mafra, Ericeira
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984)
Igreja paroquial de características barrocas, apresenta um forte contraste entre o exterior despojado e a riqueza do seu interior. No exterior, destaque-se a cobertura da sineira, que apresenta um revestimento azulejar policromo, provavelmente vindo do interior da igreja, numa solução semelhante à que foi utilizada na Igreja da Madre de Deus (v. IPA.00002547), na Sé do Funchal (v. IPA.00005015) e num coruchéu do Palácio Nacional da Pena (v. IPA.00006134). Interiormente, merece especial referência o teto da nave, em caixotões, obedecendo uma orientação nascente-poente, com os atributos do santo a corresponder cronologicamente a períodos da sua vida, que se complementa com as pinturas da capela-mor e com o revestimento azulejar da nave.
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IPA.00006364
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Portugal, Lisboa, Mafra, Santo Isidoro
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 728, DG, 1.ª série, n.º 4 de 05 janeiro 1950)
Igreja paroquial rural de possível construção quinhentista e reconstrução setecentista, apresenta características manuelinas, maneiristas e barrocas. É no seu interior que podemos encontrar os elementos que mais se destacam deste templo, o arco triunfal de decoração manuelina, a capela-mor revestida a azulejo padrão de inspiração mudéjar, o retábulo de talha dourada setecentista de Estilo Nacional, com camarim e trono; cobertura em abóbada de berço com caixotões pintados de ornatos. Merece, ainda, referência o revestimento azulejar, representativo da azulejaria nacional do século 17, não apenas em relação aos denominados tapetes, mas principalmente ao nível figurativo.
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IPA.00006379
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Portugal, Lisboa, Mafra, Encarnação
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 077, DG, 1.ª série, n.º 228 de 29 setembro 1948)
Igreja paroquial construída no local de uma ermida quinhentista, nos séculos 17 e 18, apresenta características que se podem filiar numa estética barroca e rococó, que encontra alguma filiação no modelo erudito do Real Edifício de Mafra (v. IPA.00006381). Muito embora se integre no conjunto de edifícios religiosos da denominada região saloia, apresenta uma fachada principal bastante mais elaborada do que o habitual, monumental, de grande dinamismo, precedida de escadório, revestida a pedra aparelhada, centralizada pelo arco pleno de acesso à galilé, encimado por janela de sacada com balaustrada. Sobre a cimalha encontram-se, lateralmente, duas torres sineiras de desenho tardobarroco, com cúpulas bolbosas vazadas por óculos, de possível influência da basílica mafrense. O tratamento da fachada principal é complementado lateralmente pela presença do alpendre, que é aqui inovador ao apresentar-se de ambos os lados e com articulação ao frontispício. O interior apresenta uma dinâmica decorativa representativa do barroco setecentista, prolixa em azulejo, talha dourada, estuque decorativo, pintura e mármore.
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IPA.00003063
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Azueira e Sobral da Abelheira
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993)
Igreja paroquial rural de construção seiscentista e reconstrução setecentista. Integra-se no conjunto de edifícios religiosos da denominada região saloia. Apresenta uma fachada principal maneirista, com cornija saliente, curva no pano central, que ostenta frontão de remate em arco canopial, animado pelo portal encimado por frontão contracurvado, que ostenta a tripla tiara alusiva ao orago. Apresenta apenas uma torre sineira, barroca, de cobertura bolbosa e fogaréus nos acrotérios, que se presume posterior ao terramoto de 1755. Interiormente, destaque-se a capela-mor com cobertura em abóboda de berço, frontal de altar revestido a azulejo polícromo seiscentista, e retábulo tardobarroco.
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IPA.00006365
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Malveira e São Miguel de Alcainça
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 35 817, DG, 1.ª série, n.º 187 de 20 agosto 1946, pórtico)
Igreja paroquial rural de primitiva construção medieva, possivelmente ocorrida nos séculos 12 e 14, foi alvo de sucessivas campanhas de obras, tendo as mais significativas ocorrido nos séculos 17, 18 e 19, apresentando características góticas, maneiristas, barrocas e tardo barrocas. Deste templo destaca-se o seu interior, de nave única, quase inteiramente refeito em Seiscentos, datando dessa altura o revestimento integral das suas paredes murárias a azulejo de padrão geométrico com cercaduras decoradas com desenhos "dente de serra" e registos com figuras de santos, em tons de azul, branco e amarelo, e a estrutura do retábulo-mor. É ainda no interior do templo que se podem encontrar as únicas reminiscências da antiga construção medieval, presente nas duas pias de água-benta trilobadas, confrontantes, que antecedem as capelas colaterais para as quais se abrem grandes arcos quebrados, de estrutura medieva, revestidos a azulejo. Na parede sul da capela colateral do lado da Epístola, encontra-se a lápide epigrafada alusiva ao instituidor da capela, Vicente Anes Froes, prior de Cheleiros.
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IPA.00004944
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993)
Igreja paroquial rural de possível construção quinhentista e reconstrução setecentista. Apresenta uma fachada principal de características essencialmente barrocas, com empena em frontão triangular centralizado por um escudo real em baixo relevo e fogaréus nos acrotérios, ladeada à esquerda por torre sineira de cobertura bolbosa e fogaréus nos acrotérios. No entanto, a ladear o portal principal encontra-se, à direita, uma cartela em relevo com inscrição alusiva à sagração do templo (em 1534), também na fachada lateral direita podemos encontrar uma reminiscência sua antiga estrutura manuelina presente na elegante porta travessa que se rasga na sua fachada lateral direita, igualmente manuelina é a decoração da moldura do pequeno vão retangular localizado junto ao chão na fachada tardoz. No interior será de destacar, para além da pia batismal, a abóbada manuelina que cobre a abside, polinervada estrelada de dois tramos sobre mísulas de decoração vegetalista, sendo o bocete central decorado com escudo tendo inscritas as cinco chagas de Cristo e a mitra episcopal. Na capela-mor figuram, igualmente, quatro tábuas quinhentistas de temática mariana.
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IPA.00002615
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 29/84, DR, 25 junho 1984, 1.ª série, n.º 145)
Igreja paroquial rural de construção seiscentista, ostentando, contudo, uma feição essencialmente barroca, resultado da sua reconstrução após o terramoto de 1755. Apresenta fachada principal setecentista, com portal retangular de emolduramento de cantaria recortado, encimado por um janelão com moldura de cantaria e ática contracurvada com as insígnias do orago em relevo, e rematado por frontão triangular vazado por óculo elíptico envolvido por decoração em estuque, ladeada por duas torres sineiras de cobertura bolbosa e fogaréus nos acrotérios. Interiormente, a igreja apresenta uma decoração essencialmente barroca, não obstante, os muros da nave serem percorridos por silhar baixo de azulejo de tapete seiscentista. Destaque-se, neste templo, as duas pias de água benta manuelinas incorporadas na estrutura do coro-alto e a pia batismal manuelina.
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IPA.00002614
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984)
Igreja paroquial rural, de primitiva fundação quinhentista, foi alvo de posteriores campanhas construtivas, que lhe conferiram a atual aparência barroca, de alguma erudição, de certo influenciada pelo contemporâneo Real Edifício de Mafra (v. IPA.00006381). Distingue-se do conjunto de edifícios religiosos da denominada região saloia, a que pertence, pela sua imponente fachada principal, de forte impacto cenográfico. Desenvolve-se em dois registos, sendo o primeiro vazado por três arcos, separados por dupla pilastra lisa de ordem monumental com capitéis compósitos. Em cada uma das faces laterais abre-se, no piso térreo, um arco de volta inteira. Todos os arcos são encimados por janelões retangulares sobrepujados por áticas. Em 1755, terá sofrido grandes danos com o terramoto, ainda hoje visíveis no deslocamento de cantarias de pilares, pilastras, vergas e arcos consolidados da fachada principal, que permanece inconclusa, faltando-lhe grande parte da cornija e um possível frontão triangular o que permite supor ser parte de um projeto arquitetónico mais vasto.
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IPA.00006371
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Portugal, Lisboa, Mafra, Milharado
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 1/86, DR, 1.ª série, n.º 2 de 03 janeiro 1986)
Igreja paroquial construída, inicialmente, no século 16, e reconstruída nos séculos 17 e 18, de feição maneirista e barroca. Tal como acontece com muitos templos desta região, teve uma primeira construção tardo-medieval, apresentando ainda hoje alguns elementos da sua primitiva feição quinhentista, como sejam, o portal principal do templo, de verga reta, com elegantes colunelos e decoração vegetalista (composta por cachos de uvas, animais e cestaria), uma pia de água benta e um modilhão representando um busto humano. No entanto, a sua atual feição deve-se, a campanhas posteriores, tendo a mais importante ocorrido em início do século 17, que lhe conferiu o aspeto relativamente baixo, sóbrio, centralizado por pequena galilé. Do século 18, da reconstrução pós-terramoto datará a quadrangular torre sineira, bem como a empena da galilé, e, no interior os retábulos em talha dourada das suas capelas, laterais, colaterais e mor, o revestimento azulejar com padrão ponta de diamante dos muros da capela-mor e frontal de altar serão também setecentistas.
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IPA.00006370
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 728, DG, 1.ª série, n.º 4 de 05 janeiro 1950 (pórtico da sineira, pórtico da galilé e pia batismal)
Igreja paroquial construída, inicialmente, no século 16, e reconstruída no século 19, apresenta hoje uma feição essencialmente tardo-barroca, muito embora ainda integre alguns elementos manuelinos, como sejam, a porta axial de acesso à galilé e, no interior desta, o pórtico que enquadra a porta de acesso à torre sineira, ambos em arco de volta inteira e com decoração vegetalista e zoomórfica e, ainda no exterior, uma mísula de arranque de abóbada. Muito embora apresente, como habitualmente nestes imóveis da região saloia, uma única nave, manteve até ao incêndio de 1984, as suas três naves originais, separadas por arcos de volta perfeita assentes em seis tramos de arcos inteiros, com duas capelas colaterais retabulares e capela-mor. Deste templo destaque-se, na parede fundeira, sob a sineira, a capela batismal, integralmente revestida de azulejos de padrão policromados, azuis e amarelos, onde se encontra uma pia batismal oitavada, com seis faces relevadas com decoração plateresca e encimada com epígrafe em caracteres góticos alusiva à construção do templo (1527).
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IPA.00003045
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros
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(IIP — Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 974, DG, 1.ª série, n.º 131 de 06 junho 1934)
Igreja paroquial rural de primitiva construção gótica, apresenta vestígios de diferentes períodos construtivos. Da sua construção destacam-se: o portal gótico, em arco quebrado, em alfiz, sobre colunas de capitéis decorados, e com pia de água benta esculpida encrustada. Arco triunfal em arco de asa de cesto preenchido com rosetas; a abside com abóbada de dois tramos, polinervada, estrelada, sobre mísulas vegetalistas e com bocetes vegetalistas e heráldicos, sobressaindo, nos arranques dos feixes de nervuras centrais da abóbada, duas cabeças coroadas esculpidas em baixo-relevo; os azulejos de padrão, polícromos, da nave, que surgem aplicados em dois andares com barra intermédia, acentuando a sua horizontalidade.
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IPA.00006526
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Azueira e Sobral da Abelheira
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 31/83, DR, 1.ª série, n.º 106 de 09 maio 1983)
Ermida rural de pequena dimensão e feição rustica, reconstruída no século 18, no período pós-terramoto, apresenta características tardo-barrocas. Esta ermida, alvo de grandes romarias logo desde a segunda metade do século 18, comporta uma grande riqueza decorativa, com pintura mural, baixos-relevo em gesso, imaginária, azulejo, e, sobretudo, seis painéis retabulares de alto-relevo em barro policromo, representando cenas do Novo Testamento. Ainda de referir a existência de um ex-voto alusivo ao terramoto de 1755, e o delicado trabalho de baixo-relevo do frontal de altar.
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IPA.00003165
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Portugal, Lisboa, Mafra, Carvoeira
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 42 007, DG, 1.ª série, n.º 265 de 06 dezembro 1958)
Ermida rural de pequena dimensão e feição rustica, construída no século 18 no local de um possível ermitério quinhentista. Encontra-se, ainda hoje, rodeada de pequenas casas de habitação, provavelmente, erguidas no local das antigas casas de romeiros. Neste templo merece destaque o conjunto de azulejos neoclássicos da segunda metade de Setecentos que o reveste, desde o interior da galilé, à fachada principal da ermida, com as figuras dos patronos da ermida, São Julião e Santa Basilissa, a encimar o portal principal, ao interior, com as paredes murárias são totalmente preenchidas com painéis de azulejo figurativo com episódios da vida dos santos patronos. Por fim, na capela-mor, salienta-se o retábulo com as imagens estofadas de São Julião e Santa Basilissa. Uma última referência para a sacristia, cujo revestimento azulejar azul e branco deverá ser anterior ao da nave, e representa episódios da Paixão de Cristo.
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IPA.00003166
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Azueira e Sobral da Abelheira
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993)
Ermida rural de pequena dimensão e feição rustica, construída no século 17, tendo recebido uma relevante campanha de obras setecentista, possui no seu interior algumas telas quinhentistas. Este templo destaca-se pela sua decoração interior, apresenta as paredes murárias revestidas a azulejo seiscentista, tipo tapete, a azul, branco e amarelo e cobertura em abóbada de berço com pintura ornamental. Na nave, encontram-se ainda sete telas de pintura a óleo sobre madeira (Santo Antão, São João Baptista, três representações do martírio de Santa Cristina, Nossa Senhora da Conceição e Santa Verónica). Na capela-mor com retábulo expositivo barroco no qual se observa uma imagem de pedra polícroma, seiscentista, de Santa Cristina. A ladear o retábulo, ainda na parede testeira, encontram-se duas telas tendo por temática a vida da mesma santa. No adro da capela figura um cruzeiro seiscentista onde, a 24 de julho, dia da padroeira, se procede à bênção do gado.
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IPA.00006385
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 26-A/92, DR, 1.ª série-B, n.º 126 de 01 junho 1992)
Capela rural de pequena dimensão e feição rústica, construída no topo da serra do Socorro, sobre vestígios de povoado fortificado da Idade do Ferro. Apresenta-se completamente rodeada por ampla galilé de possível execução seiscentista, como se depreende do tipo de cobertura que ostenta, em caixotões, e fechada durante as obras de remodelação do início do século 19. No interior, é possível observar vestígios da antiga construção manuelina, na porta travessa e nas coberturas em abóbadas polinervadas na nave e de nervuras simples na capela-mor e sacristia, todas com bocetes decorados e assentes em mísulas, na nave em duas colunas com altas bases. A capela-mor foi alvo de uma campanha decorativa no século 18, com a aplicação de azulejos azul e branco, do estilo barroco joanino, do denominado Ciclo dos Mestres. O terramoto e as guerras napoleónicas terão provocado danos no recinto, pelo que em 1820 foi alvo de remodelação, com a construção de nova fachada, com portal em arco abatido, e feitura do coro-alto e enorme púlpito com guarda plena galbada.
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IPA.00006363
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros
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(IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982)
Ermida rural de pequena dimensão e feição rustica, construída, provavelmente no século 16 e reconstruída no 18 (pós-terramoto), tendo recebido uma descuidada intervenção de reconstrução em finais do século 20, que lhe alterou a feição interna. Deste templo destaca-se o seu arco triunfal, de decoração manuelina, conjugando um arco pleno com um polilobado com decoração arquitetónica floral estilizada (rosetas), bastante semelhante à utilizada em alguns arcos de portais e fustes de pelourinhos manuelinos da região. Assim, apresenta uma estrutura de arco a pleno, em cuja moldura externa se inscrevem três conopiais diminutos com vértices rematados por florões e uma cruz que ultrapassam o arco, embebidos na parede O único elemento decorativo antropomórfico é a cabeça masculina coroada esculpida na pedra de fecho, não havendo qualquer justificação iconográfica ou documental para a identificar com o monarca.
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IPA.00006367
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Malveira e São Miguel de Alcainça
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 32 973, DG, 1.ª série, n.º 175 de 18 agosto 1943 e Decreto n.º 5/2002, DR, 1.ª série-B, n.º 42, portal)
Ermida rural de pequena dimensão e feição rustica, construída, provavelmente no século 16 e reconstruída no 18 (em período pré-terramoto), alvo de várias intervenções ao longo do tempo que lhe alteraram a feição interna, nomeadamente a sua adaptação a escola primária no final da primeira metade do século 20. Deste templo destaca-se o seu portal (único elemento classificado do imóvel), que apresenta afinidades formais com o portal da capela do Espírito Santo de Enxara do Bispo (v. IPA.00005588), inscreve-se em arco conopial constituído por quatro segmentos, com pés-direitos delimitados por colunelos assentes em bases de secção oitavada e rematado por florões. Os colunelos exteriores apresentam fustes torsos e capitéis oitavados com gramática decorativa de carácter fitomórfico. Nas ombreiras decoração de flores quadrifoliadas, máscaras e um macaco a comer um fruto. Superiormente o arco possui elementos ornamentais de carácter vegetalista e zoomórfico, e, no extradorso, um peixe, uma ave e heráldica manuelina. A inclusão de um peixe e de um macaco na decoração do portal, é de difícil interpretação, sendo de considerar tratar-se de elementos provavelmente bebidos em gravuras ou iluminuras da época.
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IPA.00005590
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Portugal, Lisboa, Mafra, Ericeira
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(MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 9/2018, DR n.º 2/2018, 2.ª série, 03 janeiro 2018)
Capela rural de pequena dimensão e feição rustica, construída, provavelmente, no séc. 15 e reconstruída no 17, de acordo com uma estética maneirista. Integra-se no conjunto de pequenas capelas da denominada região saloia. Apresenta, contudo, uma planta de características bastante inusuais para a região, resultante da articulação de um corpo inicial hexagonal, nave e capela-mor, e de um corpo retangular, acrescido posteriormente, para sacristia e dependências anexas. O seu interior é totalmente revestido a azulejo de tapete (muros e cúpula), com dois padrões seiscentistas, com púlpito no lado do Evangelho, confrontante com pia de água benta concheada, datável do séc. 18. Arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras almofadadas, de acesso à capela-mor, onde surge um retábulo em mármore com embutidos, de corpo reto e um só eixo, cuja qualidade evidencia as possibilidades económicas da irmandade que administrava o templo. As portas possuem, jambas em cantaria, que assentam em plintos paralelepipédicos, com as faces almofadadas, integrando losango, solução também visível nos portais da Igreja Paroquial de São Pedro (v. IPA.00002613).
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IPA.00006386
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Portugal, Lisboa, Mafra, Ericeira
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(MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 264/2013, DR, 2.ª série, n.º 90, de 10 maio 2013)
Igreja de Misericórdia, barroca, construída em finais do século 17, inícios do 18, no local de uma antiga ermida do Espírito Santo, e edifício da antiga enfermaria seiscentista adossado a sul. Neste imóvel merece ser salientado o seu programa decorativo, predominantemente tardo-barroco, executado a partir de meados do século 18 e complementado por uma campanha decorativa oitocentista, já de gosto neoclássico. Assim, a nave apresenta cobertura em teto de madeira de três panos com caixotões pintados em meados de Setecentos pelos pintores Manuel António de Góis e Sebastião Carvalho, representando as várias Obras de Misericórdia, no lado do Evangelho, as Sete Obras Espirituais de Misericórdia, e, no lado da Epístola, as Sete Obras Corporais de Misericórdia, a centralizar o conjunto no centro, os Sete Sacramentos. As paredes murárias da nave ostentam lambril de azulejo padrão do século 19, encimado por pintura mural decorativa, representando elementos arquitetónicos e florais em dois registos, obra oitocentista de José Joaquim Durão Palhinha. Para além de vários trabalhos do mestre-entalhador José de Oliveira, pode-se ainda notar a presença de pintura mural na sacristia e casas anexas, que serviriam os serviços da Santa Casa, e uma primeira enfermaria, da qual se destacam os tetos em caixotões com os símbolos do Espírito Santo (antiga invocação da ermida que foi cedida para a fundação da Santa Casa) e da Virgem e a decoração mural com motivos florais da Sala do Despacho.
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IPA.00006378
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Azueira e Sobral da Abelheira
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(IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª série-B, n.º 56 de 06 março 1996)
Quinta barroca, construída na primeira metade do século 18, por ordem dos morgados da Bandalhoeira, composta por casa nobre e capela adossada inseridas em propriedade agrícola.
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IPA.00006377
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Portugal, Lisboa, Mafra, Ericeira
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(IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª série-B, n.º 56 de 06 março 1996)
Casa de habitação unifamiliar construída, muito provavelmente, no início do século 19, apresentado ainda as características da casa de habitação pombalina. Com planta retangular, simples, com dois pisos, existindo um escalonamento entre o primeiro, mais largo, e o segundo. Fachadas denotam uma grande sobriedade e bom desenho, são rasgadas num ritmo regular por vãos retilíneos servidos de molduras de cantaria simples.
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IPA.00006368
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Portugal, Lisboa, Mafra, Ericeira
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933)
Pelourinho quinhentista, de pinha cónica, com soco octogonal de dois degraus e fuste cilíndrico liso, capitel oitavado com rosetas e remate cónico.
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IPA.00003022
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933)
Pelourinho quinhentista, sem remate, pelo que não pode ser alvo de classificação tipológica, com soco octogonal de três degraus e fuste octogonal, liso.
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IPA.00003048
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Enxara do Bispo, Gradil e Vila Franca do Rosário
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933)
Pelourinho quinhentista, sem remate, pelo que não pode ser alvo de classificação tipológica, com soco octogonal de três degraus e fuste octogonal, liso.
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IPA.00002341
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Portugal, Lisboa, Mafra, Mafra
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933)
Pelourinho barroco, setecentista, de pinha campaniforme, com soco octogonal de três degraus, onde assenta base elaborada, com toro e escócia, e com alto plinto, de onde parte um fuste cilíndrico e galbado, encimado por pequeno remate piramidal.
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IPA.00006383
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982)
A ponte medieval, de arco único, de volta perfeita, constituído a partir de silhares bem aparelhados, indiciadores de uma primeva construção romana, apresenta, todavia, um tabuleiro em cavalete, em rampa ascendente, guardas murárias em aparelho miúdo rebocado e pavimento, que seria inicialmente em pedra aparelhada, hoje de seixo rolado, indicadores(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982) A ponte medieval, de arco único, de volta perfeita, constituído a partir de silhares bem aparelhados, indiciadores de uma primeva construção romana, apresenta, todavia, um tabuleiro em cavalete, em rampa ascendente, guardas murárias em aparelho miúdo rebocado e pavimento, que seria inicialmente em pedra aparelhada, hoje de seixo rolado, indicadores de uma construção medieva de uma construção medieva.
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IPA.00006620
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Portugal, Lisboa, Mafra, Ericeira
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(IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982)
A ponte medieval, de arco único, de volta perfeita, constituído a partir de silhares bem aparelhados, indiciadores de uma primeva construção romana, apresenta, todavia, um tabuleiro em cavalete, em rampa ascendente, guardas murárias em aparelho miúdo rebocado e pavimento, que seria inicialmente em pedra aparelhada, hoje de seixo rolado, indicadores de uma construção medieva.
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IPA.00034579
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Portugal, Lisboa, Torres Vedras, União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães
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(Em vias de classificação)
Linha defensiva múltipla, ligando costa marítima à margem fluvial, composta por obras de fortificação semipermanente, conjugando fortes, redutos, baterias, posições entrincheiradas, escarpamentos e estradas militares, desenvolvendo em grande escala o princípio do campo entrincheirado.
Cada uma destas obras militares encontrava-se adaptada à configuração do terreno e diferenciava-se no tamanho, na forma (variação do número de lados do polígono) e no poder de fogo. Construídos em terra e alvenaria de pedra, os redutos apresentavam parapeitos de 5 pés de altura (cerca de 1,50 m) e banquetas, eram rodeados por um fosso com 15 pés de largura (cerca de 4,50 m) e 10 pés de profundidade (cerca de 3 m) e protegidos por paliçadas, encontrando-se ainda reforçados por pedras, troncos e trincheiras.
Deste conjunto, 99 redutos encontram-se atualmente em vias de classificação, sendo 28 destes localizados no concelho de Mafra. Pertencentes, na sua maioria à 2.ª Linha Defensiva, a qual se iniciava no Tejo, a norte da Póvoa de Santa Iria, atravessava Montachique e Mafra, e terminava na zona da Ericeira, junto à foz do rio Safarujo, são eles as obras militares: nº 52 - Forte 1º da Prezinheira / Forte do Capitão (v. IPA.00034563), nº 53 - Forte 2º da Prezinheira / Forte da Presinheira (v. IPA.00034564), nº 56 - Forte do Outeiro da Quinta da Atraca / Forte do Permouro (v. IPA.00034565), nº 58 - Forte do Carrascal (v. IPA.00034566), nº 59 - Forte do Outeiro do Lobo / Forte do Moinho do Carambola / Forte do Moinho (v. IPA.00034567), nº 60 - Forte 1º de Montachique / Reduto da Achada 1 (v. IPA.00021373), nº 61 - Forte 2º de Montachique / Reduto da Achada 2 (v. IPA.00021374), nº 62 - Forte do Cabeço da Acheira / Forte do Alto do Cheira (v. IPA.00034568), nº 63 - Forte do Casal da Serra (v. IPA.00034569), nº 64 - Forte do Canto do Muro da Tapada Nacional de Mafra / Forte do Valério / Forte do Canto do Muro da Tapada (v. IPA.00034570), nº 65 - Forte de Santa Maria (v. IPA.00034571), nº 66 - Forte da Malveira / Forte da Feira (v. IPA.00034572), hoje visitável, nº 70 - Forte da Quinta do Estrangeiro (v. IPA.00034575), nº 73 - Forte da Coutada (v. IPA.00034578), nº 75 - Forte da Milhariça da Tapada Nacional de Mafra / Forte da Milhariça (v. IPA.00034581), nº 76 - Forte de Sonível na Tapada Nacional de Mafra / Forte do Sonível (v. IPA.00034582), nº 77 - Forte do Juncal na Tapada Nacional de Mafra / Forte do Juncal (v. IPA.00034583), visitável, nº 78 - Forte 1º da Serra de Chipre / Forte do Telhadouro (v. IPA.00034584), nº 81 - Forte da Serra de Chipre, nº 82 - Forte da Murgeira / Forte da Patarata (v. IPA.00034587), nº 83 - Forte do Samoco / Forte do Meio (v. IPA.00034588), nº 84 - Forte da Ribeira Alva / Forte do Curral do Linho (v. IPA.00034589), , nº 88 - Forte do Cabeço do Neto (v. IPA.00034590), nº 92 - Forte do Picoto (v. IPA.00034593), nº 93 - Forte de Marvão, nº 94 - Forte de Ribamar, nº 95 - Forte das Casas Velhas / Forte do Zambujal (v. IPA.00034594), visitável, nº 96 - Forte da Carvoeira (v. IPA.00034595), nº 97 - Forte de São Julião da Ericeira (v. IPA.00034596), Telégrafo da Serra do Socorro (IPA.00006356). Pertencem, ainda, ao concelho de Mafra as obras militares nº 28 - Forte de Santo António da Enxara dos Cavaleiros (Norte) / Forte Grande (v. IPA.00034561), visitável, e nº 29 - Forte de São Sebastião da Enxada dos Cavaleiros (Sul) / Forte Pequeno (v. IPA.00034562), igualmente visitével, da primeira Linha Defensiva.
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IPA.00006384
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Portugal, Lisboa, Mafra, União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros
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O Penedo de Lexim resulta do brusco arrefecimento do magma de uma antiga chaminé vulcânica, e da formação de vários blocos prismáticos que criam uma espécie de “castelo natural”, que irrompe por entre a vegetação, sobranceiro aos terrenos agrícolas junto à ribeira de Cheleiros.
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